Sean Carroll responde (da única forma possível: cientificamente) à pergunta (religiosa) de Henrique Raposo: "We don't know"
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14 April 2019
02 July 2016
O Henrique Raposo já tinha realizado o ensaio geral para Jorge Coelho da equipa de júniores. É o lado "quando diz tolices" dele. Chegou, agora, o momento da publicação do magnum opus (7 páginas), "Aleluia! Ou o rock enquanto fé", na edição de hoje, em papel, da revista "E"/"Expresso". A intenção é comunicar-nos que descobriu a pólvora: o rock (Arcade Fire, Bruce Springsteen, Johnny Cash, Nick Cave, U2) está encharcadinho de Bíblia e cristianismo, meio expedito para fazer pirraça ao contingente "laico, cool, ateu e hipster", agremiação informal que, de forma inovadora, também identificou e que não aprecia por aí além. Após este retumbante escândalo teológico (os U2, pá, quem diria?...), aguardam-se com incontrolável expectativa os capítulos seguintes nos quais, investigando de igual modo o cinema, a literatura e a arte, nos fará, outra vez, tremer o chão debaixo dos pés para maior glória do Grande Fantasma Cósmico.
Guarde-se para sempre na memória um genial naco de "insight" musicológico: "há ali a sinceridade do violino e do tambor em cima do cinismo da guitarra eléctrica". Anote-se ainda que Funeral (Arcade Fire) "é um pequeno tratado cristão que servirá para as minhas filhas compreenderem o centro da sua fé" e que "'Wake Up' funciona cá em casa como confessionário". Era bem feito que as miúdas acabassem fãs de "death metal".
Citação complementar (e indesculpavelmente esquecida):"Estamos a falar de pessoas que ficam chocadas quando afirmo sem ironias que vou dar a catequese âs minhas filhas através dos álbuns dos Arcade Fire" (a ausência de vírgulas é da responsabilidade do autor).
19 November 2015
15 March 2014
NEOLIBERAIS LUSOS OU NACIONALISTAS RUSSOS?
"Primeiro o país, depois o partido e só no fim o indivíduo" (Teresa Caeiro)
"Maria José Castelo Branco, deputada eleita [do PSD] pelo círculo do Porto, anunciou que ia mudar o sentido de voto - de favorável para abstenção - por pressão das estruturas locais do partido. Emocionada, a chorar (...), a deputada de Amarante pediu aos colegas da bancada "desculpa pela cobardia". ("Expresso")
"Maria José Castelo Branco, deputada eleita [do PSD] pelo círculo do Porto, anunciou que ia mudar o sentido de voto - de favorável para abstenção - por pressão das estruturas locais do partido. Emocionada, a chorar (...), a deputada de Amarante pediu aos colegas da bancada "desculpa pela cobardia". ("Expresso")
"Em resumo, Dugin e Kobyakov consideram que a dignidade majestática do Estado é mais importante do que a liberdade individual. A sua base jurídica e moral não é o indivíduo mas sim a nação. É a nação que tem personalidade jurídica e não o indivíduo. Ou melhor, a personalidade jurídica do indivíduo é um mero anexo da personalidade jurídica do colectivo nacional". (Henrique Raposo, 'Hubris' ao Contrário - O Nacionalismo Russo, "Actual"/"Expresso")
13 December 2013
03 March 2012
FILOSOFIA PARA CRIANÇAS
(cortesia de mr. apostate)
Convenhamos que, aos 81 anos, pular do ateísmo para o teísmo por via de uma daquelas interrogações filosóficas que costumam despontar por volta dos 14 anos - "Se o universo teve um começo, então, a pergunta é inevitável: o que produziu esse começo? Quem deu o primeiro pontapé na bola cósmica?" - é mais consequência dos efeitos devastadores da "segunda infância" (e/ou do cagaço mal resolvido da morte) do que de sabedoria.
E, já agora, acerca de Richard Dawkins: afirmar que "Dawkins tem direito ao seu ateísmo, mas já não tem direito a pensar que esse ateísmo tem certificado científico. A ciência não prova a não-existência de Deus. Deus é um assunto não-científico por excelência, porque Deus não está ao alcance do método científico", é um bocadinho... errr... ignorante. É ele próprio, Dawkins, que, no "espectro de possibilidade teísta", justamente por escrúpulo científico e pela impossibilidade de prova de uma coisa ou do seu contrário, se situa, de 1 a 7, em 6.
Se bem que, algures entre o 6 e o "apateísmo", é onde se vive melhor.
(2012)
09 July 2010
NÃO TEM NADA QUE SABER: CONSIDERE-SE FUNDADO,
A PARTIR DE HOJE, O CLUBE DE FÃS DA MORGADA!
(para que, redundância e tudo, conste: quando não diz tolices, o Henrique Raposo não diz tolices)
(2010)
22 March 2010
TREMOÇOS E MONTESQUIEU
"Entrei como cientista político, saí como antropólogo. Em Mafra, no congresso do PSD, vi pouca política, mas vi, ao vivo e a cores, a imensa selva social que é Portugal. Às tantas, até parecia que estava no meio de um imenso e caótico casamento cigano, cheio de mulheres lindíssimas claramente overdressed (no meio destas madrinhas de casamento, aqui o escriba parecia um pedinte). Neste caos antropológico, falei de quotas partidárias enquanto bebia umas imperiais com uns senhores simpáticos, e, logo a seguir, discuti Tocqueville com umas senhoras ainda mais simpáticas (além de giras, as rangelistas são inteligentes).
A gradação de inteligência do PSD vai assim desde a epistemologia do tremoço ao debate sobre o liberalismo clássico. O PSD junta, no mesmo espaço, taberneiros profissionais e 'caixas de óculos' da teoria política. Como podem calcular, esta amplitude térmica transforma o PSD numa coisa fascinante para qualquer repórter. No próximo congresso, quando voltar a ser o David Attenborough do PSD, espero encontrar uma rangelista a ler Montesquieu e a trincar tremoços ao mesmo tempo". (Henrique Raposo, "O Microscópio Laranja", "Expresso" de 20.03.10)
(2010)
05 December 2009
BANDEIRAS
"Há dias, quando fui ver os meus pais, fiquei chocado com a minha antiga escola. O pátio parecia um estaleiro do Dubai, mas não era isso que me chocava. Uma tarja da Mota-Engil estava presa entre duas árvores. Por sinal, as árvores onde a Maria deixou gravada a inscrição que fulminou a Dulce: 'Maria loves Henrique'. Mas também não era isso que me inquietava. Ter o Jorge Coelho em cima das memórias amorosas é uma coisa que se aguenta em nome do PIB pátrio. O que me incomodava era outra coisa. Num dos mastros da escola erguia-se uma bandeira. Não era a bandeira de Portugal ou da UE. Era a bandeira da Mota-Engil. Ali estava o esplendor do regime, no portão da minha escola. Não dava para dar menos bandeira, dr. Jorge Coelho?" (Henrique Raposo, no "Expresso" de hoje)
(2009)
"Há dias, quando fui ver os meus pais, fiquei chocado com a minha antiga escola. O pátio parecia um estaleiro do Dubai, mas não era isso que me chocava. Uma tarja da Mota-Engil estava presa entre duas árvores. Por sinal, as árvores onde a Maria deixou gravada a inscrição que fulminou a Dulce: 'Maria loves Henrique'. Mas também não era isso que me inquietava. Ter o Jorge Coelho em cima das memórias amorosas é uma coisa que se aguenta em nome do PIB pátrio. O que me incomodava era outra coisa. Num dos mastros da escola erguia-se uma bandeira. Não era a bandeira de Portugal ou da UE. Era a bandeira da Mota-Engil. Ali estava o esplendor do regime, no portão da minha escola. Não dava para dar menos bandeira, dr. Jorge Coelho?" (Henrique Raposo, no "Expresso" de hoje)
(2009)
14 November 2009
AGORA, A VERSÃO II, COM BONECOS & TUDO
(daqui)
... e mais o marido da prima e - este azar com as pessoas que o rodeiam... - o senhor António com apelido de origem africana & Cº.
(2009)
(daqui)
... e mais o marido da prima e - este azar com as pessoas que o rodeiam... - o senhor António com apelido de origem africana & Cº.
(2009)
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