"Like A Rolling Stone" (Live at Newport 1965)
(sequência daqui) É um bom ponto de partida. Porque, embora a profusão de dados, testemunhos e ângulos de visão seja avassaladora, por exemplo, a propósito do famigerado escândalo do “Bob Dylan eléctrico” no Festival de Newport de 1965, 56 anos depois, continuamos sem saber o que verdadeiramente aconteceu: o público presente ficou horrorizado, surpreso ou maravilhado? Peter Yarrow (dos Peter, Paul & Mary) jura que ficaram todos em estado de choque, como se, de súbito, “Martin Luther King aparecesse num anúncio a uma marca de cigarros”; Pete Seeger recordava que fugira “para proteger os olhos e os ouvidos. Não conseguia suportar os gritos do público nem a música mais destrutiva deste lado do Inferno”, e mais tarde, acrescentaria que não o fez mas, se tivesse um machado à mão, teria cortado os cabos da amplificação (noutras versões, fê-lo mesmo). Paul Nelson, na “Sing Out!” afiançava que Dylan “dividiu o público”; e, segundo outros, Bringing It All Back Home (o 1º album parcialmente eléctrico) e "Like A Rolling Stone" tinham sido já publicados e muita gente terá ido a Newport precisamente para escutar o novo Bob Dylan: na verdade, o motivo de desagrado seria a miserável qualidade do som.
"Maggie's Farm" (Live at Newport 1965)
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