Showing posts with label Astrud Gilberto. Show all posts
Showing posts with label Astrud Gilberto. Show all posts

29 August 2022

 
(sequência daqui) Final do primeiro acto. No segundo, abandonaria a banda, criaria uma empresa de jardinagem, matricular-se-ia no curso de arqueologia do University College de Londres e, quase confidencialmente, ocupar-se-ia com a escrita de canções. Estão todas em Giant Palm que o produtor e arranjador Joel Burton a convenceria a gravar com uma trupe de mais de 30 músicos. Preparem-se, então, para se cruzarem com Astrud Gilberto de braço dado com Sandy Denny, reparem na proximidade de Jim O’Rourke com Bert Jansch, o jazz e o psicadelismo tropicalista e, de um modo geral, refresquem-se neste maravilhoso e impuríssimo chuveiro.

26 July 2008

BOSSA-NOVA (III)



Getz/Gilberto (1963)
Stan Getz, João Gilberto, Tom Jobim & Astrud Gilberto

Não terá sido um dos álbuns fundadores da bossa-nova mas foi, de certeza, aquele que, fechando o círculo que, do jazz tinha ido dar à música brasileira, regressou ao jazz, juntando o seu criador e a voz quase intangível da sua mulher, Astrud, num dos mais perfeitos álbuns de sempre. Quase todo o “british lounge/jazz revival” de 80 veio a ele beber. No estúdio, porém, o diálogo terá sido assim: “João (em português): ‘Tom, diga a esse gringo que ele é um burro’; Tom (em inglês): ‘Stan, o João está a dizer que o sonho dele sempre foi gravar com você’; Stan, ‘Curioso, pelo tom de voz, não parece ser isso o que ele está a dizer… Aqui nasceu, verdadeiramente, a “Garota de Ipanema”.






Chega de Saudade (1959)
João Gilberto

Para a História, a bossa-nova nasceu em Agosto de 1958, com o single nº 14.360 da Odeon, do cantor João Gilberto e as músicas “Chega de Saudade” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) e “Bim Bom” (do próprio cantor). Mas só com o álbum do ano seguinte a modernidade chegaria, de facto, à música brasileira. Na contracapa, Jobim anunciava: "João Gilberto, em pouquíssimo tempo, influenciou toda uma geração de arranjadores, guitarristas, músicos e cantores".






António Carlos Jobim (1963)
Tom Jobim

Sob convite da Verve, Tom Jobim regista um álbum inteiramente instrumental onde alinha “Chega de Saudade”, “Insensatez”, “Desafinado e “Garota de Ipanema”, entre outros. O que começara a germinar em Canção do Amor Demais (álbum de Elizeth Cardoso, de 1958), de colaboração com Gilberto e Vinícius, floresce, agora, em puríssimo “cool”. A “Downbeat” atribuiu-lhe a classificação máxima.






Nara (1964)
Nara Leão

Jovem, moderna, Nara, no mesmo instante em que mergulhava na bossa (cantava Carlos Lyra, Vinícius de Moraes e Baden Powell) anunciava a posterior reavaliação do samba, retomando o reportório de músicos "do morro" como Cartola, Zé Kéti e Nelson Cavaquinho. Com Astrud Gilberto, uma das outras vozes “minimais” que contribuiriam para uma certa definição da personalidade da bossa.






O Compositor e o Cantor (1965)
Marcos Valle

Guitarrista, pianista, compositor, surfista, carioca e fã de jazz, colega de liceu de Edu Lobo e Dorival Caymmi, Marcos Valle – que, muito pouco tempo depois, abandonaria o barco da bossa em direcção às mais longínquas paragens sonoras – neste seu segundo álbum, gravava, de um jacto, diversos futuros clássicos: "Samba de Verão", "Preciso Aprender a Ser Só", "Seu Encanto", "A Resposta", "Gente".






Depois do Carnaval (1963)
Carlos Lyra

Embora não tão sofisticado quanto Jobim ou Gilberto, Lyra inovou na bossa-nova ao propôr letras de temática social e, neste terceiro álbum – onde, pela primeira vez, Nara Leão entrou num estúdio – reunia uma impressionante lista de temas ("Marcha da Quarta-Feira de Cinzas", "Canção que Morre no Ar", "Influência do Jazz" e "Se é Tarde me Perdoa") que as enciclopédias da bossa registariam.






Francis Albert Sinatra & António Carlos Jobim (1967)
Frank Sinatra & Tom Jobim

Se o álbum de Stan Getz com Gilberto, Jobim e Astrud assinalou a definitiva internacionalização da bossa, esta obra-prima absoluta de Sinatra com Jobim (em interpretações bilingues de sete temas de Tom) e orquestrações mais que perfeitas de Claus Ogerman é, indiscutivelmente, a sua coroação máxima. Para além de géneros e categorias, um dos amovíveis nas listas do século XX.



(2008)

08 July 2008

BOSSA-NOVA (I)


Astrud Gilberto, João Gilberto,
Tom Jobim, Stan Getz - "Girl From Ipanema"



Hipótese alternativa (de matthiasheuermann, no YouTube):



e respectivo programa:

"Ok folks here is the idea:
There is this "Steven Jay list of 1001 movies you must see before you die" though I don't totally agree with the choices (no Ed Wood, no Barbarella, no Duel), it brought some forgotten gems to my attention so that I'm currently working my way through the list (I'm nearly halfway there). Along the way I had unwittingly done a few videos using footage from various films on said list and I thought it would be a really good thing to eventually have 1001 videos that will cover all of Steven Jay's picks individually. For that, of course, I need your help. So what I want you to do is: get the list, choose your favourites and create a video that is based on only one movie at a time. It doesn't has to be the rather easy music clip thing that I do. Whatever takes your fancy really. Then join http://www.youtube.com/group/1001movies and submit your video. But please be creative and don't just add the official trailer.

If you don't have a copy of Getz/Gilberto in your record collection you don't know anything about anything. And God Created Woman might not be an important film by many standards but as it was Brigitte's break through it is kinda essential. And damn, was she cute back then. Pity she lost the plot when she grew older.

http://www.imdb.com/title/tt0049189/"


(2008)