31 July 2021
30 July 2021
Olha, Rochele: 1) ouve, com atenção, a Simone Biles; 2) devias era ter vergonha de ter vergonha por perderes um combate de judo; 3) se "a nação" se sente decepcionada por alguém perder um combate de judo, não é "nação" que valha grande coisa; 4) pede desculpa a ti própria por teres pedido desculpa a "todos os portugueses"
29 July 2021
28 July 2021
27 July 2021
26 July 2021
23 July 2021
O futuro confirmaria tudo: o Dylan que, no início, se moldara em torno da lenda militante de Woody Guthrie, a partir de 2015, durante dois álbuns simples e um triplo, deslocaria a reverência para o universo de Frank Sinatra e diversos outros "crooners" coevos; nos cerca de 100 programas da XM Radio, “Theme Time Radio Hour”, estruturado em torno de temas como o riso, a Lua, a sorte, o dinheiro, o sangue, a guerra, com intervenções de ouvintes maioritariamente "fake", ministraria um curso avançado de história da música popular; nas canções (em particular, no último álbum, Rough And Rowdy Ways), na autobiografia e mesmo no discurso de aceitação do Prémio Nobel de Literatura, não cessaria de se divertir disseminando, quais ovos de Páscoa, citações e apropriações de textos clássicos e contemporâneos, à espera de caçar quem mordesse o isco. Julian Barnes, concorrente de Bob Dylan na lista de candidatos ao Nobel no ano (2017) em que este o ganhou, muito dylanianamente, afirmou: “Se algum biógrafo me quiser biografar eu terei o poder de deixar pistas falsas”. Ao longo da vida inteira, Bob Dylan não tem feito outra coisa senão lançar-nos iscos envenenados. Mas, acerca de um ponto não deveremos nunca mais enganar-nos: a 24 de Maio, comemorou-se o 80º aniversário de Robert Allen Zimmerman. No próximo 2 de Agosto, celebram-se os 59 anos de Bob Dylan, nesse dia de 1962 registado numa conservatória de Nova Iorque. Só faltava que, na inauguração do Bob Dylan Center, em Tulsa, Dylan comparecesse à porta apenas para segredar ao ouvido dos visitantes “I’m not there”.
20 July 2021
19 July 2021
18 July 2021
16 July 2021
14 July 2021
13 July 2021
Denver: [to Alias] What's your name, boy?
Alias: Alias.
Denver: Alias what?
Alias: Alias anything you please.
Denver: What do we call you?
Alias: Alias.
Beaver: Hell, let's call him Alias!
Alias: That's what I'd do.
Denver: Alias it is.
Garrett: Who are you?
Alias: That's a good question.
Alias: You could leave, you could live in Mexico.
Billy: Could you?
Alias : Yeah. I could live anywhere. I could leave anywhere too. (aqui)
12 July 2021
11 July 2021
09 July 2021
08 July 2021
07 July 2021
JOGOS DE ESPELHOS
Para o concerto que, na sexta-feira 12 de abril de 1963, apresentaria no Town Hall de Nova Iorque, Bob Dylan fez imprimir no programa um poema, “My Life In A Stolen Minute”. Aí, referindo-se à pequena cidade do Minnesota onde crescera, dizia: “Hibbing’s a good ol’ town, I ran away from it when I was 10, 12, 13, 15, 151/2, 17 an’ 18, I been caught an’ brought back all but once.” É o ponto de partida para uma longa enumeração de proezas e infortúnios — prisões por suspeita de homicídio e roubo à mão armada, viagens em comboios de mercadorias e à boleia, entre o Texas, o Mississípi, a Califórnia, o Oregon, o Novo México, o Wisconsin e a Luisiana, noites ao relento, tareias por motivo nenhum — que desemboca numa explicação do que o conduzira aquele palco: “I started doing what I’m doing, I can’t tell you the influences ’cause there’s too many to mention an’ I might leave one out, an’ that wouldn’t be fair, Woody Guthrie, sure, Big Joe Williams, yeah, it’s easy to remember those names, but what about the faces you can’t find again, what about the curbs an’ corners an’ cut-offs that drop out a sight an’ fall behind, what about the records you hear but one time, what about the coyote’s call an’ the bulldog’s bark (…) Open up yer eyes an’ ears an’ yer influenced an’ there’s nothing you can do about it.”