31 August 2011

NÃO QUE EU ESTEJA A PENSAR IR À FLORIDA (UMA VEZ BASTOU E SOBROU) MAS, SE QUISER SUGERIR A IDEIA AOS PALADINOS DA FLORIDA DA EUROPA, OFEREÇO-LHE DE BOA VONTADE OS MEUS DADOS DESDE QUE ME GARANTA QUE SEREI COLOCADO NO TOPO DA LISTA


(cortesia de mr. apostate)

Christian wants atheist registry

(2011)
MAZÓMEUAMIGO, FIQUE JÁ COM A BANDEIRINHA E O
HINO (QUE É TÃO LINDO) E NÃO SE FALA MAIS NISSO!




'Troika' descobre novo buraco de 223 milhões na Madeira

Jardim antevê regresso do tema da independência

(2011)
NÃO É CURIOSO COMO, POR CÁ, A "DIRECTIVA LAGARDE"
PARECE TER ACONTECIDO EM SATURNO? E AMANHÃ TAMBÉM
NINGUÉM IRÁ FALAR NO ASSUNTO? NEM UMA PERGUNTINHA?




Banca europeia: FMI e União Europeia em divergência aberta

(2011)

30 August 2011

O PS TINHA AQUELE ENORME PROBLEMA DA FALTA
DE CARÊNCIAS
; O GOVERNO SOFRE INTENSAMENTE
DE "AUSÊNCIA DE INSENSIBILIDADE SOCIAL"



The Smiths - "Heaven Knows I'm Miserable Now"

As gaffes de Seguro

(2011)
STREET ART, GRAFFITI & ETC (LXIX)

Amsterdão, Holanda, 2010







































































































(2010)
(O ANO A SEGUIR AO) ANO DO TIGRE (LIX)

O Triunfo da Vontade



(2011)
AS FOTOS DAS FÉRIAS


















Tennis - Cape Dory

É extraordinariamente duvidoso que, só de olhar de relance a capa, alguém não excessivamente interessado pelo tipo de seres vivos que alimentam os palcos dos arraiais de província, considere sequer a hipótese de escutar Cape Dory. O nome da banda também não ajuda muito. Mas, ultrapassada a relutância visual e com alguma boa vontade, acaba por se descobrir que Tennis é "nom de plume" para o duo norte-americano, Patrick Riley e Alaina Moore, casal feliz e adepto das artes da navegação que, após sete meses a velejar pelo Atlântico, poisou os pés no cais com um álbum de canções pronto a gravar. A pergunta, então, é outra: quem é suficientemente simpático e tem pachorra para aturar uma sessão de fotografias-das-nossas-férias prolongadamente exibidas por amigos e pontuada de exuberantes “olha eu ali”?

A resposta é: por música é menos penoso. Mesmo que os Tennis não sejam imensamente diferentes do também "boy-girl-duo", Cults – honestamente, só à lupa se distinguem –, e que, como eles, sigam fidelissimamente o caminho das pedrinhas dos Camera Obscura, She & Him, Concretes ou God Help The Girl, isto é, assentem delicadamente, um pezinho atrás do outro, sobre as pegadas deixadas na areia por todos os "girl groups" que desenharam órbitas em torno de Phil Spector, acrescidos dos astros da galáxia-Motown. É tudo fresco, vaporosamente melodioso, os “ooohs”, “aaahs” e “shalalas” escorrem sobre os tímpanos como gotas de chuva no deserto, as "surf guitars" e as surdas triangulações de baixo invocam coreografias de "beach bums" betos sobre as ondas, e, de um modo geral, o sol brilha, eternamente, no horizonte. Mas, como nos bilhetes-postais, tudo demasiado semelhante.

(2011)

29 August 2011

ISTO DEVE SER JÁ A PRIMEIRA CONSEQUÊNCIA DA "DIRECTIVA LAGARDE": TRÊS GRUPOS DE TRABALHO, TRÊS, PARA FAZER CAFUNÉ À MÁFIA DA BOLA



Governo constitui três grupos de trabalho para avaliar futebol

(2011)
COMIC RELIEF À BEIRA DO ABISMO



Q: Why did God create economists?

A: In order to make weather forecasters look good.


(2011)
SE VIREM NA RUA O PASSOS COELHO E O VÍTOR
GASPAR, DE OLHOS ARREGALADOS E A MURMURAR
FRASES INCOERENTES, AGORA JÁ SABEM PORQUÊ...




Directora do FMI: austeridade deve passar para segundo plano - "o FMI encorajaria os Estados Unidos e a Europa a não reduzirem rapidamente as suas despesas públicas para não precipitarem situações recessivas. A directora-geral aconselhou, ainda, o prosseguimento de políticas monetárias 'estimuladoras'".

(2011)
L'OSSERVATORE ROMANO (II)


(cortesia de mr. apostate)

(2011)

28 August 2011

O HORIZONTE É VERMELHO!



Chanceler austríaco quer criar imposto sobre grandes fortunas

(a luta continua)

(2011)
É BOM RELER OS CLÁSSICOS (IV)


Pierre-Joseph Proudhon et ses enfants - Gustave Courbet (1865)

"Ser governado é, a cada operação, a cada transacção, a cada movimento, ser registado, recenseado, taxado, selado, medido, quotizado, patenteado, encaminhado e corrigido. É, sob pretexto de utilidade pública e em nome do interesse geral, ser exercitado, encarcerado, explorado, monopolizado, convencionado, oprimido, mistificado e roubado. Depois, à menor resistência, à primeira palavra de queixa, reprimido, multado, vilipendiado, vexado, perseguido, maltratado, garrotado, preso, fuzilado, metralhado, julgado, condenado, deportado, sacrificado, vendido, ferido, e, para cumulo, escarnecido, zombado, ultrajado, desarmado. Eis o Governo, eis a sua justiça, eis a sua moral". (Proudhon)

(2011)
A ETIQUETA


















Kate & Anna McGarrigle - Tell My Sister

Paira sobre a folk uma espécie de aura de santidade que, desde sempre, tem muito a ver com um rosário de “bons valores” partilhados – com óptimas e péssimas razões – por um considerável número de almas no mundo inteiro: o regresso à “essencialidade” e à “pureza” mais ou menos rurais que, supostamente, as gigantescas metrópoles esqueceram e aniquilaram; a expressão verdadeiramente “autêntica” do espírito de povos e grupos sociais, esmagada pelos demónios do cosmopolitismo; e, em particular na música anglo-americana, a intervenção político-social que, desde o "folk-revival" dos anos 50/60 do século passado, na oposição à guerra do Vietname e através da participação nos movimentos dos direitos cívicos, lhe ofereceu a medalha de respeitabilidade que se conquista na luta pelas causas justas.

Significa isto que, independentemente da muita e excelente música (acústica e eléctrica) que, das diversas vagas folk, emergiu, foi sempre muito mais fácil dispor, à partida, de pontos-extra de credibilidade se a etiqueta folk viesse associada (de que o "hype" ainda recente do "free-folk" é esclarecedor exemplo). O que, como o caso das irmãs canadianas, Kate e Anna McGarrigle, demonstra, não é, necessariamente, sinónimo de sucesso comercial nem de relevância artística. Pequeno culto de alguns (posteriormente, algo reavivado pelo facto de Kate – falecida no ano passado – ser mãe de Rufus e Martha Wainwright) e com venerandos padrinhos e fãs da estirpe de Joe Boyd, Judy Collins, Nick Cave ou Lou Reed, a verdade é que a música das manas McGarrigle (de que, agora, se reeditam os dois primeiros álbuns - Kate & Anna McGarrigle, 1975, e Dancer With Bruised Knees, 1977 - acompanhados dos proverbiais bónus) raramente foi mais do que uma amável destilação pop/folk/country em registo de harmonias vocais de catequese, límpidas, cristalinas e, na maioria das vezes, sumamente banais e repetitivas.

(2011)

27 August 2011

REGRA NÚMERO UM: SE A COMUNICAÇÃO
SOCIAL LEVANTA A LEBRE, INVESTIGA-SE;
SE NÃO, ESPERA-SE QUE NINGUÉM REPARE
E ASSOBIA-SE PARA O AR























"Secretas espiaram telemóvel de jornalista do PÚBLICO, avança semanário Expresso"

"Governo pede inquérito sobre acesso a registos telefónicos do jornalista Nuno Simas"

(2011)
(O ANO A SEGUIR AO) ANO DO TIGRE (LVIII)

Tigre acompanhado por um tipo chamado Syd Barrett (que, até ao fim, supôs que o tigre era um pirilampo oriundo de Sírius)



(2011)
PCP (OU FENILCICLIDINA), TAMBÉM CONHECIDA COMO "ANGEL
DUST", É UMA DROGA DISSOCIATIVA QUE PROVOCA ALUCINAÇÕES




"Ao fim de seis meses de insurreição, cinco dos quais apoiados por persistentes bombardeamentos da NATO, os contra-revolucionários tomaram a capital da Líbia. (...) Não deixa de surpreender que o regime líbio tenha resistido tanto tempo. Não raras vezes, empurrou as hordas contra-revolucionárias para o desespero da derrota. (...) A queda de Tripoli é uma derrota para todos os progressistas e amantes da paz, mas não a sua rendição ou deserção da luta contra a barbárie". (aqui)

(2011)
MAS ISSO NEM SE PERGUNTA, VASQUINHO! ENTÃO NÓS NÃO VEMOS, TODOS OS DIAS, COMO ELAS SÃO TÃO INDISPENSÁVEIS NA LUTA CONTRA OS INCÊNDIOS, A DESMATAR FLORESTAS E A COMBATER BRAVAMENTE OS TEMÍVEIS EXÉRCITOS DE CASTELA QUE NOS AMEAÇAM FEROCISSIMAMENTE AS FRONTEIRAS?



Vasco Lourenço: "queremos ou não queremos as Forças Armadas?"

(2011)

26 August 2011

L'OSSERVATORE ROMANO (I)


(cortesia de mr. apostate)

(2011)
HAIRSTYLE TRENDS - FALL 2011

The Bonaparte Look



(2011)
LONGA VIDA, MUITO LONGA, AO CAMARADA PRESIDENTE SILVA!



(a luta continua)

(2011)
COMO É POSSÍVEL QUE, QUANDO O MILIONARIADO SE JUNTA
ÀS FILEIRAS DA REVOLUÇÃO, HAJA VOZES QUE DUVIDEM DO
SEU EMPENHAMENTO MILITANTE NA JUSTA CAUSA DO POVO?




"Há algo de perturbador nestas manifestações de ricos que entre Nova Iorque e Paris se mobilizam para que lhes aumentem os impostos. É preciso que uma democracia ultrapasse todos os limites da submissão abjecta aos interesses de uma elite para que esta acorde repentinamente de um torpor de três décadas e nos comunique que nos esquecemos de a taxar.

Não competia a Warren Buffet ou à herdeira da L’Oreal propalar a generosidade de quem sofre com as dores do mundo e deseja, sacrificando-se, mitigá-las. Pelo contrário: nós, a opinião pública e o poder político deviamos tornar esta espécie de grandes gestos ridículos e desnecessários. Num país decente, com uma justiça fiscal rudimentar, os multimilionários deviam queixar-se dos seus impostos como se queixa um cidadão normal. Mas para isso era conveniente que os pagassem.

A Europa e a America encheram-se de vassalos desta casta que agora quer ajudar-nos. Que a criadagem das nossas plutocracias preencha os parlamentos e as administrações das empresas públicas distribuindo entre si as sobras das grandes fortunas com mesuras e salamaleques é o mais trágico testemunho do grande equívoco liberal: a ideia de que podemos deixar os grandes em paz enquanto recomendamos frugalidade aos pequenos e distribuimos roupa e comida pelos pobrezinhos.

Só uma sociedade de escravos consegue ser feliz entre esta miséria moral".
(aqui)

(a luta continua)

(2011)

24 August 2011

O PENSAMENTO FILOSÓFICO PORTUGUÊS (LXXV)

Pedro Arroja


(cortesia de mr. apostate)

"A beleza da doutrina católica não está somente em ela dar uma resposta perfeitamente racional a qualquer questão que se lhe possa colocar acerca da vida humana. Está muito para além disso. Está no facto de a resposta que ela dá à questão nº 78 ser perfeitamente coerente com a resposta que ela dá à questão nº 23 147". (aqui)

(2011)
WELL, WE HAVE A SITUATION...



(2011)
O PENSAMENTO FILOSÓFICO PORTUGUÊS (LXXIV)

José António Saraiva



Onde o filósofo regressa ao tema da homossexualidade (um dos seus preferidos), humildemente, reconhece ser "pobre de espírito" e, mesmo assim, é ameaçado de ser "espancado até à exaustão" *. Duro ofício, o da filosofia. Que todos os que pensam segui-lo tomem nota.

Edit (19.40): ... nunca esquecer, porém, a potência transformadora do pensamento filosófico sobre a realidade concreta.

* Edit (23.16): a vil ameaça à integridade física do filósofo, aparentemente, volatilizou-se.

(2011)
CAMARADAS ANDRÉ JORDAN, FILIPE DE BOTTON, JOSÉ ROQUETTE E HENRIQUE NETO: UNI-VOS À GLORIOSA LUTA DO POVO TRABALHADOR PARA ESMAGAR A BURGUESIA REACCIONÁRIA DOS AMORINS E CHAMPALIMAUDS E ATRAIR PARA O CAMPO REVOLUCIONÁRIO O SECTOR HESITANTE DOS VIOLAS, BERARDOS E BARROS!



Os milionários portugueses pagarem um imposto extra? A resposta é "nim"

(a luta continua)

(2011)
AFINAL, ENTRE UM ***** EM NOVA IORQUE E UMA ESPELUNCA
NO INTENDENTE ATÉ NEM HÁ ASSIM TÃO GRANDES DIFERENÇAS



New York's Sperm Bank

DSK's Swanky Hotel Suite Was Stained With The Semen Of Four Other Guys

(2011)

23 August 2011

RÉPLICA EXACTA


















Cults - Cults

A frase poderá ser reescrita de diversas formas mas, nestes casos, o argumento da defesa assenta sempre numa ideia-chave: a banda apropria-se de múltiplas referências já inúmeras vezes citadas mas insufla-lhes uma nova energia. Não estou a inventar, tropeça-se nela a cada esquina e, para o que, agora, interessa, também no caso dos Cults. Traduzindo, por isto se pretende dizer que nos encontramos perante mais outro daqueles grupos – aqui, o duo californiano relocalizado em Nova Iorque, Madeline Folin e Brian Oblivion – que, garimpando avidamente o filão Phil Spector/Motown/"girl groups", tal como muitos outros antes dele (Zooey Deschanel/She & Him, Concretes, Camera Obscura ou, definitivamente o "state of the art" na matéria, God Help The Girl), substitui o esforço de invenção pela concentração na réplica exacta do original, oferecendo uma espécie de colecção "fake" de raridades inéditas dos mestres, apenas com assinatura diferente para evitar sarilhos legais.



Nesse domínio, os Cults são, sem dúvida, extraordinariamente competentes na manipulação dos "genre signifiers", ainda que, aqui e ali, a pratiquem de modo excessivamente óbvio: "Bumper" escusava de fotocopiar tão escancaradamente a melodia de "Give Him a Great Big Kiss", das Shangri-Las, e "You Know What I Mean" e "Most Wanted" teriam levado na mesma a água ao seu moinho sem que, à transparência, tivessem de deixar adivinhar com tal nitidez a silhueta das Supremes. Mas são reparos menores: Cults é uma "period piece" de óptimo recorte, um trabalho de reconstituição realizado com minúcia e dedicação que, como todos os seus parentes próximos, acaba por nos oferecer a possibilidade de, consoante a hora, a temperatura ou o estado de espírito do momento, optarmos por peças "vintage" ou pelos seus sucedâneos actualizados.

(2011)
A MALDIÇÃO-SÓCRATES PAIRA SOBRE O PLANETA:
O AMIGO KHADAFI ESTÁ CERCADO E A VENEZUELA
DO (ENFERMO) CAMARADA CHAVEZ DISPUTA COM
PORTUGAL O 2º LUGAR DO CLUBE DA BANCARROTA




Clube da bancarrota: "Portugal subiu do 3º para o 2º lugar, ultrapassando a Venezuela".

(2011)
ATÉ À VITÓRIA FINAL!



Super-ricos franceses querem pagar mais impostos

(a luta continua)

(2011)

21 August 2011

DE COMO A BOLA PUXA SEMPRE PARA A SUPERFÍCIE O PENSAMENTO FILOSÓFICO PORTUGUÊS NA SUA MAIS
VERDADEIRA E PURA ESSÊNCIA



A apopléctica transpiração do filósofo no momento do penalti

"Perdemos como podíamos ter ganho" + "Portugal teve uma derrota cheia de futuro"

(2011)
FIGURAS & FACTOS DA HISTÓRIA CRISTÃ (II)
(reactivando um "label" injusta e inexplicavelmente desprezado)

































(com o alto patrocínio de mr. apostate)

(2011)
NÃO SEI... MAS, NA "JORNADA MUNDIAL
DA JUVENTUDE", PEDIR AOS QUERIDOS
AMIGUINHOS
QUE "AMEM A IGREJA" QUE
"VOS FEZ DESCOBRIR A BELEZA DO AMOR",
SOA... COMO DIZER?... ... PECULIAR...







(daqui)

(2011)
LUTA DE CLASSES


(clicar para ampliar)

(2011)

20 August 2011

VERÃO
















Cosie Cherie - Book Of Music

O planeta não se deslocará do seu eixo e, tanto quanto é possível profetizar, nenhuma revolução ocorrerá por virtude do surgimento no cenário (mais ou menos pop, mais ou menos indie) luso-holandês de um duo pouco felizmente intitulado Cosie Cherie. Aliás, Tânia e Job, gente de hábitos simples e mais dados às amenidades estivais que a música acústica que praticam reflecte. Mas, neste primeiro álbum (que sucede a um primeiro EP, Making Magic Floating Boats, aqui integralmente incluído), caso não estejamos demasiado virados para a descoberta, a todo o preço, de improváveis sublevações estéticas, não será impossível depararmos com instantes de um "songwriting" discretamente caloroso, tão ingénuo quanto genuinamente convicto da sua pertinência, coisa de tipos que preferem viver junto à praia e vêem com muito bons olhos não apagar da gravação o miado de um gato que, inadvertidamente, se intrometeu no processo.



Escutado em dia-não, poderia, facilmente, dizer-se que “Book Of Music” é água-de-rosas sonora, "wallpaper music" para refúgio rústico de hippies urbanos contrariados, uma tépida colecção de melodias preguiçosas e textos naïfs e de inglês duvidoso (“I’ve been thinking about a reason why we are here, people of tomorrow enjoy the sun shining in”), em relação à qual não seria reprovável não prestar enorme atenção. E não se mentiria. Sob a temperatura e pressão adequadas, porém, as moléculas de Joni Mitchell, Neil Young, (sejamos generosos) Leonard Cohen ou até, em determinados ângulos, Gainsbourg/Birkin, em solução infinitesimal, que se consegue identificar poderão ser suficientes para adiar o julgamento definitivo para uma outra oportunidade e, agora que o Verão parece, enfim, começar, encararmos Book Of Music como bebida fresca e bem vinda.

(2011)

19 August 2011

UM GRANDE, GRANDE PASSO EM FRENTE PARA
A UNIÃO IBÉRICA: ÁLVARO SANTOS PEREIRA,
MINISTRO DE FOMENTO DEL GOBIERNO DE ESPAÑA!




(2011)
ANDREI ZHDANOV E O SUMO-PATÍFICE RATZINGER: A MESMA LUTA CONTRA UMA MÚSICA MÁ E FALSA, POR UMA MÚSICA HUMANA, NORMAL E SANTA!



A 12 de Fevereiro de 2001, o supremo responsável pelo Tribunal da Santa Inquisição 3.0, expunha a doutrina da Vaticano S.A. para a música moderna:

"O cardeal Joseph Ratzinger, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, atacou severamente a música rock e pop e manifestou reservas em relação ópera, num ensaio consagrado à liturgia divulgado hoje em Itália. O prelado, encarregado oficialmente de guardar a pureza da doutrina, descreve o rock como 'expressão de paixões elementares que, nos grandes concertos musicais, assumiu carácter de culto, ou melhor de contra-culto que se opõe ao culto cristão'. Acusa o rock de querer falsamente 'libertar o homem por um fenómeno de massa, perturbando os espíritos pelo ritmo, o barulho e os efeitos luminosos'.

Quanto à música pop,
'ela já não é mais apoiada pelo povo'. 'Trata-se na minha opinião, de um fenómeno de massa, de uma música produzida com métodos e a uma escala industrial e que se pode qualificar desde já de culto da banalidade', afirma. O prelado acusa ainda a música de ópera de ter 'corroído o sagrado' no século passado e cita a esse propósito o papa Pio X que, no início do século, 'tentou afastar a música de ópera da liturgia'". (aqui)


Atentai, pois, agora, como, meio século antes, em 1946, o grande esteta e crítico de música, Andrei Zhdanov, já antecipava tais sábios comentários e observações!


Andrei Zhdanov's speech to the Soviet music functionaries - Lev Nikolayevich Shipovsky (1952)

"[O formalismo] substitui uma música natural e formosamente humana por uma música falsa, vulgar e com frequência, simplesmente patológica. (...) A música clássica em geral e a soviética em particular, são estranhas ao formalismo e ao naturalismo cru. Caracterizam-se pelo seu conteúdo de ideias elevadas, baseadas no reconhecimento da arte musical dos povos como fonte de música clássica, e pelo profundo respeito e amor aos povos, à sua música e às suas canções. Que enorme passo para trás dão os nossos formalistas da música no caminho do desenvolvimento musical, quando, minando o baluarte da música verdadeira, compõem música má e falsa, repleta de emoções idealistas estranhas às grandes massas do povo e capaz de satisfazer não aos milhões de habitantes da União Soviética, mas a uns poucos, a uma vintena ou pouco mais de eleitos: a 'elite'.

Muitos músicos jovens são desorientados pelo fantasma da inovação. Diz-se-lhes que a menos que sejam originais, novos, serão, escravos das tradições conservadoras. Mas, já que novidade não é sinónimo de progresso, proclamar tais ideais equivale a semear uma confusão abismal, para não dizermos, lisa e plenamente, enganar. (...) Não é certo, não é justo que o som dos pratos e tambores deveria constituir a excepção e não a regra na composição musical? Não está claro que nem todos os sons naturais devem ser incorporados às composições musicais? E, sem embargo, quanta indulgência inescusável há entre nós para com o naturalismo vulgar, significando, sem nenhuma dúvida, retrocesso!

Devemos afirmar francamente que umas quantas obras de compositores modernos se acham de tal maneira saturadas de sons naturais que fazem pensar numa perfuradora, se me desculpais a comparação anti-estética, ou num carroção de crimes musicais. Deveis compreender que é simplesmente impossível escutá-las!

Com tal música começamos a trespassar os limites do racional, a passar para lá do limite não só das emoções humanas, como também da razão humana normal. É certo que há teorias em voga actualmente que afirmam que o estado patológico do homem é algo assim como um estado superior, e que os esquizofrénicos e paranóicos podem alcançar em suas alucinações níveis espirituais tão elevados que não podem ser atingidos jamais pelo homem comum em estado normal. Estas 'teorias' não são acidentais, sem dúvida; são muito características de época de decadência e de decomposição da cultura burguesa. Mas deixemos todos esses 'refinamentos' para os loucos. Exijamos que nossos compositores nos dêem música humana normal".
(aqui)

+ outros contributos do Sumo Patífice para os domínios da crítica e da estética.

(2011)

18 August 2011

MONSTER WAITS


(daqui através daqui)

"Tom Waits sometimes sounds eerily like Cookie Monster. Not that I mind! I happen to love Waits and his carnival barker's growl! Here's Cookie Monster's rendition of Waits' 'God's Away On Business'".

(2011)
CIDADES (XXIX)

Lisbon, North Dakota, EUA













(2011)