31 August 2012

NADA QUE NÃO SE SOUBESSE JÁ MAS, MESMO ASSIM...

"Last week, Republicans were warned not to isolate women voters. This week, they're being warned not to anger porn-watching voters. Especially because Republicans reportedly watch more porn than Democrats. Eight of the top ten porn-watching states voted Republican in the last presidential election, according to Harvard researcher Ben Edelman. That stat was quoted by Steven Hirsch, co-chaiman of one of the largest porn franchises, Vivid Entertainment, as he warned the GOP Thursday to back off". (aqui)
ÓPTIMO! AGORA É DEMITIR O SUPERGRASS ANTES QUE ASSINE A PAPELADA COM A FILHA DA KUKANOVA E COLOQUE A ÚLTIMA PEDRINHA NO CAMINHO, EXTINGUIR (SEM PRIVATIZAR NEM "CONCESSIONAR") UMA DAS FREQUÊNCIAS DA RTP E, COM A OUTRA, FAZER AUTÊNTICO SERVIÇO PÚBLICO
Henri, Le Chat Noir ganha o Golden Kitty Award do Internet Cat Video Film Festival



Vida e obra: I, II, III
DEPARTAMENTO "PEQUENOS ÓDIOS DE ESTIMAÇÃO" (XVIII)

The 20 Worst Hipster Bands: The Complete List

(todas, todas, não...)
A business practice perhaps best explained by Tony Soprano 
 
ZHDANOV ESTÁ VIVO E RESIDE EM PORTUGAL SOB O NOME DE HELENA MATOS (notar o comum refrão "decadência")

30 August 2012

O QUE É PARTICULARMENTE TERRÍVEL NAS OBJECÇÕES À PROPOSTA DOS CURSOS DE ENSINO PROFISSIONAL É O SEU EMPEDERNIDO REACCIONARISMO: DÊ-SE AS VOLTAS ARGUMENTATIVAS QUE SE DER, SEGUNDO ELAS, SER MÉDICO, ENGENHEIRO OU ADVOGADO É SEMPRE SUPERIOR E MELHOR ("UNS MANDAM, OUTROS TRABALHAM") DO QUE SER ELECTRICISTA, CARPINTEIRO OU CANALIZADOR, OU SEJA, "APENAS MÃO-DE-OBRA"... MESMO QUE "OS QUE (SUPOSTAMENTE) MANDAM", COM LICENCIATURAS, MESTRADOS E DOUTORAMENTOS, PATINEM ANOS NO DESEMPREGO E ACABEM A GANHAR 500 € A RECIBOS VERDES E "OS QUE TRABALHAM" COBREM 280 € POR MEIA HORA DE TRABALHO A DESENTUPIR UM CANO - VÁ LÁ, PELO MENOS HOUVE ALGUM PROGRESSO: PERTENCER À BURGUESIA JÁ NÃO É UM "ESTIGMA DE CLASSE" E O PROLETARIADO JÁ NÃO É "A CLASSE DE VANGUARDA" QUE NOS HÁ-DE, À FORÇA, LIBERTAR DA EXPLORAÇÃO

O PHOTOSHOP É UMA MARAVILHA




Ann Romney, primeira-dama de Kolob (antes e depois)
QUANDO O SUPERGRASS REGRESSAR NÃO VAI ACHAR GRAÇA NENHUMA A ESTAS IMPERTINENTES NOTÍCIAS QUE LHE PODEM ESTRAGAR O BOM AMBIENTE PARA O NEGÓCIO DA RTP COM A FILHA DA KUKANOVA (ALIÁS, PARECE QUE ELE SÓ JÁ FAZ PARTE DO GOVERNO PARA CONCLUIR ESSA MISSÃO: "Relvas deve abandonar o executivo uma vez concluído o dossier de alienação da rádio e televisão públicas")
"PÂNICO"? MAS SÃO VERY OLD NEWS...
PUSSY RIOT | O RESTO DA OBRA

"Kropotkin Vodka"


"Death To Prison, Freedom To Protest"


"Raze The Pavement"


"Putin Got Scared"

"These are not snotty mall punks spitting empty words about cookie-cutter rebellion. These are artists whose intent is to send very clear messages of dissent via an age-old medium, music, and who landed in court because of the clarity of these messages. As evidenced by the band's name, it's got little need for unnecessary symbolism; the finer points of musical arranging be damned. The art is in the act itself. (...) The music? What you can hear of it is poorly recorded; guitars sound like they're two blocks away with the drummer in a neighboring basement. It's a Jackson Pollock mess of chaos". (aqui)
VERA & ANA, PRONTAS A TESTEMUNHAR QUE NÃO HÁ DESEMPREGO, O QUE HÁ É MÁS LÍNGUAS
 
               (clicar para ampliar)
DEMAGOGOS E TRAFULHAS DE TODO O MUNDO: UNI-VOS! 
  
TODOS OS ANOS É A MESMA HISTÓRIA: COMO PODEM RECUSAR-SE PROPOSTAS DE EMPREGO TÃO ALICIANTES DA MAIS ANTIGA EMPRESA DO MUNDO?

(cortesia de mr. apostate)

29 August 2012

PODERÁ NÃO SER UMA SOLUÇÃO PERFEITA MAS É, DE CERTEZA, INCOMPARAVELMENTE MELHOR DO QUE A FRAUDE, ESSA, SIM, CRIMINOSAMENTE DISCRIMINATÓRIA,  DA TÃO HIPOCRITAMENTE CHAMADA "ESCOLA INCLUSIVA"

("DN")
SAÚDE-SE A EXCEPÇÃO (e recue-se alguns meses)
PUSSY RIOT: A META-OBRA DE ARTE


Numa extensa entrevista (“Myths And Depths”) realizada no início deste ano por Simon Reynolds e publicada a 11 de Maio, na “Los Angeles Review Of Books”, Greil Marcus, a certa altura, quando interrogado acerca da suposta “ironia pós-moderna” que alimentaria o ADN do punk novaiorquino, explodiu: Fuck postmodernism! Give me modernism”. E, no mesmo fôlego, prosseguiu a tirada: “O modernismo afirma que o mundo deve ser transformado e nos cabe fazer o desenho de como ele deverá ser. E aí temos Malevich, o cubismo, Magritte... o mundo é, realmente, assim e o que faremos agora? Isto era o que podíamos ouvir nos Sex Pistols e em tantos outros grupos, fossem eles os X-Ray Spex, a Lora Logic, os Gang Of Four ou as Raincoats. Ou os Clash, em ‘Complete Control’. Compreendi imediatamente: isto era algo completamente diferente. Era uma crítica da vida e as exigências desta música eram absolutas. Nunca coisa alguma a iria satisfazer. Aconteceu ser a música o meio. E era um meio melhor. A vanguarda do século XX tinha, finalmente, encontrado a sua verdadeira voz. Escrevi que o punk produziu melhor arte que todos os movimentos de vanguarda que o antecederam. E falava a sério. Não era uma declaração provocatória. Eram obras de arte singulares e chegavam-nos em torrente. Por um breve momento, qualquer um podia tropeçar numa afirmação de verdade e assumi-la. Não interessava quem eram nem de onde vinham”.



“Aconteceu ser a música o meio” é, justamente, o que deverá dizer-se acerca de Nadezhda Tolokonnikova, Yekaterina Samutsevich e Maria Alekhina (que, até há muito pouco, ninguém sabia quem eram nem de onde vinham), três dos muito variáveis membros da entidade informal a que, apenas por preguiça, se continua a chamar “a banda punk, Pussy Riot”. Condenadas por um tribunal de Moscovo, no final da semana passada, a uma pena de dois anos de prisão “por hooliganismo e incitação ao ódio religioso”, devido a, no altar da Catedral do Cristo Salvador, em 21 de Fevereiro, terem, entoado uma “oração punk” em que imploravam à Virgem que livrasse os russos de Vladimir Putin, apesar da importante movimentação internacional em torno da sua libertação – 121 deputados alemães exigiram-na em carta dirigida ao embaixador russo, Vladimir Grinin; Alistair Burt, ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, declarou que o veredicto “põe em causa o compromisso da Rússia quanto à protecção das liberdades e direitos fundamentais”; Merkel, a Casa Branca e a União Europeia também emitiram ruídos; e um coro de protestos de notabilidades da música, do cinema e de múltiplas organizações de defesa dos direitos humanos tem vindo a ampliar-se –, não tem sido fácil descobrir quem faça o pequeno esforço de tentar enxergar para lá do estereótipo das "três miúdas  irreverentes, que impensadamente e sem medir as consequências, brincaram com o fogo da proto-ditadura russa e saíram queimadas”.


Não tem sido fácil mas não é impossível. Pouco tempo após ter sido lido o interminável veredicto (duas horas e meia, ainda disponíveis no YouTube), Michael Idov, editor da “GQ Rússia”, no “Guardian” colocava o dedo na ferida: “As Pussy Riot demonstraram ser as únicas profissionais presentes: desde o nome, perfeitamente concebido para, simultaneamente, chocar e atrair os media ocidentais, à imagem instantaneamente reconhecível; da mensagem (jactos concisos de agitprop feminista com o q.b. de melodia para passarem por canções), ao método de distribuição através das redes sociais; da pose punk inicial em entrevistas, às declarações rigorosamente académicas no tribunal (...); estas mulheres e apenas elas, no meio desta confusão, sabem exactamente o que estão a fazer. Minutos após o veredicto, divulgaram um novo single, ‘Putin Lights Up The Fires’, em exclusivo, no ‘Guardian’. (...) De facto, tão grande destreza na relação com o público poderá mesmo abrir uma melindrosa discussão acerca de saber se a prisão não será parte integrante da meta-obra de arte que é a história das Pussy Riot”.
   

A 8 de Agosto, nas alegações finais perante o tribunal – num texto que David Remnick, editor da “New Yorker”, classificou como “um clássico instantâneo para uma antologia da dissidência” –, Nadezhda Tolokonnikova, adoptando a consagrada estratégia de converter o acusado em acusador, começara por afirmar: “Na essência, não são as três cantoras das Pussy Riot que estão aqui a ser julgadas. Se fosse esse o caso, o que está a acontecer seria completamente insignificante. É o aparelho de Estado da Federação Russa no seu todo que está a ser julgado e que, infelizmente para si mesmo, se deleita verdadeiramente em publicitar a sua crueldade para com os seres humanos, a indiferença perante a sua honra e dignidade, o pior do que aconteceu na História da Rússia até hoje. Lamento profundamente que este tribunal não seja muito diferente das troikas estalinistas. (...) As decisões que toma são determinadas por uma exigência política de repressão. De quem é a culpa pela nossa performance na Catedral do Cristo Salvador e por termos sido processadas a seguir? Do sistema político autoritário. 


O que as Pussy Riot fizeram foi arte e política de oposição que deriva de formas artísticas estabelecidas. Trata-se de uma forma de intervenção cívica em circunstâncias nas quais os direitos humanos básicos e as liberdades políticas foram suprimidas pelo Estado. (...) Realizámos os nossos concertos punk porque o Estado russo é rígido, fechado e dominado por castas cuja política está de tal modo ao serviço de interesses corporativos que só de respirar o ar da Rússia nos dá náuseas”. E, depois de citar Aleksander Vvedensky (e os outros futuristas russos dos anos 20 e 30 dizimados pelo estalinismo), Dostoyevsky, Sócrates e Montaigne, concluiu, evocando a própria ‘Punk Prayer’: “Por estranho que pareça, todas as nossas canções acabaram por se revelar proféticas, incluindo a que diz ‘O chefe do KGB, o santo número um, escoltará até à cadeia os indignados que protestam’. Era de nós que falávamos! Mas o que importa, agora, é a frase seguinte: ‘Abram as portas, corram com as insígnias militares e juntem-se a nós para saborear a liberdade’”.

A verdade é que as Pussy Riot não são aquilo que nos habituámos a designar como “uma banda”: integrando cerca de 10 performers e 15 elementos responsáveis pela logística técnica (incluindo filmagem, montagem e distribuição de vídeos via-Internet), são elas próprias uma espécie de “braço armado punk” do colectivo radical de "street-artists", Voïna (“Guerra”), a quem, em Agosto do ano passado, o "graffiter" britânico, Banksy, dedicou um episódio do programa “The Antics Road Show”, no Channel 4: “A Rússia. Terra de arquitectura grandiosa, excelente literatura e corrupção policial endémica”, narrava a voz-off enquanto as imagens mostravam as “performances artísticas extremas” dos últimos cinco anos destinadas a provar que “a polícia não é imbatível” e que incluíram a pichagem nocturna de um falo gigante numa ponte levadiça de São Petersburgo que, quando erguida, apontava para o edifício-sede do FSB (ex-KGB) ou a "Fuck for the heir Puppy Bear!", “fuck action” pública de grupo, levada a cabo, em Fevereiro de 2008, no Museu de Biologia de Moscovo – na sala “Metabolismo e energia dos organismos” – em protesto contra a passagem de testemunho de Putin a Medvedev (“medvedev”, em russo, significa “urso”), nas muito contestadas eleições desse ano.


Por isso, se existe alguma verdade no que, a 3 de Agosto, em “Making Punk A Threat Again”, Spencer Ackerman escrevia no “Foreign Policy” – “As Pussy Riot são - e tomando de empréstimo, por um segundo, o lema dos Clash - a única banda que realmente interessa” – vendo nelas o derradeiro elo de vencedoras, pelo martírio, numa longa linhagem de heróis punk parcos de vitórias reais, será mais exacto encará-las como brigada de teatro de guerrilha urbana mais afim das tácticas Situacionistas do que do, ainda assim, convencional, modus operandi punk: não existem discos físicos das Pussy Riot que possam ser comprados ou descarregados da net. O que há são momentos – sobre um andaime erguido nos corredores do metro de Moscovo, na rua, em equilíbrio sobre o tejadilho de um autocarro, na Praça Vermelha –, primária e entusiasticamente coreografados, gritados num idioma incompreensível para todos os não-russos por um número variável de personagens femininas coloridas de rosto oculto, registados e lançados para o mundo-www, sem necessidade de intermediária "indie" ou "major". E capazes de, apesar de todos os obstáculos, fazer passar, instantaneamente, o recado. Ou de, no dia do julgamento, oferecer aos surpreendidos moscovitas a descoberta das estátuas da capital russa com as cabeças cobertas pelos icónicos passa-montanhas multicores. Porque se, afinal, o punk pode ser, de novo, ameaçador, é por aqui que deverá ser procurado e não – como, seguramente, Greil Marcus seria o primeiro a reconhecer – no "box-set deluxe" remasterizado (3CD + 1 DVD) de Never Mind The Bollocks, Here’s The Sex Pistols, prontinho para sair daqui a um mês.
DON'T WORRY, IT ONLY SEEMS 
KINKY THE FIRST TIME 



28 August 2012

Robin Hood, Robin Hood, riding through the glen, Robin Hood, Robin Hood, with his band of men, feared by the bad, loved by the good, Robin Hood, Robin Hood, Robin Hood
VINTAGE (C)

Stereolab - "Ping Pong"

It's alright, 'cause the historical pattern has shown  
How the economical cycle tends to revolve  
In a round of decades three stages stand out in a loop 
A slump and war then peel back to square one and back for more
 
Bigger slump and bigger wars and a smaller recovery  

Huger slump and greater wars and a shallower recovery
 
You see the recovery always comes 'round again  

There's nothing to worry for things will look after themselves  
It's alright, recovery always comes 'round again 
There's nothing to worry if things can only get better
 
There's only millions that lose their jobs  

And homes and sometimes accents  
There's only millions that die in their bloody wars, it's alright
It's only their lives and the lives of their next of kin that they are losing  

Don't worry be happy things will get better naturally  

Don't worry, shut up, sit down, go with it and be happy
É INDISCUTÍVEL QUE O DESEMPREGO ESTÁ A DIMINUIR

POLÍMATO

(daqui)
VENDO BEM, ISTO É INTOLERAVELMENTE HERÉTICO E ANTI-CRISTÃO: FICAR GRÁVIDA DUAS SEMANAS ANTES DE ESTAR REALMENTE GRÁVIDA, NEM A MÃE DO FILHO DO PANTHERA, HÁ DOIS MIL ANOS! (daqui)

SIM, É MAIS OU MENOS ISTO

27 August 2012

UMAS FITAS QUE GRAVÁVAMOS LÁ EM CASA
 

















Silver Jews - Early Times 1990 - 01
   
Em 1992/93, uma dúvida dilacerava o universo "indie": seria aquela banda que, sob o nome Silver Jews, editara dois EP – Dime Map Of The Reef e The Arizona Record – realmente os Pavement sob disfarce? Bobby N, Hazel Figurine e D.C. Berman, seriam, afinal, os mesmos que haviam publicado Slanted And Enchanted? A resposta, como frequentemente sucede, era sim e não: a ascendência era comum (Ectoslavia, ovo primordial chocado na Universidade da Virgínia, que, albergando Stephen Malmus, Bob Nastanovich, James McNew e David Berman, estaria na origem dos Pavement, Silver Jews e Yo La Tengo), dois dos seus elementos (Malkmus e Nastanovich) também, fora até Berman quem cunhara o título Slanted And Enchanted, mas tratava-se de duas bandas diferentes. Como, em 2006, David Berman contou, foi na altura em que ele e Malkmus trabalhavam como vigilantes no Whitney Museum of Art, de Nova Iorque, que escreveram a maioria das canções durante as horas de trabalho. (...) Quando comecei a gravar o primeiro 12", nunca pensei que os Silver Jews fossem realmente uma banda: eu enviava para o mundo esta espécie de ideia de uma banda, uma cópia desbotada de um Xerox de uma banda. (...) Nunca iríamos tocar ao vivo, vendermo-nos comercialmente, fazer parte da economia de mercado, na verdade, nunca iria existir banda nenhuma, os discos pareceriam ser discos mas não seriam mais do que umas fitas que gravávamos lá em casa”. Não poderia ter mais razão: reunindo ambos os EP, Early Times é puríssima "lo-fi" paleolítica, uma relíquia tosca em que apenas o mais ortodoxo dos fãs poderá descortinar os futuros Jews. Mas se, na Idade Média, chegaram a existir 18 prepúcios de Cristo devotamente adorados, a estes outros judeus também não hão-de escassear os fiéis.
VAI SEMPRE DAR TUDO AO MESMO

"Talvez o mais preocupante sinal dos condicionamentos à liberdade de informação em Portugal se revele no estranhíssimo silêncio sobre o que se passa em Angola. Em Angola estão a decorrer eleições, todo o mínimo protesto é reprimido por uma combinação de polícias e milícias do MPLA, as condições do acto eleitoral são contestadas pelo principal partido da oposição, a UNITA, que ameaça não ir às urnas nestas circunstâncias. Dentro e fora de Luanda, tem havido e estão anunciadas grandes manifestações da UNITA, ameaçadas sempre de contramanifestações do MPLA. Na verdade, nem isto se sabe pela comunicação social portuguesa, sabe-se pela circulação de fotografias, informações dispersas e algumas declarações corajosas de angolanos que são silenciadas em Portugal.


Em Angola está tudo bem, os negócios vão de vento em popa, o dinheiro vindo da corrupção e do nepotismo flui para os bancos portugueses em malas, importantes posições na banca, em empresas estratégicas e na comunicação social são compradas por membros da elite do poder angolana. Presume-se que ainda mais compras vão ser feitas, em particular na comunicação social, dados os apertos financeiros dos grupos portugueses e as boas relações de governantes locais com os corruptos de lá, ambos partilhando a ideia de que o dinheiro nunca teve cor e isso das ditaduras corruptas em África é 'normal' para criar 'países'. Usei a palavra corrupção várias vezes nas frases anteriores, devia usar mil, porque ainda gostava que alguém me explicasse de onde vem o dinheiro de gente que, fora das relações de poder no MPLA e com o Presidente e a família, nunca teve qualquer actividade que explique os milhões que tem, seja sequer uma lanchonete numa rua de Luanda. 

Escrevo isto, com a sensação muito forte, de que, a continuar assim, em breve isto não vai poder ser escrito na comunicação social portuguesa". (aqui)
SERVIÇO PÚBLICO É ISTO

DIZ QUE É UMA ESPÉCIE DE BPN


RTP... e, agora, o ridículo
VINTAGE (XCIX)

Redskins - "Bring It Down"

"... Vou buscar a vassoura e a pá, a casa é sua! e um banco corrido para estes senhores, como é que se chamam? Ah! Assessores..."

("DN")

26 August 2012

Eis aqui um óptimo pretexto para matar dois coelhos de uma só cajadada: o ministro dos Negócios Estrangeiros dá um pulinho até à campanha de Mitt "Mistakenly" Romney para apoiar este grande amigo de Portugal e, ao mesmo tempo, Paul Doors (alter-ego do MNE para a 7ª arte) propõe-lhe que financie a realização do épico-sci-fi, "Fatinha And The Body Snatchers From Kolob" - a história de uma violação legítima

"ESAPNHA", AQUELE PAÍS IRMÃO DE LESTE, AQUI AO LADO

UMA RICA PRENDINHA PARA A FILHA DA KUKANOVA

("DN")
JULGAMENTO PUSSY RIOT | ALEGAÇÕES FINAIS DE MARIA ALYOKHINA



"This trial is highly typical and speaks volumes. The current government will have occasion to feel shame and embarrassment because of it for a long time to come. At each stage it has embodied a travesty of justice. As it turned out, our performance, at first a small and somewhat absurd act, snowballed into an enormous catastrophe. This would obviously not happen in a healthy society. Russia, as a state, has long resembled an organism sick to the core. And the sickness explodes out into the open when you rub up against its inflamed abscesses. At first and for a long time this sickness gets hushed up in public, but eventually it always finds resolution through dialogue. And look—this is the kind of dialogue that our government is capable of. This trial is not only a malignant and grotesque mask, it is the 'face' of the government’s dialogue with the people of our country. (...)


What really irritates me is how the prosecution uses the words 'so-called' in reference to contemporary art. I would like to point out that very similar methods were used during the trial of the poet [Joseph] Brodsky. His poems were defined as 'so-called' poems; the witnesses for the prosecution hadn’t actually read them—just as a number of the witnesses in our case didn’t see the performance itself and only watched the clip online. (...) But for me this trial is a 'so-called' trial. And I am not afraid of you. I am not afraid of falsehood and fictitiousness, of sloppily disguised deception, in the verdict of the so-called court. Because all you can deprive me of is 'so-called' freedom. This is the only kind that exists in Russia". (aqui)

Era bom que não esquecessem a Libreria Beta Imperial, de Sevilha




  Exemplos:

Abortion: Reproductive issue best decided by preachers from rural Georgia who believe babies are conceived by using public restrooms

College: American version of Maoist re-education camp, where liberal professors encourage impressionable youth to enjoy critical thinking, Jäger shots, and recreational intercourse

Jesus: Celebrated ancient deity who preached that "the poor should get a damned job already" and that all human suffering could be averted by simply lowering the capital gains tax

Science: Discredited field of study practiced by sissies at northern liberal arts schools that suck at football

Van Morrison - "Moondance"


Neko Case - "I Wish I Was The Moon"


Echo & The Bunnymen - "The Killing Moon"


David Bowie - "Moonage Daydream"


Audrey Hepburn - "Moon River"

25 August 2012



Neil Armstrong (1930 - 2012)

MITT ROMNEY MENTE! ANTES DE TER NASCIDO EM COMMERCE, NO MICHIGAN, ELE VIVEU NO PLANETA KOLOB COM O "PAI CELESTE": SE O OCULTA É PORQUE TEM ALGO A ESCONDER!!! 

LES PORTUGAIS SONT TOUJOURS GAIS (XXIX)
(e dominam com alguma dificuldade a língua portuguesa)


Deve, pois, concluir-se que o bom do Dinesh (nascido em Mumbai, Índia, de pais goeses), é pai da Danielle, uma catraia portuguesa, certo?

PORQUE ANDA POR AÍ UM ENORME E INDIGNADÍSSIMO DESASSOSSEGO EM TORNO DO TEMA "PICHAGENS E CHICHI DE CÃO" & OUTRAS "JAVARDICES", PARECE OPORTUNO REPESCAR ESTE POST E ILUSTRÁ-LO COM MAIS UNS QUANTOS ESPÉCIMES DE "EXCREMENTOS DO EGO INVASOR" (A ACRESCENTAR AOS OUTROS 137 POSTS ANTERIORES)

Amsterdão, Holanda, 2010 

24 August 2012

LES PORTUGAIS SONT TOUJOURS GAIS (XXVIII)

O que verdadeiramente importa é saber se se trata de uma "violação legítima", de uma "violação forçada" ou só de um compreensível momentinho de entusiasmo
DEIXA VER SE PERCEBI REALMENTE BEM: O "CONCESSIONÁRIO" EMBOLSA 140 MILHÕES DOS IMPOSTOS PAGOS ATRAVÉS DA FAMIGERADA "FACTURA DA ELECTRICIDADE", COMPROMETE-SE A FAZER O MESMO MISERÁVEL "SERVIÇO PÚBLICO" QUE A RTP-1 FAZ (ISTO É, POUCO DIFERENTE DA SIC E TVI) - DESDE QUE O(S) GOVERNO(S) DE TURNO CONTINUEM A PODER UTILIZAR A ESTAÇÃO COMO SEU MEGAFONE PRIVADO -, E, DEPOIS, LOGO SE VÊ QUAL DAS TRÊS TELEVISÕES ESTOIRA PRIMEIRO... A TRANSPARENTEMENTE ÓBVIA E MAIS BARATA É QUE NEM PENSAR!

23 August 2012

MOMENTO "CARAS"/VERÃO 2012

Kim Jong-Un e Ri Sol, saudando as glórias da pátria socialista

ESTÁ AQUI A DESGRAÇADA HISTÓRIA TODA CONTADA (E AINDA À ESPERA DE CONSEQUÊNCIAS)

                               Mongolia
FALTOU MAIS PARA A REDUÇÃO DE 100%
1º A MERITÍSSIMA JUÍZA NÃO SE DEU AO MAIS PEQUENO ESFORÇO DE TENTAR COMPREENDER ALGUMA COISA 

"Que são jovens e irreverentes compreendo. (...) Irreverentes e sem alma política é o que são as girls do grupo Pussy Riot ou melhor dizendo, ingénuas. Cantar contra o sistema dentro de um templo é arranjarem lenha para se queimarem. Pronunciar o nome de Putin dentro de um templo... é falta de bom senso mesmo eu diria mais, falta de respeito". 

Repare nas "jovens", "irreverentes", "ingénuas" e "sem alma política": I, II, III e IV.



2º A MERITÍSSIMA JUÍZA DE ALMA CRISTÃ/NEO-HIPPIE DEVIA, PELO MENOS, FAZER UMA IDEIAZINHA DO QUE SÃO OS TRIBUNAIS E AS PRISÕES RUSSAS 

"Quanto ao mais, a decisão fica a quem a deu e para tanto foi investido de competência. Deve haver recurso... não conheço a lei em questão mas o bom senso diz-me que dentro de um templo, seja ele ortodoxo, cristão, muçulmano, budista ou o que quer que mais nos possamos lembrar, se pede silêncio e canções de paz e já agora, palavras suaves. Amen".

Textos de apoio para os TPC da meritíssima: I, II, III e IV.
... E MAIS UM SEIXO NO CAMINHO DAS PEDRINHAS
AO CUIDADO DE PASSOS COELHO: TALVEZ ASSIM SE SAFE... (e o p.o.v.o. recupere a confiança no outrora amado líder)





22 August 2012

"Visiblement dévasté - mais pas du tout surpris - à la sortie du tribunal, le père d’Ekaterina Samoutsevitch, Stanislav, a indiqué aux journalistes avoir changé d’idée sur la performance de sa fille et de ses acolytes. S’il ne l’approuvait pas il y a encore quelques jours, il croit désormais qu’elle a permis de démontrer les méthodes autoritaires du régime russe. 



Dans une interview au journal d’opposition Novaïa Gazeta publiée vendredi, les Pussy Riot ont été claires : pas question de demander la grâce de Vladimir Poutine, selon elles chef d’orchestre de leur procès. 'C’est plutôt lui qui devrait demander pardon, à nous et à vous', a ajouté Nadejda Tolokonnikova". (aqui)
E, CONTUDO, (UM)A SOLUÇÃO EXISTE
DE VERÃO 


The Soaked Lamb - Evergreens
   
Segundo volume da trajectória dos lusos Soaked Lamb pela "old-time music", depois do inaugural Hats & Chairs (2010). Com pontos de paragem em Nelson Cavaquinho, Hank Williams, Merle Travis, Georgia White, Blind Reverend Gary Davis ou por tradicionais como "La Llorona" (e versões de três originais da banda), viaja-se do gospel ao jazz ou ao samba com números de alquimia incluídos como a transformação de um blues em tango.




Os Quais - Pop É o Contrário de Pop
  
Já por altura de Meio Disco, há três anos, Jacinto Lucas Pires e Tomás Cunha Ferreira – Os Quais – especulavam sobre essa aterradora ideia de pop ser o contrário de pop. Agora de corpo discográfico inteiro, prosseguem a intrigante (mas preguiçosamente amável) exploração desta estirpe mutante de minimalismo de espírito tropical, mão-de-obra europeia, bizarrias electrónicas e "outsourcing" do outro lado do grande charco.




Billy Bragg & Wilco - Mermaid Avenue/The Complete Sessions

Mermaid Avenue nasceu em 1998 quando, por convite de Nora Guthrie (filha de Woody Guthrie), Billy Bragg, com os Wilco, compôs música para uma série de textos inéditos de Woody. Em 2000, houve um segundo volume e, este ano, por ocasião da comemoração do que seria o 100º aniversário do primeiro (e maior) inspirador de Bob Dylan, é publicada esta edição de luxo que, aos dois volumes iniciais, acrescenta um terceiro e ainda um documentário sobre a concretização do projecto.




Fadomorse - Magála Invisível
 
Os Fadomorse são uma experiência de geometria vastamente variável pela qual, em treze anos, já passaram 45 músicos e 25 “técnicos criativos” que, do rock às colagens sonoras, ao jazz ou às músicas de raiz tradicional, criaram uma obra singular sem ascendência nem descendência demasiado óbvia, desta vez, liberalmente expandida e exibida em formato triplo, provavelmente o suporte mais adequado para a defesa convincente desta estética sonora do excesso.
EXPLICANDO, ENTÃO, MELHOR: É PRECISAMENTE PORQUE, DE UMA "VIOLAÇÃO LEGÍTIMA", PODE RESULTAR GRAVIDEZ QUE BONS CRISTÃOS DE TODAS AS PINTAS TÊM DE SER CONTRA O ABORTO E NÃO DEVEM PÔR EM CAUSA A FÁBULA DO FILHO DO PANTHERA

   (cortesia de mr. apostate)

21 August 2012

MITT ROMNEY DECLARA QUE UMA CANDIDATURA VERDADEIRAMENTE MODERNISTA-MORMON-SCI-FI NÃO PODE COMPADECER-SE COM DESVIOS MEDIEVALISTAS E QUE, PROVA SUFICIENTE DE QUE, ATRAVÉS DE UMA "VIOLAÇÃO LEGÍTIMA" É POSSÍVEL ENGRAVIDAR, TEMO-LA NÓS DESDE HÁ 2000 ANOS

       (cortesia de mr. apostate)