O mundo é um lugar maravilhoso: Catarina Eufémia no conselho de administração da ZON Optimus (ao lado de duas aristocratas escolhidas por direito de sucessão monárquica hereditária)
30 August 2013
Emocionada saudação pelo regresso da Morgada e modesto contributo para o debate acerca do "piropo"
Morgada! Long time no speak… o clube de fãs estava quase, quase a entrar em greve de fome.
Quanto ao tópico em debate, sempre pensei que o trolha-ó-filha-comia-te-toda e o Petrarca-S’-amor-non-è-che-dunque-è-quel-ch’-io-sento?-Ma-s’egli-è-amor-per-Dio-che-cosa-e-quale? querem dizer exactamente o mesmo. Simplesmente, o trolha não é capaz de escrever sonetos e o Petrarca era.
O trolha merece um bufardo bem aviado no focinho? Claro que merece: a poesia é uma necessidade básica.
... entretanto, para evitar futuros recursos para o Tribunal Constitucional, coitado, convinha esclarecer já se se trata de um "filme de Lisboa", um "filme em Lisboa" ou um "filme sobre Lisboa".
29 August 2013
... ainda é o governo do Relvas: chumbo atrás de chumbo
(AINDA) OUTRO LADO DE BOB DYLAN
Bob Dylan deverá ter pulado de alegria ao ler a pergunta com que Greil Marcus iniciava os 40 000 caracteres da crítica a Self Portrait, no número de 23 de Julho de 1970 da “Rolling Stone”: “What is this shit?...” E mais feliz terá ficado ao reparar que, evidentemente, Marcus não se ficava por aí mas zurzia forte e feio na obra e no autor, comparando-o com Rimbaud que trocara a poesia pelo comércio na Abissínia, interrogando-se acerca do real valor de Dylan (“Em 65 e 66, seríamos assim tão impressionáveis? Não teremos sobrevalorizado algo que, afinal, não era melhor do que isto? Aqueles discos tão intensos terão sido apenas acidentais?”), desafiando-o a ir até ao fim e a assumir o “Bing Crosby Look”, e confessando amargamente que era a primeira vez que se sentia cínico ao ouvir um disco dele. Mas, a certa altura, por acaso ou não, Greil Marcus acerta no alvo: “Há uma curiosa tendência para o auto-apagamento. Dylan retira-se de uma posição na qual lhe é exigido que exerça o poder. Quase como o duque de Windsor abdicando do trono”. De facto, estava tudo a correr tal como fora planeado: um pouco por todo o lado, Self Portrait seria incinerado, o “Pravda” soviético chamaria a Dylan “capitalista ganancioso” e este fizera questão de não recusar o muito institucional e nada revolucionário doutoramento honoris causa que a universidade de Princeton lhe concedera. Ainda que, desgraçadamente, na cerimónia de atribuição dessa distinção, o académico de serviço não tenha resistido a apresentá-lo na qualidade de “expressão autêntica da consciência inquieta da Jovem América”.
Porque era justamente disso que ele queria fugir! Se seleccionara para Self Portrait os registos mais deslavadamente country e as mais pálidas interpretações de "standards", a intenção era, precisamente (assim o afirma em Chronicles Volume One), alienar de uma vez por todas a multidão de fãs e apóstolos que o acossava e lhe exigia “que saísse à rua e os conduzisse sabe-se lá onde, deixando de me esquivar aos meus deveres de porta-voz de uma geração. (...) Eu apenas cantara canções directas que falavam de realidades novas e poderosas. Tinha muito pouco em comum e sabia ainda menos de uma geração de que era o suposto porta-voz. (...) Sentia-me como um pedaço de carne atirado aos cães. (...) Escreviam-se histórias acerca de eu andar em busca de mim, numa demanda interior atormentada. Tudo isso me parecia óptimo. Gravei um álbum duplo [Self Portrait] para o qual atirei tudo o que colasse e não colasse à parede. (...) Convencera-me de que, quando a crítica demolisse a minha obra, o mesmo aconteceria comigo e o público me esqueceria”.Another Self Portrait(1969–1971), décimo volume das Bootleg Series editado a 27 de Agosto, apresenta-se com a exigente missão de demonstrar que, nesses anos de eclipse, ao lado da Band, de David Bromberg e de Al Kooper, nem tudo o que Dylan gravou era o esterco que, deliberadamente, amontoou no duplo de 1970. Bem mais difícil será fazer o mesmo em relação aos registos do período "born-again", quando o seu fervor evangelizador nem perante o produtor Jerry Wexler se deteve, obrigando este a dizer-lhe “Bob, estás a lidar com um judeu ateu de 62 anos. Vamos só gravar um álbum...”
Muscle connects to the bone
And the bone to the ire and the marrow
I wish I had a gentle mind and a spine made up of iron
Mouth connects to the teeth
And teeth to the loves and curses
Honey
Can you reach the spots that need oiling and fixing?
H-E-L-P
Help me, help me
H-E-L-P
Help me, help me
Muscle connects to the bone
And the bone to the ire and the marrow
So I pretend these aren't ten strings attached to all ten of my fingers.
H-E-L-P
Help me, help me
If you could only go somewhere else
H-E-L-P...
O MARAVILHOSO MUNDO DA BLOGOCOISA (XIII)
São sinais, irmãos, são sinais!!! Vede como, comandado por Forças Superiores, ao enganar-se na escrita do endereço deste blog, pcristov foi encaminhado para a Luz!
Estava escrito: "You may have typed in a wrong domain name. God loves you and is not willing that any should perish. A UNIQUE SITE that teaches SALVATION is only possible by humbling yourself–1 Pe 5:5, repenting of your sins–Lk 13:3, and trusting in Jesus Christ as your only hope–Eph 2:8. AFTERWARD you are commanded to be baptized by full immersion–Mk 16:16, and to read and obey the Gospel–Heb 5:9. The WHOLE GOSPEL is taught, including denying yourself, sin, heaven, hell, the judgments, the love of God, the fear of God, how Satan deceives and prophecy".
I used to think that I should watch TV
I used to think that it was good for me
Wanted to know what folks were thinking
To understand the land I live in
And I would lose myself, and it would set me free
This is the place where common people go
A global franchise, one department store
Yes, there were many awkward moments
I had to do some self-atonement
Well if I opened up, well it would set me free
I know, I like
Behold and love this giant
Big soul, big lips
That's me and I am this
Everybody is a touched-up hairdo
Everybody's in the passing lane
Aberration makes you touch dark shadows
The weird things that live in there
I took a walk down to the park today
I wrote a song called "Just Like You and Me"
I heard the jokes from the sports reporter
The rival teams when they faced each other
The more I lost myself the more it set me free
How am I not your brother?
How are you not like me?
Everybody's in the hotel lobby
I'm living in here, yes I am
I feel it moving in my arms and fingers
Touch me and feel like me
It's good to lose and it's good to win sometimes
It's good to die and it's good to be alive
Maybe someday we can stand together
Not afraid of what our eyes might see
Maybe someday I'll understand them better,
The weird things inside of me.
O PENSAMENTO FILOSÓFICO PORTUGUÊS (CXX)
João César das Neves
Lot e as filhas - Joachim Wtewael (1600)+ sobre o tema aqui
Eternamente gratos ao Mestre por nos dar a conhecer "as novas formas de expressão - cinema, televisão, videojogos, sites, revistas" - e nos alertar também para os reprováveis conteúdos - "violência, erotismo, velocidade, grosseria, atrevimento" - que, ao ler a Bíblia, nos poderão desviar do Bom Caminho. (aqui)
Até 1999, Stephin Merritt já tinha publicado seis álbuns com os Magnetic Fields, dois com os Gothic Archies, um com os Future Bible Heroes, e outro via The 6ths. Era uma discografia importante, variada e respeitável – Obscurities, colecção de “sobras” do período 1994-99, editada há dois anos, é assaz esclarecedora acerca da riqueza dos fundos de baú de Merritt – mas seria apenas à beira da viragem do milénio, com o triplo 69 Love Songs, dos Magnetic Fields, que o mundo "indie" (e uma mais alargada periferia) ajoelharia, por fim, perante o indiscutível génio do extremoso dono do chihuahua Irving (Berlin). Foi um caso exemplar de bênção que se transforma rapidamente em maldição: daí para a frente, tudo, literalmente tudo, o que Stephin Merritt gravaria através das suas diversas personae haveria de ser fatalmente comparado com o inesgotável tríptico e, só muito improvavelmente, de modo favorável. O que, à excepção de Distortion (2008) – abstruso ensaio de fusão molecular entre o arame farpado de Psychocandy e o "songwriting" segundo Merritt – nunca andou demasiado longe da pura injustiça: para ficarmos apenas pela nata, Hyacinths and Thistles (2000, dos 6ths), i (2004) e Realism (2010), ambos dos Magnetic Fields, e, sobretudo, The Tragic Treasury: Songs from A Series of Unfortunate Events (2006, dos Gothic Archies), magnificamente perversa colecção de canções infantis escrita a meias com Lemony Snicket/Daniel Handler, são o género de matéria apontada directamente ao cânone pop pela qual muitos abdicariam de bom grado de uma parte da sua anatomia.
Segundo parece, o espectro-69 já começou também a pairar sobre Partygoing, recente terceiro tomo dos Future Bible Heroes, essa bizarra associação musical com Chris Ewen (e Claudia Gonson incluída) surgida da comum devoção por Yma Sumac, John Cage e a arte Tiki da Polinésia. Poderá, certamente, discutir-se se a inclusão no panteão atrás referido é aceitável mas isso obrigará a reparar que, nesta recolha de levíssimas bolhas de sarcasmo niilista, se incluem pérolas como "Let’s Go To Sleep (And Never Come Back)" (“I'll wear silk pajamas and sleeping mask in black, and you will wear a muumuu a la Roberta Flack, leaving no note, just candles and incense, we'll overdose on smack, no need to weep, let's go to sleep and never come back”), invocações a Satanás (“Angel of light, prince of peace, I am your soldier but don’t let me get too much older”) e, especialmente, aquelas que Claudia Gonson designa como “instructional songs”: a que aconselha "Keep Your Children In A Coma", enquanto forma expedita de evitar as aflições da infância (“You can't let them go to school for fear of bullying little beasts and you can't take them to church for fear of priests, you can never really know, ma, if their motives remain pure, keep your children in a coma and be sure”) ou a outra, que, sob o alto patrocínio de Cristo clonado a partir do sudário de Turim (com assessoria de David Bowie e Aleister Crowley), recomenda "Drink Nothing But Champagne" (“It makes life shorter than drinking water”). E não duvidemos que Merritt está coberto de razão quando afirma que Presley chamaria um figo a "All I Care About Is You".
Boa ideia! E, para o ano, na comemoração dos 40 anos do 25 de Abril, que tal umas valentes cargas de polícia de choque sobre as manifestações e umas cabinezinhas no Terreiro do Paço onde quem quisesse entrar seria impiedosamente interrogado e torturado?
Tudo o que sempre desejou saber sobre empreendedorismo mas tinha vergonha de perguntar (em 5 passos): I, II, III, IV, V
20 August 2013
Que interessa o miserável crescimento de 1,1% do PIB quando a influência lusa no planeta, depois de já ter quatro patas na Casa Branca, aumentou vertiginosamente para o dobro?
"Hendrix would reportedly regularly put numerous hits of LSD inside his headband which would seep into his pores and spur his guitar antics to greater heights. One story has it that he would occasionally cut his head above his brow give the hits a direct line to his mind. One urban legend has it that Hendrix took fifty hits of LSD the day he played Woodstock and the result of LSD overload was his fiery version of 'The Star Spangled Banner'".
"Not content to simply ingest it orally, Barrett would often put acid inside his eyelids and let it seep into his brain that way. When going on stage, he would often indulge in putting a mixture of hair gel and LSD in his hair and letting the mixture melt into his brain during the heat of a performance. For an even further kick, Barrett would sometimes mix the LSD and hair gel with a particularly nasty Barbiturate of the day called Mandrax". (daqui)
É capaz de ser a entrada mais deprimente de toda a Wikipedia. Não é, de certeza, por esse motivo que apenas existe em inglês e sueco mas, se desvalorizarmos o facto de o inglês ser o esperanto contemporâneo, os falantes de todos os outros idiomas, de certo modo, devem ficar agradecidos por terem sido, até agora, poupados. Chama-se “Outline of war” e, considerando que cada sub-capítulo abre para uma infinidade de outras entradas (quase nenhuma delas propriamente curta), o efeito de imediata anulação de qualquer vestígio de optimismo antropológico que pudesse ainda sobreviver é enormemente potenciado pela esmagadora dimensão da informação disponível. Não responde cabalmente a uma das interrogações que nos pode conduzir lá – desde que existem registos históricos, houve algum ano sem a ocorrência de guerras? – mas também não autoriza muitas dúvidas de que a resposta mais do que provável é “não”. Disciplinadamente (deveria, talvez, dizer-se militarmente?) estruturada segundo tipos de guerra, formas de a travar, estratégias, tácticas, variedades de armamento, épocas, regiões e número de baixas, é educativo saber que, se o Paleolítico Inferior e Médio terão sido razoavelmente pacíficos, a partir do Paleolítico Superior, o sapiens sapiens entregou-se, até hoje, de alma e coração, ao glorioso, ininterrupto e inesgotável empreendimento de, sob qualquer pretexto, exterminar o máximo número de exemplares do sapiens sapiens mais próximos.
Por outras palavras: desde que, em 1963, Bob Dylan cantou "Masters Of War", por todo o mundo – se a lista da Wikipedia é exaustiva –, foram desencadeados (ou persistiram) exactamente 100 conflitos armados. Será isso motivo suficiente para baixar os braços e desistirmos de pensar que a cantiga é uma arma (metáfora, no contexto, assaz desconfortável...)? PJ Harvey não partilha dessa opinião. E se, no último e óptimo Let England Shake (2011), já se havia colocado na posição de imaginária “song correspondent from the front-line” nos cenários de matança da Primeira Guerra Mundial (“I've seen and done things I want to forget, I've seen soldiers fall like lumps of meat, blown and shot out beyond belief, arms and legs were in the trees, I've seen and done things I want to forget, coming from an unearthly place, longing to see a woman's face, instead of the words that gather pace, the words that maketh murder”), procurando, deliberadamente, sublinhar a forma aterradora como a História se repete (“As descrições da guerra não mudaram através dos anos. O que se aplicava há centenas de anos continua a poder aplicar-se hoje”), agora, numa canção, "Shaker Aamer", colocada inicialmente em "streaming" exclusivo no site do “Guardian” – mas, rapidamente, saltando daí para a grande rede – denuncia a situação do último prisioneiro de guerra britânico em Guantanamo, detido há 11 anos sem culpa formada e em risco de ser transferido para outra cadeia na Arábia Saudita. Vigorosa "topical song" ao jeito tradicional no mesmo registo sonoro das de Let England Shake, não evitará, decerto, que a lista negra do “Outline of war” se alargue. Mas, pelo menos, servirá para recordar, como lá também se escreve, que “an absence of war is usually called peace”.
Há gente em Braga que nem parece de Braga... mas até foi uma intervenção artística "light" (vendo bem, a verdadeira homenagem ao cónego seria demoli-la à bomba, não era?)
12 August 2013
Atlântico-Sul(o link para o blog da Alexandra Lucas Coelho já há muito aqui deveria ter sido aqui publicado)
(mas, mesmo com a benção do PS, era uma peninha que alguma coisa má acontecesse à estátua, que a decapitassem, sei lá, que a deixassem em escombros...)
11 August 2013
CÁ, NINGUÉM SE APERCEBERIA QUE NÃO ERA MESMO UM TAXISTA
... e ainda outra no cravo que a imprensa "de referência" não gosta nada de ferir sensibilidades, especialmente a de excelsas entidades que os malignos cientistas "sempre temeram"
Forever and a day We'll dream our lives away Our love is here to stay Marry me I'll give you every color of the rainbow They'll say it can't be done but what do they know?
You'll never be alone You're my sine qua non And I'm a baritone Marry me I'll gaze into your eyes and say I love you There'll always be a rainbow right above you
Forever and a day We'll watch our children play I know it's a cliche But I will love you come what may Forever and a day
10 August 2013
Não é que o falecido fosse grande espingarda literária mas ninguém merece um epitáfio redigido (?) por alguém que, manifestamente, nunca leu uma linha do que ele escreveu
... e, provavelmente, um dia, lá mais para a frente (que tudo o que é feito à pressa nunca corre bem), há-de também pensar-se noutras coisas
VIDA E MORTE DE DEUS
É verdade: deus teve a sua própria banda de
rock e esta chamava-se Ya Ho Wha 13. Mas deus viveu a maior parte da sua vida
antes de descobrir que era deus. Começou por chamar-se James Edward Baker,
nascido em 1922, no Ohio. Aparentemente, aos 12 anos, terá sido aclamado como
“o rapaz mais forte dos EUA” e, daí em diante, olhando da altura de um metro e
noventa e três, foi fuzileiro das forças-armadas americanas condecorado por
bravura em combate durante a Segunda Guerra Mundial, abandonou a primeira
esposa terrestre e viajou de moto até Hollywood para se candidatar (sem êxito)
ao papel de Tarzan, supostamente em legítima defesa, terá feito uso da sua
condição de mestre de judo para enviar para outra dimensão dois indivíduos que
o aborreceram, e, num processo consagrado de acumulação primitiva de capital,
assaltou uma dezena de bancos o que lhe permitiu iniciar uma próspera carreira
no ramo da restauração. O maior sucesso surgiria, no entanto, com a abertura de
“The Source”, no Sunset Strip de Los Angeles, em 1969, um dos primeiros
restaurantes vegetarianos a cair nas boas graças da "beautiful people" local: Joni Mitchell, John Lennon, Marlon Brando,
Warren Beatty, Steve McQueen e tutti
quanti eram clientes regulares e até Alvy Singer/Woody Allen, em Annie
Hall, sentado na esplanada, relutantemente pede uma salada de rebentos de alfalfa
com puré de levedura.
É precisamente a partir de “The Source” e do seu staff voluntário de belas e belos jovens
hippies que o então quase-deus-Baker constitui e financia a sua comuna
alternativa que chegaria à centena e meia de membros. Alimentada por uma "ratatouille" teológico-espiritualista que
misturava esoterismos ocidentais com a Cabala, Tantrismo, yoga, "sex magick" à maneira de Crowley,
poliamor, químicos vários e todos os outros condimentos intermédios, estimularia
a transformação de Baker – por essa altura, já uma imponente figura de Moisés
prestes a receber os dez mandamentos – em Father Yod, depois, em Ya Ho Wha, e,
por fim, para simplificar, apenas God. Tal como pode ver-se no documentário
recém publicado em DVD, The Source Family (God Has a Rock Band), de Jodi Wille e Maria Demopoulos, se Baker nunca esteve sequer próximo de
ser um Charles Manson ou um Jim Jones, ainda hoje, de entre os discípulos
sobreviventes, há quem garanta tê-lo visto a jorrar relâmpagos dos ouvidos e a
ressuscitar nados-mortos. Bastante mais objectivo é o impressionante arquivo de
música e imagens da vida da comuna que uma das 13 esposas espirituais de deus foi
preservando (e de que grande parte do documentário se socorre), em particular,
a discografia de Ya Ho Wha 13, colectivo informal de membros da "brotherhood" – deus incluído – que
ocupava o estúdio da Mother House e que terá registado um total de potenciais
65 álbuns de que, originalmente, apenas 9 terão sido publicados (em flash: o
psych/folk/rock não inventou coisa nenhuma) e aos quais, nos últimos anos, a
Drag City deitou a mão. Resta acrescentar que, em 1975, deus duvidou da sua
divindade e pôs-se à prova: sem nenhuma experiência anterior, lançou-se em
asa-delta de uma escarpa no Havai e a aterragem foi fatal. Tinha perdido os
super-poderes.
"To put it very briefly, the main problem today is not only the exploitation of labor (even if it exists, and more than before), but the fact that increasingly large strata of the population have been made 'superfluous' by a production which dispenses with human labor. It is ridiculous to imagine providing 'work' for all those made 'superfluous'. Rather, it is necessary to begin to imagine a society that does not use its productive potential to satisfy the quest for a ghostly and fetishized 'commodity value', but which uses this potential to meet human needs.
The crisis of capitalism is also the crisis of its traditional adversaries. With the gradual end of labor, and therefore of value and of money 'value' that results, all the oppositions that refer to or want to make better use of those categories lose their relevance. It is the same for those who want to conquer state power to transform it into a lever for emancipatory transformation".(Change Horses, Anselm Jappe)
É no que dá o pessoal de limpeza ter formação em informática
07 August 2013
Claude Gervaise - "Bransles"
(Accademia del Ricercare)
Muitíssimo bem; e, já que estão com a mão na massa, é ir por aí fora, a eito, observando à lupa tudo e todos envolvidos, nos últimos 20 anos, em PPPs, BPN, BPP, BANIF, SCUTs, TGV, Aeroporto de Beja, "novo" Aeroporto de Lisboa, privatizações, fundos europeus... (se falhar alguma coisa, digam)
Já agora...
"O gestor ontem [1 de Julho 2013] nomeado secretário de Estado do Tesouro [Joaquim Pais Jorge] integrou também, por despacho proferido em Agosto de 2010 porCarlos Costa Pina e Paulo Campos, a comissão de negociação dos contratos das concessões Interior Norte, Beira Interior, Algarve, Norte Litoral, Douro Litoral e Litoral Centro. (...) De acordo com o relatório do Ministério das Finanças, divulgado em Agosto do ano passado e que desencadeou a comissão parlamentar de inquérito, os encargos suportados em 2011 com essas concessões superaram os valores previstos em todos os casos." (aqui)
Não respeitar prazos é a marca de um governo que sabe ser fiel à identidade lusitana!
"Pedro Lomba referiu ainda que Pedro Passos Coelho está a par do dossier e que o executivo 'vai fornecer a informação' ainda nesta terça-feira que permitirá 'ajuizar sobre o que se passou'”.
(aqui)
06 August 2013
"INCONSISTÊNCIAS PROBLEMÁTICAS" = "SIM, PARECE MERDA, TEM COR DE MERDA E CHEIRA A MERDA, MAS DÊEM-NOS TEMPO E VÃO VER COMO TRANSFORMAMOS A COISA NUM LINDO BOUQUET DE CRISÂNTEMOS (ou, então, pomos o nosso melhor arzinho de vestais e dizemos que o biltre nos enganou)"
A imprensa "de referência", depois de dar uma no cravo, procura limpar melhor a nódoa dando outra na ferradura (mas convinha lembrar que, entre ciência e professores Karamba, não há debate, só combate)
"A fraude da astrologia: uma 'ciência' que não é ciência"(aqui via DRN)
DÁ GOSTO VER TÃO PURÍSSIMOS ARIANOS A DEFENDER A "SUPREMACIA BRANCA"
05 August 2013
VINTAGE (CLV)
Sex Pistols - "Holidays In The Sun"
A cheap holiday in other people's misery!
I don't wanna holiday in the sun I wanna go to new Belsen I wanna see some history 'Cause now i got a reasonable economy
Now I got a reason, now I got a reason Now I got a reason and I'm still waiting Now I got a reason Now I got reason to be waiting The Berlin Wall
Sensurround sound in a two inch wall Well I was waiting for the communist call I dared to ask for sunshine, and I got World War three I'm looking over the wall and they're looking at me!
Now I got a reason, now I got a reason Now I got a reason and I'm still waiting Now I got a reason, Now I got a reason to be waiting The Berlin Wall
They're staring all night and They're staring all day I had no reason to be here at all But now i gotta reason it's no real reason And I'm waiting at Berlin Wall
I'm gonna go over the Berlin Wall I don't understand this thing at all I gonna go over and over the Berlin Wall I'm gonna go over the Berlin Wall I'm gonna go over the Berlin Wall
Claustrophobia there's too much paranoia There's too many closets oh when will we fall? And now I gotta reason, It's no real reason to be waiting The Berlin Wall
I gotta go over the Wall I don't understand this thing at all It's third rate Cheap dialogue, cheap essential scenery I gotta go over the wall I wanna go over the Berlin Wall Before me come over the Berlin Wall I don't understand this bit at all... I'm gonna go over the wall I'm gonna go over the Berlin Wall I'm gonna go over the Berlin Wall Before me come over the Berlin Wall I don't understand this thing at all Please don't be waiting for me
Abordando o problema de forma suave, é assim; em modo hardcore, seria assim