30 September 2021
MOVIMENTO DE LIBERTAÇÃO
Não, a culpa não foi da Yoko. O próprio Paul McCartney, há nove anos, numa entrevista ao canal britânico da Al Jazeera, absolveu-a oficialmente do pecado mortal de a relação dela com John Lennon ter sido a causa da separação dos Beatles: “Não devemos culpá-la de nada. De uma maneira ou de outra, o John ir-se-ia sempre embora. O lado vanguardista dela era muito atraente e mostrou-lhe uma outra forma de ver as coisas. Era a altura de ele sair”. Na verdade, as relações entre os quatro moços mais famosos de Liverpool tinham avinagrado já há algum tempo: a gravação do White Album (1968) fora uma constante fonte de conflitos; a escolha do local para filmar um concerto de apresentação de Abbey Road (1969), após consideradas as hipóteses do Coliseu de Roma, do deserto da Tunísia, de um barco em alto mar, ou de um hospital psiquiátrico, acabou por não ir mais longe do que o telhado da Apple Corps, no número 3 de Savile Row, em Londres; a escolha de um consultor financeiro para os negócios da banda colocara Lennon, George Harrison e Ringo Starr a favor de Allen Klein e McCartney torcendo pelo pai e o irmão de Linda Eastman com quem acabara de casar; meses antes da publicação de Abbey Road, Lennon lançaria o single “Give Peace A Chance” sob a designação de Plastic Ono Band (isto é, ele e Yoko Ono); a 20 de Agosto, a sessão de finalização e mistura de "I Want You (She's So Heavy)" seria a última vez que os quatro Beatles estariam juntos num estúdo.
Mas, não menos importante, havia o problema de George Harrison: desde o início, apenas lograra incluir uma média de duas canções suas por álbum – apenas uma em With The Beatles (1963), Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (1967) e Magical Mystery Tour (1967), três em Revolver (1966), e Let It Be (1970), e quatro em The White Album. Apesar de em nada serem inferiors às da dupla Lennon/McCartney e algumas até particularmente populares ("While My Guitar Gently Weeps", "Something", "Here Comes The Sun"), a fortaleza era praticamente inexpugnável: durante as acaloradas sessões de estúdio de Let It Be em Janeiro de 1969, Harrison gravou maquetas de "All Things Must Pass", "Hear Me Lord" e "Let It Down" que foram escutadas com o mais total desinteresse e indiferença. A 10 de Janeiro, assinalou mais essa briga no diário: “Saí dos Beatles”. Apenas por algumas semanas, porém. Mas já não escondia que tinha planos para graver um álbum a solo o que apenas concretizaria quando, em Abril de 1970, McCartney anunciou publicamente o fim da banda. (daqui; segue para aqui)
29 September 2021
Só pode ser-se fã incondicional de um clube de futebol de um micro-país imaginário (e de nome incerto), oriundo de um surto psicótico pró-soviético, que vai a Madrid derrotar o Real Madrid
28 September 2021
Absolutamente maravilhoso
(...) "um fenómeno nascido do acaso (...) uma situação análoga à da surpresa perante a vitória de Donald Trump contra Hillary Clinton (...) um homérico olhar de espanto e incredulidade (...) esperou a cada segundo da tortura que alguém se aproximasse vindo dos bastidores ou da plateia para o acordar do pesadelo. Merecia que um pintor captasse o seu rosto, o rosto de quem contempla a catástrofe de ver a realidade no seu esplendor de coisa outra. Súbito, descobria com horror que o Universo não estava assim tão interessado no que lhe pudesse acontecer e qual viesse a ser o seu destino político. A última imagem captada do destroçado Fernando, já na rua de mão dada à esposa, confundia-se com a de um gaseado da Guerra de 14-18 que estivesse a regressar da linha da frente. Oh, the humanity! (...)" (há incontáveis luas que não espreitava este cubículo e só agora me apercebo do quanto terei andado a perder)
27 September 2021
(sequência daqui) Aparentemente, existe ainda material filmado para mais 12 horas da extensa conversa de Rick Rubin com Paul McCartney. Mas dificilmente o descobriremos mais genuinamente surpreendido do que no instante em que, nesta primeira temporada da série, Rubin, após citar o que alguém afirmou acerca dele – “Paul é um dos baixistas mais inovadores que já existiram. Metade do que por aí se ouve foi directamente subtraído do seu período nos Beatles. Foi sempre muito reservado acerca do seu talento como baixista mas é um grande, grande músico” –, lhe revela tratar-se de John Lennon: “A sério? Nunca tinha ouvido. Não exageres Johnny! Mas é muito bonito. E ele não era de elogios fáceis...” Convirá, entretanto, informar que Rubin, diplomaticamente, truncou a citação que, no original, dizia: “É um egocêntrico acerca de tudo o mais mas foi sempre muito reservado acerca do seu talento como baixista”...
e ambiente
Edit (15:14) - aqui na vizinhança, votaram como eu,
para a Câmara Municipal: 5,36%;
para a Assembleia Municipal: 2,92%;
para a Assembleia de Freguesia: 8,61%
26 September 2021
Saintmaking: the canonisation of Derek Jarman by queer 'nuns' (real. Marco Alessi)
"This year marks the 30th anniversary of film-maker Derek Jarman’s canonisation by an activist group of gay male 'nuns' known as the Sisters of Perpetual Indulgence. At the time in 1991, Derek Jarman was the most prominent person in the UK living openly with HIV. He was outspoken, radical and unapologetically queer" (aqui)
25 September 2021
(sequência daqui) A certo ponto, Rick Rubin observa que “As canções estão tão presentes na nossa cultura que não somos capazes de pensar nelas como um conjunto de peças articuladas”. É, justamente, essa desmontagem que ambos se dispõem, então, a fazer iluminando melhor aquela prolongada harmonia coral em "Dear Prudence" (“É óptimo quando nos divertimos a testar os nossos limites”); a nota “impossível” do solo de piccolo no final de "Penny Lane" (“Está oficialmente fora da tessitura do piccolo”, dissera-lhe David Mason, o trompetista da Royal Philharmonic Orchestra recrutado por £27 10s para essa sessão de estúdio) que Paul convenceu o instrumentista a tocar; o plágio involuntário de "You Can’t Catch Me", de Chuck Berry, por John Lennon, que acharam maneira de converter em "Come Together"; a guitarra sobressaturada de George Harrison em "Taxman"; o labiríntico "tape loop" de "Tomorrow Never Knows", literalmente inspirada em The Psychedelic Experience, de Timothy Leary; ou a utilização do sintetizador Moog – Robert Moog estava em Abbey Road por aqueles dias – em "Maxwell’s Silver Hammer", definitivamente a irmã ainda menos apresentável de "Ob-La-Di, Ob-La-Da". (segue para aqui)
24 September 2021
22 September 2021
(sequência daqui) São, então, os dois fâs dos Beatles, Paul e Rick (este, na sua postura entre Yoda e profeta bíblico, por vezes, demasiado facilmente deslumbrado), que, em modo de "deep listening", se debruçam sobre diversas linhas de baixo: a de "While My Guitar Gently Weeps" (Rubin: “Nunca tinha ouvido um som de baixo como aquele. Se nos concentrarmos só nele, é como se estivéssemos a escutar duas canções diferentes ao mesmo tempo”; McCartney: “É interessante teres reparado nisso. Nunca me tinha apercebido até agora me teres chamado a atenção”); a de "With a Little Help From My Friends" que Rubin qualifica enquanto “lead bass”; e, de um modo geral, todas as intervenções invulgarmente ricas e melódicas das quatro cordas de Paul, por vezes acusadas de serem demasiado movimentadas. “Era uma arma de dois gumes. Tanto recebia elogios como era repreendido: ‘Não podes tocar mais simples?’ Mas, nessa altura, eu já tinha ouvido James Jamerson”, recorda Paul, evocando o mítico baixista da Tamla Motown famoso pelos seus cromatismos, uso de síncopas e inversões de acordes. No fundo, tratava-se tão só de (como, citando Mozart, explica), “escrever notas que gostem umas das outras”. Sim, ele poderá ter sido o autor da desqualificada "Ob-La-Di, Ob-La-Da" mas foi também o elemento dos Beatles que mais cedo se interessou pelas vanguardas musicais do século XX (John Cage, em particular), que experimentou integrá~las em temas como "A Day In The Life" e que, sem pestanejar, afirma que, na raiz da sua música, estiveram “Bach, Fela Kuti, as músicas que o meu pai tocava ao piano e alguns acidentes felizes”. (segue para aqui)
21 September 2021
(com a colaboração do correspondente do PdC em Pequim)
20 September 2021
(sequência daqui) Filmado a preto e branco, há um ano, durante dois dias, num estúdio expeditamente montado na proximidade da modesta casa deste nos Hamptons, em Long Island (1 milhão de dólares face, por exemplo, aos 10,5 milhões da de Paul Simon), assistimos a uma conversa sem quaisquer preocupações de abordagem cronológica na qual Rick Rubin não desempenha o papel de entrevistador mas sim o de gatilho para a análise quase forense do método criativo e de utilização do estúdio de gravação por McCartney, John Lennon, George Harrison e Ringo Starr. De forma desarmante, colocado perante a questão de como faziam os Beatles para, desde o início, possuirem um instinto infalível para criar melodias memoráveis, McCartney explica que, não possuindo naquela altura qualquer forma de gravar o que criavam nem conhecendo nenhum deles a notação musical, só sobreviviam aquelas melodias de que, no dia seguinte, ainda conseguiam recordar-se. Mais à frente, acrescenta o argumento com que se esgueiravam a mais insistentes interrogações acerca dessa matéria: “Éramos de Liverpool onde existe uma grande influência irlandesa e celta – por vezes, diz-se até que Liverpool é a capital da Irlanda. Os Celtas nunca registavam nada por escrito. Era a tradição dos bardos. Essa era a nossa desculpa. Eu e o John costumávamos dizer, ‘É a tradição bárdica!’” John Lennon é, muito naturalmente, figura omnipresente nas rememorações de Paul (“Eu tratava-o por ‘four eyes’ e ele chamava-me “pigeon-chest’ “): à superfície vêm as diferentes circunstâncias familiares de ambos – a de Paul, equilibrada e com um pai pianista em bandas de ragtime e jazz que gostava de tocar “showtunes” para a família; problemática e conflituosa a de John –, o modo como, hoje, encara o que viveram juntos (“Naquela altura, eu trabalhava com um fulano chamado John. Agora, olho para trás e dou-me conta de que trabalhei com o John Lennon!”) e como esse distanciamento reconfigura todo o resto (“Acabei por transformar-me num fã dos Beatles. Naquela altura, eu era apenas um Beatle. Mas, agora que o volume de trabalho dos Beatles está concluído, volto a ouvir os discos e interrogo-me “De onde é que saiu aquela linha de baixo?...” (segue para aqui)
18 September 2021
17 September 2021
AS NOTAS QUE GOSTAM UMAS DAS OUTRAS
Poderá não ter sido o melhor álbum dos Beatles (aqui a doutrina divide-se), mas aquele que é, sem dúvida, um dos mais importantes objectos culturais pop da segunda metade do século XX – Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band – foi assim intitulado apenas porque, à mesa, alguém se dirigiu a Paul McCartney pedindo-lhe “Pass the salt and pepper” e este julgou ter ouvido “Sargeant Pepper”. Por outro lado, a famosíssima capa dupla (concebida por Peter Blake, Jann Haworth e pelo fotógrafo Michael Cooper a partir de um esboço de John Lennon – ou Paul McCartney, a doutrina divide-se de novo) e as 71 figuras nela representadas teve, na origem, uma intenção assaz prosaica e utilitária: na primeira era dos LP, era comum que, após a aquisição de um disco, fosse necessário passar algum tempo de viagem em transportes públicos até poder colocá-lo sobre o prato do gira-discos. Esse tempo seria habitualmente preenchido perscrutando todos os pormenores da capa do objecto amado. A ideia era que, com Sgt. Pepper’s, fossem necessárias umas quantas viagens de autocarro até que ele pudesse ser integralmente decifrado. No que à própria música diz respeito, Jimi Hendrix não precisou de tanto tempo: três dias após a publicação do álbum, abriu o seu concerto no Saville Theater, de Londres, com uma versão fumegante de "Sgt Pepper’s". No meio do público, estavam George Harrison e Paul McCartney.
Nem todas estas histórias serão inéditas mas, no contexto de McCartney 3,2,1 – a mini-série de 6 episódios (cerca de 30 minutos cada) realizada por Zachary Heinzerling –, que coloca frente a frente Paul McCartney e o lendário produtor Rick Rubin (fundador das editoras Def Jam e American Recordings, produtor dos Beastie Boys, Public Enemy, Run-DMC, Johnny Cash, Red Hot Chili Peppers), contribuem para temperar de detalhes vividos aquilo que é, essencialmente, uma visita guiada, praticamente uma "master class" sobre a discografia dos Beatles, com muito fugazes incursões à obra a solo de McCartney
(daqui; segue para aqui)
16 September 2021
15 September 2021
Marc Ribot's Ceramic Dog (live on KEXP 2016)
(sequência daqui) Agora, com os Ceramic Dog (Ribot, Shahzad Ismaily e Ches Smith), Hope – gravado durante os confinamentos do ano passado como “uma mensagem na garrafa dirigida aos nossos (imaginários) ouvintes igualmente naufragados” – busca um outro território onde os alvos são as frívolas e impotentes personagens do lado supostamente certo da barricada: os “fabulosos” aspirantes a estrelas rock, os guitarristas mais rápidos que a própria sombra, os poetas “iluminados”, os filósofos “pós-modernos”, os “activistas” de todas e nenhuma causa, que, sob o sarcástico fogo eléctrico cerrado dos “Stooges e Sex Pistols da vanguarda novairquina”, um a um, tombam no cenário de canções “muito, muitíssimo mais deprimentes do que as Canções das Crianças Mortas, de Mahler” (Ribot dixit), adequadamente projectadas em registo punk de descarnada costela jazz.
14 September 2021
13 September 2021
MENSAGEM NA GARRAFA
Sempre que alguém estéticamente sagaz e pouco apreciador de navegar por mares sobejamente navegados procura um guitarrista que não se limite a picar o ponto, é muito provável que acabe a mexer os cordelinhos necessários para recrutar Marc Ribot. A (imensamente incompleta) lista dos que o fizeram é já extensa e esclarecedora: John Zorn, Tom Waits, Lounge Lizards, Elvis Costello, Marianne Faithfull, Jazz Passengers, Allen Toussaint, T-Bone Burnett, Laurie Anderson, McCoy Tyner, Caetano Veloso, Jamaaladeen Tacuma, David Sylvian, Arto Lindsay... O que não o impediu de, a solo (em nome próprio ou com os Rootless Cosmopolitans e Ceramic Dog), ter registado mais de duas dezenas de álbuns. Há três anos, Songs of Resistance 1942 – 2018 – que, “cinco minutos após a eleição de Trump, decidira ser inevitável gravar” –, manifesto político para o qual convocou Tom Waits, Steve Earle, Meshell Ndegeocello, Fay Victor, Tift Merritt, Sam Amidon, Justin Vivian Bond, Ohene Cornelius, Syd Straw e Domenica Fossati, foi uma das mais soberbas peças de agit-prop de sempre pela qual ficaremos eternamente em dívida ao espantalho laranja. (daqui; segue para aqui)
"B-Flat Ontology"
09 September 2021
E, depois do braço dado com a extrema-direita do PS militantemente recrutadora, é a vez de o photoshopado ensaiar o "pas de deux" com "Cardoso, o Magnificente"
08 September 2021
"The low-desire life: why people in China are rejecting high-pressure jobs in favour of ‘lying flat’ (III)"
"Diya Hai"
(sequência daqui) Nascida na Arábia Saudita e deslocada para o Paquistão na adolescência, aos 19 anos Arooj viajou até Boston para estudar no Berklee College of Music, vivendo actualmente em Brooklyn. “Tenho raízes em tantos lugares diferentes. A minha única educação musical é sobre teoria do jazz. Adoro Terry Riley e viver em Nova Iorque. Herdei aquilo que absorvi de pessoas e lugares e de escutar atentamente imensas coisas diferentes”, disse a “The Creative Independent”. Em Vulture Prince, há os ghazals paquistaneses e a poesia de Rumi, a guitarra acústica de Gyan Riley e Badi Assad, a harpa de Maeve Gilchrist, o trompete de Nadje Noordhuis, o sopro dos sintetizadores de Shahzad Ismaily, o violino de Darian Donovan Thomas, e o contrabaixo de Petros Klampanis. Sobre todos eles, a voz de Arooj, qual Liz Fraser oriental.
07 September 2021
A filinha dos candidatos ao guito das europas, dos mendicantes de "um lugarzinho" e dos idiotas úteis engorda obscenamente dia a dia (que, sabe-se lá... o photoshopado pode até chegar a PM)
Edit (20:30) - E este cavalheiro não devolve, agora, o favor?...
06 September 2021
É apenas natural que tenha sido pela extrema-direita do PS que a diva pimba haja feito a redentora transição
FRONTEIRAS, ORIGENS
Desde que, na noite 29 de Junho de 1987, no Empress of Russia (um já defunto pub de Islington, no Norte de Londres), um grupo de representantes de editoras independentes, organizadores de concertos e jornalistas – correndo, embora, o risco de guetização de tudo o que não era ocidental, pop, rock ou jazz – cunhou a designação “world music” para englobar o que, até aí, se chamava “folk”, “trad” ou “roots”, todo um novo espaço se abriu e nos permitiu o acesso mais fácil a preciosidades como Le Mystère des Voix Bulgares, a experiências de cruzamento multicultural como Les Nouvelles Polyphonies Corses (de Hector Zazou) ou a muito do que a Real World, de Peter Gabriel, ou a Luaka Bop, de David Byrne, publicaram. Com períodos de maior ou menor fulgor, nos últimos anos, o ritmo de descobertas valiosas tem-se intensificado com os belíssimos álbuns de Sam Lee, Elaha Soroor & Kefaya, Cocanha, San Salvador, The Rheingans Sisters, Lankum, Stick In The Wheel ou até 33EMYBW, Hai Qing & Li Xing, e Guzz da quase totalmente ignorada China. Vulture Prince, de Arooj Aftab, é mais outro óptimo exemplo de uma forma de abordar a música que, se ignora as fronteiras, conhece bem as suas origens. (daqui; segue para aqui)
"Mohabbat"
05 September 2021
Satisfazendo uma reivindicação lancinantemente expressa nesta caixa de comentários, aqui se revela qualquer coisinha de português (LXXIX): no 7º verso da segunda parte da canção, Florence Shaw diz, com alguma convicção, "A Portuguese party for you"
Dry Cleaning - "Hm"
04 September 2021
Radicais livres (LXXXVII)
"Chinese Youth Announce That They’re 'Lying Flat' (I) and Resisting the Pressures of Modern Life"
03 September 2021
02 September 2021
01 September 2021
(sequência daqui) Agora que Path Of Wellness é publicado, Brownstein volta à carga: “Acho muito interessante que as mesmas pessoas que rejeitam o conservadorismo em política desejassem que nos contentássemos com uma versão estática e codificada da banda. Nós sempre nos vimos com o passo trocado em relação ao que, às vezes, as pessoas pretendem de nós”. Gravado durante o pesado Verão pandémico de 2020, em Portland, quando as manifestações Black Lives Matter enchiam diariamente as ruas e as florestas do Oregon ardiam – “It’s not the summer we were promised, it’s the summer we deserve” – Path Of Wellness, desta vez produzido pelo duo sobrevivente, dificilmente trará de volta os dissidentes: (demasiado?) adulto e (demasiado?) polido, o espírito “riot” continua lá mas as vozes que o gritam parecem não se dar conta do amontoado de clichés rock que as sufocam.
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