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18 May 2024
04 March 2009
"ANY MAN WOULD BE A FOOL WHO DIDN'T"
Anne Of The Indies - real. Jacques Tourneur, 1951
Anne: Wenches are mad! How can they move, clewed up like this?
Pierre: They don't. They wait for the man to make the moves. That's much better.
Anne: Men like this?
Pierre: Any man would be a fool who didn't.
Anne: Why?
Pierre: It's the nature of men.
Anne: You mean... a man sees a woman like this, and he wants to make love to her?
Pierre: Yes.
(outros familiares)
(2009)
Anne Of The Indies - real. Jacques Tourneur, 1951
"The story was intended to be based on the true life of pirate Anne Bonny. Queen Anne Of The Indies (among other proposed titles) was a short story published in the Saturday Evening Post c.1946, by Charleston's historical fiction author, Herbert Sass. Sass was asked by NY publishers & LA studios to write a movie treatment of the story. In 1948 he offered up a fictionalized version of the true story of Anne Bonny, including a 10-page "factual basis" for the story. Studios seemed responsive, but in the end Sass was left out of the loop until the movie came out in 1951. What ended up on the screen was very different from the original story. Without writer credit to Sass, it would be difficult to convince anyone it was the same story! Susan Hayward was originally slated for the lead role, but eventually was replaced by Jean Peters". (Wikipedia)
Anne: Wenches are mad! How can they move, clewed up like this?
Pierre: They don't. They wait for the man to make the moves. That's much better.
Anne: Men like this?
Pierre: Any man would be a fool who didn't.
Anne: Why?
Pierre: It's the nature of men.
Anne: You mean... a man sees a woman like this, and he wants to make love to her?
Pierre: Yes.
(outros familiares)
(2009)
10 March 2007
QUINZE HOMENS NO COFRE DO MORTO
Vários - Rogue's Gallery: Pirate Ballads, Sea Songs And Chanteys
A lenda de Libertatia (ou Libertalia) — uma colónia anarquista de piratas fundada, no final do século XVII, a norte de Madagáscar, sob inspiração dos capitães James Misson, Thomas Tew e do "padre devasso", ateu e comunista, Caraccioli — teve origem na célebre General History of the Robberies and Murders of the Most Notorious Pirates, publicada, em 1724, por um misterioso e nunca identificado capitão Charles Johnson e, durante bastante tempo atribuída, aparentemente sem razão, a Daniel Defoe, o autor de Robinson Crusoe.
Mito ou realidade, terá sido apenas uma de várias utopias de "mundo virado do avesso" a que a história da pirataria está associada — das "repúblicas" de Salé/Rabat às proezas das Fraternidades corsárias da Barbária ou das Caraíbas, do simbolismo satânico/herético da Jolly Roger (a bandeira negra da caveira sobre as duas tíbias) à ética "igualitária" e contraculturalmente hedonista ("a merry life and a short one") dos "proletários dos oceanos" — e que deixou marcas fundas na literatura e no cinema assim como no que resta de algum pensamento anarco-situacionista contemporâneo. Foi a partir da memória dessas "áreas libertadas" corsárias que Hakim Bey (aliás, Peter Lamborn Wilson, poeta, escritor e ensaísta norte-americano, proto-Sufi, neo-pagão, aventureiro dos mares psicotrópicos), no contexto do seu "anarquismo ontológico", criou o conceito das TAZ (Temporary Autonomous Zones) , enclaves autónomos de liberdade absoluta, arquipélagos virtuais, fora da lei da sociedade exterior.
Justamente o mesmo Hakim Bey, que no prefácio de The Devil's Anarchy, de Stephen Snelders (ed. Autonomedia, 2005) — relato das epopeias marítimas dos piratas holandeses Claes C. Compaen e Jan Erasmus Reyning —, acerca deles escreveu: "Rimbaud ou Gauguin teriam compreendido estes seus outros eus, talvez pouco eloquentes mas decididos na acção e no regabofe, poetas da experiência vivida mais do que da literatura ou da pintura: o sonho renascido dos bucaneiros, irmãos das costas e das ilhas, utopistas sem um 'ismo'... (...) Neste sentido, a pirataria tem menos a ver com a violência ou com a caça ao tesouro do que com o desejo sem limites e a liberdade anárquica, a 'liberté libre' de Rimbaud".
Tudo isto, entretanto, é francamente mais interessante do que o último elo cinematográfico que daí decorre, Piratas das Caraíbas - O Cofre do Homem Morto (de Gore Verbinsky), aborrecidíssimo pastelão-Disney e herdeiro muito menor de todos os Against All Flags, Captain Blood, Captain Kidd ou Treasure Island do passado. Mas ao qual, a partir de agora, por via indirecta, passamos a dever um óptimo álbum duplo — Rogue's Gallery: Pirate Ballads, Sea Songs And Chanteys —, fruto de conspiração entre Verbinsky e Johnny Depp (o "capitão Jack Sparrow" do filme) entregue nas mãos do produtor Hal Willner, de que resultou esta coleccção de quarenta e três "canções dos mares" reinterpretadas por uma verdadeira arca do tesouro da pop/rock/folk contemporânea.
Hal Willner
Willner era, sem dúvida, a escolha óbvia: desde Amarcord Nino Rota (1981) até Lost In The Stars/September Songs - The Music of Kurt Weill (1985/1995), Stay Awake: Interpretations of Vintage Disney Films (1988), Weird Nightmare: Meditations on Mingus (1992), Dead City Radio (1990, em torno dos textos de William Burroughs), The Lion For Real (1990, sobre Allen Ginsberg) ou Closed On Account Of Rabies (1997, com Edgar Poe como pretexto) que o seu modus operandi de distribuição de um tema nuclear por uma elite de notáveis deu frutos bem saborosos. A presente convocatória inclui consagrados em óptimo momento de forma (Nick Cave, Richard Thompson, o clã Carthy — Martin, Eliza e Norma Waterson —, Lucinda Williams, Van Dyke Parks, Lou Reed, Loudon Wainwright III, Bono e até os inesperadamente reanimados Sting e Bryan Ferry), luminárias "underground" e alternativas mais ou menos estimáveis (Gavin Friday, Akron Family, David Thomas, Robin Holcomb, Antony, Joseph Arthur, Jolie Holland, Bob Neuwirth, Stan Ridgway, Jarvis Cocker e a sobrenatural Mary Margaret O'Hara), acólitos de eleição (elementos da banda de Elvis Costello, Bill Frisell, Kate St. John, Warren Ellis, Kate McGarrigle, Jane Scarpantoni, Robyn Hitchcock) e assombrosas revelações como o vetusto Baby Gramps.
A pirata Anne Bonny
Mas, acima de tudo, magnífica música de embriaguês e ausência, de celebração e morte, de selvajaria e deboche, de que "The Good Ship Venus" é um significativo exemplo: "The captain's daughter Charlotte was born and bred a harlot, her thighs at night were lilly white, by morning they were scarlet". Folgava-se em grande estilo a bordo... (2006)
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