sobre Hitchcock (episódio 4):
30 November 2013
É um milagre, é um milagre, só pode ser um milagre! Paulo Teixeira Pinto * e Francisco Louçã, nas páginas do "Expresso", de acordo sobre as virtudes revolucionárias do CEO da Vaticano S.A.!!!
* peregrino de Fátima, apoiante de Passos Coelho, presidente da Causa Real, ex-militante "nacionalista" (ler "facho"), ex-Opus Dei, ex-CEO do BCP (de onde saiu com uma indemnização de 10 milhões de euros e com o compromisso de receber até final de vida uma pensão anual equivalente a 500 mil euros) e também apreciador do tal poema de "Brest"
Edit (17:42) JPP tu tem-me juízo...
29 November 2013
Les portugais sont toujours gais (L)
Parece que a pátria se amofinou tanto com a metáfora que não é metáfora (pudera!... são só desconsiderações aos mais altos valores lusos...) que nem reparou na concretização idiomática da União Ibérica via-"Tierra" de Miranda (iberistas, rejubilemos!)
Um refrão que não sai da cabeça (XXX): "Pour punir la trahison, la haute rapine, voilà pour qui l'on a fait ce dont on connaît l'effet, c'est la guillotine!"
("CM")
28 November 2013
Se disserem que eu sou "de esquerda", nego tudo: depois do pai fundador, o Luís Fazenda (na SIC-N) garante que o CEO da Vaticano S.A. é anticapitalista
... olha outro...
O PASSADO, ONTEM À NOITE
Nada de novo: o p.o.v.o. – da tasca à academia, em todos os continentes –, quer tenha “estado lá” ou tenha só ouvido falar, adora reviver o passado. Garantia, pois, de que a indústria da nostalgia (tal como, talvez apenas, a indústria funerária) possui um inesgotável e risonho futuro. Tão mais brilhante quanto a ruminação a que se entrega, nas múltiplas variantes “pós”, “neo” ou “retro”, se enriqueça de pormenores. Importante é recriar “a época” – invariavelmente designada por “os anos de oiro de...” –, os instrumentos, tiques, maneirismos, ornamentações, adereços, guarda-roupa, futurismos, primitivismos, falhas técnicas, todo um ersatz de “autenticidade” ressuscitada para ouvidos, olhos, salas e contextos nunca exactamente iguais aos dos respectivos pontos de partida. Da respeitabilíssima "early music" dos Munrow, Leonhardt, Savall, Clemencic, Harnoncourt e posterior descendência, às assumidamente miméticas "tribute bands" (incluindo delirantes casos híbridos como o dos Beatallica: canções dos Beatles interpretadas do modo que os Metallica o poderiam fazer), às diversas estirpes retromaníacas do "dad rock" e/ou "record collection rock" e a todos os Tame Impala deste mundo, com maior, menor ou nenhum distanciamento irónico (a reactivação do género “musical”, no cinema, nos exemplos mais valiosos – Dancer In The Dark, Moulin Rouge, Everybody Says I Love You, 8 Femmes, On Connait La Chanson –, nunca se esquivou a exibir, bem visível na lapela, a inocência irremediavelmente perdida e a explicita referência aos ilustres antepassados), a tecla do "rewind" não poderia estar mais gasta.
Mas, por muito que se tenha consciência disso, dificilmente poderíamos estar preparados para, por entre "zappings" e informação avulsa, tomarmos, de súbito, conhecimento da existência da personagem Liliane Marise: qual Rosa Púrpura do Cairo, de Woody Allen (uff!... finalmente em Lisboa), salta da ficção televisiva xunga para a “realidade” e, em vertiginosa aceleração hiper-pós-modernissima, de um só golpe e com prazo de validade anunciado, recria o pelintra e pindericamente glorioso "glamour" pimba (oximoro absoluto, escusam de apontar). É verdade que tal zona demarcada, após os precursores Marco Paulo, Quim Barreiros, Dino Meira e José Malhoa e anos de existência "underground" em feiras e arraiais, a seguir à trepidante emergência em "prime-time", a meio dos anos 90 – que nos ofereceu a constelação das Ágatas, Mónicas Sintra, Ruths Marlene, Micaelas, Romanas e outros Iran Costa, ou o propriamente pimba-Emanuel – nunca verdadeiramente se extinguiu. Ofereceu ao universo o seu Sinatra-de-piquenicão, generosamente reconhecido e recompensado pela pátria (procure-se por “Tony Carreira” em http://www.base.gov.pt/ e confirme-se), mas o escol acima enumerado bem como "starlets menores" (já teremos esquecido a pós-feminista Claudisabel de "Preciso de um Herói"?) tiveram de se resignar ao purgatório dos programas de manhã e tarde da televisão, preciosa estação “de serviço público” incluída. Por um breve instante no tempo, Liliane Marise (disco de ouro, 14 semanas no top da AFP) veio alterar isso tudo. O passado remoto é, cada vez mais, ontem à noite.
27 November 2013
Pardon my french, mas não há cu para putas velhas (recordemos antes o seu melhor momento - glória eterna a Massimo Tartaglia!)
26 November 2013
Macário, pá, se não te safares por aqui, já que não te lembraste disto e deixaste que te passassem a perna, chega-te já à frente em modo "sniper" com uma proposta mais ou menos assim (tens que fazer pela vida, méne!)
25 November 2013
Comovente homenagem ao "compagnon de route" (mas só "compagnon", nada de confusões!) da Opus Dei do santíssimo Escrivá, e pai biológico ausente do PRD, barriga de aluguer do facho PNR
24 November 2013
Santo Chiquinho, CEO da Vaticano S.A., exige cordão de segurança anticanídeos para poder realizar um dos números de ilusionismo mais apreciados pelos clientes da empresa (já Eça de Queiroz o referia na "Relíquia"), como ensaio geral para a reposição do maior êxito de sempre, "os dezoito prepúcios"
O amigão de João Soares, Fernando Seara, Zita Seabra e do funcionário da Vaticano S.A., Vítor Melícias (como é bom e belo o arco da governação!...), explica, em directo, que "não sou virgem nestas coisas, não é?"
23 November 2013
On the Passage of a Few Persons Through a Rather Brief Moment In Time - Real. Guy Debord (1959)
(+ aqui)
(no "Expresso" de hoje): "Os manifestantes [das polícias] preferiram gritar: 'Já cheira a merda'. O Parlamento estava apenas a 200 metros" (dos agentes da autoridade para a "autoridade" - a "autoridade" sem os seus agentes dispõe ainda da possibilidade de agir? - II)
Lá conseguiram arranjar um tachito para o Macário Correia a cadastrar "lambedores de cinzeiros" (cada um é para o que nasce)
22 November 2013
Voltando aqui, ao "Item 11 de resposta extensa orientada" e intensamente ideológica, qual seria a resposta certa? A que, pegando, por exemplo, no caso da mutilação genital feminina praticada por algumas comunidades de emigrantes africanos (mas, se nos concentrássemos no que respeita à "cultura cigana", as interrogações multiplicar-se-iam), lhe encontra atenuantes e justificações decorrentes do "direito à diferença" ou a que defende que todos os habitantes de um país deverão estar submetidos por igual às mesmas leis?
Puxando para a superfície esta... coisa e a resposta a uma pergunta feita nesta caixa de comentários:
"Presumo que houve alguém que ensandeceu. Não entendo qual possa ser o objectivo de tal coisa. Apenas na última pergunta - e com uma enorme dose de generosidade - consigo enxergar qualquer sentido... vago. Mas o que terá isto a ver com uma avaliação da qualidade profissional dos profs... beats me".
21 November 2013
Uff!... já cheguei a casa e não houve visitas indesejadas
"20h39 "Passos escuta, és um filho da puta" (dos agentes da autoridade para a "autoridade" - a "autoridade" sem os seus agentes dispõe ainda da possibilidade de agir? - I)
PRÉMIO CHRISTOPHER HITCHENS POP 2013
Cab Calloway - "It Ain't Necessarily So"
Não é sequer necessário ir desenterrar exemplos ao sector mais radicalmente blasfemo da metalomecânica pesada do rock para nos apercebermos de como aqueles que alertam para que a música popular é uma insidiosa arma do demo têm (do seu ponto de vista, claro) uma certa dose de razão. Podemos começar lá atrás, em 1935, com "It Ain't Necessarily So" em que os alegadamente ateus George e Ira Gershwin, na ópera Porgy And Bess, induziam as almas a duvidar do Good Book (“They tell all you children the devil's a villain, but it ain't necessarily so! The things you’re liable to read in a Bible ain’t necessarily so”). Pulando para 1972, em "God’s Song", Randy Newman dava a palavra ao Poder Supremo e obrigava-o a confessar “I burn down your cities, how blind you must be, I take from you your children and you say how blessed are we, you must all be crazy to put your faith in me, that's why I love mankind, you really need me”.
Mas, mesmo considerando a decisiva contribuição dos Monty Python para a subversiva demolição do espírito do Natal (“Fuck Christmas, it's a fucking Disney show, fuck reindeer and all that fucking snow, fuck carols and fuck Rudolph and his stupid fucking nose”), até agora, por entre muitas outras, o grau 7 do “espectro de possibilidade teísta” de Richard Dawkins (“ateísmo integral: eu sei que Deus não existe, com a mesma convicção que Jung sabe que ele existe") estava, desde 1986, inexpugnavelmente ocupado por "Dear God", dos XTC: sob forma epistolar, Andy Partridge dispara perguntas incómodas (“Did you make mankind after we made you?”), põe em causa os direitos de autor da Bíblia (“Us crazy humans wrote it (...) Still believin' that junk is true, well, I know it ain't and so do you") e remata, violentamente, com “If there's one thing I don't believe in, it's you”).
A poucas semanas dos balanços de final de ano e seis meses depois da publicação, deve dizer-se que Modern Vampires Of The City, dos Vampire Weekend, sem fazer grande escândalo, ameaça tão duradouro lugar. A refrega com o sobrenatural dá os primeiros sinais em "Unbelievers" (“We know the fire awaits unbelievers, all of the sinners the same, girl you and I will die unbelievers bound to the tracks of the train”), em "Everlasting Arms" (citação do Deuteronómio 33:27), alude ao Dies Irae e ao Aleluia de Haendel, e comenta “I took your counsel and came to ruin, leave me to myself”, mas é em "Ya Hey" que, sob a mais pura e erudita ligeireza pop (batida marcial, serpentinas de piano, baixo elástico, coros "mock-gospel", inversão de "Hey Ya" dos Outkast, citação "spoken word" de Desmond Dekker e Stones, e registo vocal-Chipmunks, no refrão, para parodiar JeováYaveh/Ya Hey), o desinteresse do suposto criador pelas suas criaturas é frontalmente desafiado (“And I can't help but think, that you've seen the mistake but you let it go, through the fire and through the flames, you won't even say your name, only ‘I am that I am’, but who could ever live that way?”) e confrontado com o falhanço (“The faithless they don't love you, the zealous hearts don't love you and that's not gonna change”). Prémio Christopher Hitchens-Pop 2013.
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E, para além disso, falaram imenso acerca da Nadia e da Masha (e, indirectamente, da Tymoshenko), não foi?
Um refrão que não sai da cabeça (XXIX): "Pour punir la trahison, la haute rapine, voilà pour qui l'on a fait ce dont on connaît l'effet, c'est la guillotine!"
Mais uma vez, tal como aconteceu com o lançamento do PRD (antecâmara do parto "low cost" do PNR), o homem cujo "comportamento foi sempre marcado pela honra, dignidade, coragem e sentido de Estado", manda a Raínha da Laca por ele e fica, na sombra, a espreitar
(especial chamada de atenção para o naco "primário, instintivo, tão bélico como sexual – inerentemente masculino – completamente biológico, completamente individualista")
20 November 2013
Nunca esquecer: antes de pensar em votar PS nas próximas eleições, vir sempre aqui ler, reler e voltar a ler, para compreender como o Tózero-PM, em menos tempo do que leva a dizer "panhonha", acabará degolado pelas tropas de choque do "nouveau philosophe"
Bob Dylan's 1965 classic "Like a Rolling Stone", which Rolling Stone named the greatest song of all time, finally has an official video. Created by the digital agency Interlude, the video is interactive, allowing viewers to flip through 16 television channels as a variety of television personalities lip-sync the lyrics. "I'm using the medium of television to look back right at us", director Vania Heymann told Mashable. "You're flipping yourself to death with switching channels [in real life]". Adds Interlude CEO Yoni Bloch: "You'll always miss something because you can't watch everything at the same time" (daqui)
19 November 2013
Pouco tempo depois de uma força superior me ter conduzido a publicar este post, deparo com esta notícia:
Só podem ser SINAIS!
18 November 2013
Cásate y Sé Sumisa: já foi oferecido ao Santo Chiquinho e é indiscutível que, inspirando-se em textos fundamentais do Good Book, como a Epístola aos Efésios ("As mulheres submetam-se aos maridos como ao Senhor, porque o marido é a cabeça da mulher,
como Cristo é a cabeça da Igreja, seu Corpo, do qual é o Salvador. Ora, como a Igreja se submete a Cristo, assim também as mulheres se devem submeter em tudo aos maridos" - numa futura reedição, poderá ser ainda mais enriquecido), só poderá ser aprovado pela Vaticano S.A.
Idioma, sem dúvida, ao alcance de qualquer ronaldo comum (tradução: vales menos do que o gajo que substituíste, pensando que ias render mai$ do que ele... azarucho)
(daqui)
Ó GRANDESSÍSSIMO MESTRE, A SUA HONESTIDADE É JUSTÍSSIMA E TOCANTE MAS, FRANCAMENTE, NÃO ERA PRECISO LEVAR AS COISAS TÃO A PEITO...
"De fora não se vê a podridão que tenho dentro"
"Sou todos os dias muito justamente condenado à morte"
"Aliás, a morte não é só um justo castigo dos nossos males, mas também um alívio terapêutico dos mesmos males. Que seria viver para sempre em tanta maldade?"
"Se tirar a máscara de respeitabilidade e elegância, se esquecer as justificações retóricas e os enganos convenientes, se for ao fundo das minhas razões, vejo com clareza que um juiz justo e imparcial teria de me condenar. Exalto o pouco bem que vou fazendo, mas essa ilusão de óptica não impede a sentença inevitável"
"Eu, no medíocre quotidiano, continuo a mesma mesquinha criatura que sempre fui" (aqui)
17 November 2013
É assim mesmo, Grande Mestre!
Há que
desmascarar implacavelmente, de uma
vez por todas,
esses 64% de meliantes
que, todos os meses,
torram para baixo de 419€ em
champanhe, caviar e férias nas
Seychelles!
Não os poupe, Eminente
Sábio!!!
O totalitarismo do orgasmo não passará!
Nuno Crato, custava-te muito dizer, preto no branco:
1) As indigentes Escolas Superiores de Educação (ESEs), covil de "cientistas" da Educação e caldeirão das bruxas do eduquês, deram cabo da formação de professores, por isso vamos encerrá-las todas! (poupavas uns trocos jeitosos);
2) A formação de professores volta para onde nunca deveria ter saído, as universidades;
3) Todos os que foram licenciados por ESEs, Piagets e afins (apesar de não serem responsáveis pelo facto de instituições, públicas ou privadas, de ensino, após uma formação miserável, lhes terem metido na mão um certificado a atestar que eram professores) deverão fazer um exame de (re)acesso à carreira, seguido ou não de reactualização de conhecimentos;
4) Todos os professores em situação de mudança de escalão deverão fazê-lo também (no fundo, praticamente a repetição da "modesta proposta").
Custava?...
Começa mal: a escrever em acordês e a reunir a colecção de cromos completa dos lugares comuns para-um-mundo-mais-fofinho
Já a papoila não sei se terá a ver com isto
É preciso um gigantesco policiamento da linguagem para, em relação a este farsante, não citar ex-secretários de Estado nem provocar os danos familiares subsequentes
16 November 2013
Machete, larga tudo e corre a explicar ao soba que são só invenções, no máximo eram uns números de telemóvel de umas artistas brasileiras em tournée africana
Edit (14:31): confirmado
15 November 2013
"Flow, my tears" - John Dowland (Andreas Scholl)
Flow, my tears, fall from your springs!
Exiled for ever, let me mourn;
Where night's black bird her sad infamy sings,
There let me live forlorn.
Down vain lights, shine you no more!
No nights are dark enough for those
That in despair their last fortunes deplore.
Light doth but shame disclose.
Never may my woes be relieved,
Since pity is fled;
And tears and sighs and groans my weary days
Of all joys have deprived.
From the highest spire of contentment
My fortune is thrown;
And fear and grief and pain for my deserts
Are my hopes, since hope is gone.
Hark! you shadows that in darkness dwell,
Learn to contemn light
Happy, happy they that in hell
Feel not the world's despite.
14 November 2013
Claro: ou se reconhece que o que decreta o "good book" é tudo treta e se fecha as portas da mais velha multinacional ou se fica pelo paleio (mais fofinho ou mais trauliteiro, conforme o falante)
LADRÃO DE JÓIAS
Oscar Wilde não podia ter mais razão quando decretou que “só as pessoas superficiais não julgam pelas aparências”. Mas, apesar de sábia, tal regra de avaliação não deve ser aplicada de modo demasiado literal. Olhando, sem preparação prévia, para uma fotografia recente de Paddy MacAloon – algo como um candidato ao lugar de Pai Natal de centro comercial, todo de branco vestido e calçado – imaginamos, de imediato, que ele nos poderia assediar implacavelmente, de Bíblia na mão, oferecendo promessas de salvação e um convitezinho para comparecer, logo que possível, no templo da seita religiosa da sua preferência. Tranquilizemo-nos, porém: apesar das diversas referências ao Além que mobilavam o último Let’s Change The World With Music (2009) – mas não começava "God Watch OverYou" com as palavras “I’ve no time for religion, maybe doubt’s a modern disease”? –, é oficial (confirmou-o em entrevista recente ao “The Scotsman”): não, não teve nenhum encontro imediato com o Grande Fantasma Cósmico.
Já o mesmo não poderá dizer-se das aparentemente excelentes relações que
manteve com o Príncipe das Trevas que, no pacto faustiano relatado em "The Devil
Came A Calling", descreve como um tipo “charming, articulate, urbane, charisma all the
way (...) no brimstone fire or rain”, capaz de propor um óptimo negócio que lhe
proporcionaria “power, wealth, and a mansion on Fellatio Drive”. Acerca do qual não
está muito seguro de como terá reagido: “My memory is hazy, I thought that I
declined”. Mas, ainda que, quando interrogado como consegue, aos 56 anos, manter
intacto o timbre vocal de há duas décadas, responda que “gargarejar com sangue de
virgens ajuda bastante”, não é muito provável que o acordo tenha sido consumado: a
edição do novo Crimson/Red (sob o já só
"nom de plume", Prefab Sprout) resultou dos
mesmos sarilhos económico-contratuais que tinham estado na origem de Let’s
Change..., coisa pouco habitual em gente de “power and wealth”.
Isto é, pressionado a
publicar um álbum por quem lho teria financiado e porque o seu perfeccionismo
patológico o impedia de o fazer, não encontrou outra solução que não garimpar, mais
uma vez, os inesgotáveis arquivos e, inteiramente a solo (mas, de novo, acompanhado
pelo produtor Calum Malcolm), puxar o lustro a dez canções das quais a mais jovem
tem dois anos e a mais idosa, dezasseis. Nada de preocupante, afinal. Os fundos de baú
deste fulano que, candidamente, confessa ignorar como se envia um email ou uma SMS
e lida mal com computadores, contêm mais preciosidades do que aquilo que a maioria
se apressa para tirar do forno.
Escutem-se "The Songs Of Danny Galway" (genuflexão
perante o mestre Jim Webb – “
I met him in a Dublin bar, a sorcerer from Wichita”
),
"Mysterious" (idem face a Dylan – “You roar right out of Nowheresville, to find the
beating heart, cryptic, ellusive, smart, mysterious from the start”) ou "The Best Jewel
Thief in the World" (ibidem apontado a ele mesmo – “Down below, what do any of
those assholes know? Watch your legend grow, you’re the best jewel thief in the
world”), gloriosas coreografias de melodia e palavras, e ouse-se não fazer silêncio.
13 November 2013
QUAL O MAIS IDIOTA?
(o leitor decide - telefonar para
"O ex-presidente da República Mário Soares comparou os seus quatro anos de exílio em Paris aos dois anos que José Sócrates passou a estudar na capital francesa, considerando que Sócrates, como ele, é um homem diferente depois desta experiência. 'Penso que ele está a passar pelo mesmo porque depois de dois anos em Paris também é outro homem com uma cultura que não tinha antes'"
"[José Sócrates] considera que a homenagem a Mário Soares 'num momento em que a esquerda está no poder [em França]' é 'como uma homenagem a alguém que em determinado momento, nos anos setenta, deu o mote para uma esquerda europeia'" (aqui)
Sabes que até já houve quem sonhasse que a Europa (como diz o outro, "custasse o que custasse") pudesse vir a transformar-se numa grande Alemanha, não sabes?
A história do parto "low cost" do fascista PNR contada pelo comprador do PRD, filho político (envergonhadamente enjeitado) de um homem cujo "comportamento foi sempre marcado pela honra, dignidade, coragem e sentido de Estado"
12 November 2013
Diz que é apenas "compagnon de route" da sinistra Opus Dei * mas o arco da governação vai abençoá-lo antes que seja chamado para aborrecer os santinhos por toda a eternidade
* para além de ter sido o fundador-fantasma do patético PRD, barriga de aluguer dos fachos do PNR (história aqui)
11 November 2013
A coerência é uma coisa muito linda: votaram a favor antes, continuam a fazê-lo agora (convém é que, depois, ninguém diga que não conhecia a pinta dos camaradas do círculo eleitoral que elegeu o Tózero... mas uma homenagem condigna é que já tarda)
Camarão, amêijoa, mexilhão, ostra, gamba, santola e lavagante declarados espécies extintas em Portugal; restam as, praticamente alemãs (é o destino), condelipas
UM CHOQUE DE TITÃS!!! DOIS GRANDES MESTRES DO PENSAMENTO FILOSÓFICO PORTUGUÊS ENFRENTAM-SE E O UNIVERSO PARALISA!
10 November 2013
À passagem da Tournée 2013 da Fatinha pelas Filipinas se deve o assombroso milagre de ter havido apenas 10 000 mortos e não 20 000 ou mais
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