31 October 2012
O "ZÉ QUE FAZIA FALTA A LISBOA" TEM, AGORA, COMO MODELO O RUDOLPH GIULIANI (E QUASE UM MILHÃO PARA GASTAR) - FAZ TODO O SENTIDO: TIVERAM AMBOS TRAJECTÓRIAS SEMELHANTES (MAS, Ó ZÉ, LÊ LÁ ISTO SFF)
Um lindíssimo adorno das ruas de Lisboa em 2005
30 October 2012
POR QUE RAIO, NESTAS MERDAS (PARDON MY FRENCH), À "DIREITA" OU À "ESQUERDA", É OBRIGATÓRIO E INEVITÁVEL SER SEMPRE, SEMPRE (ALERTA! PALAVRÃO AINDA MUITO MAIS PESADO) IDENTITARIAMENTE IMBECIL?
VINTAGE (CVIII)
The Monochrome Set - "Jet Set Junta"
Tick, tock, go the death watch beetles in él presidente's swill
Pop, pop, goes the Cliquot magnum at the reading of the will
Hiss, hiss, goes the snakeskin wallet stuffed with Cruziero bills
Here we come, the jet set junta
Here we come, the jet set junta
Broom, broom, goes the armoured Cadillac through Montevideo
Rat-a-tat goes the sub-machine gun to restore the status quo
Snip, snip, go the tailor's scissors on the suit in Saville Row
Here we come, the jet set junta
Here we come, the jet set junta
Thud, thud, goes the rubber truncheon on the Indian peon's heel
Buzz, buzz, go the brass electrodes as the flesh begins to peel
Rattle, rattle, goes the bullet round and round the roulette wheel
Here we come, the jet set junta
Here we come, the jet set junta
Pop, pop, goes the Cliquot magnum at the reading of the will
Hiss, hiss, goes the snakeskin wallet stuffed with Cruziero bills
Here we come, the jet set junta
Here we come, the jet set junta
Broom, broom, goes the armoured Cadillac through Montevideo
Rat-a-tat goes the sub-machine gun to restore the status quo
Snip, snip, go the tailor's scissors on the suit in Saville Row
Here we come, the jet set junta
Here we come, the jet set junta
Thud, thud, goes the rubber truncheon on the Indian peon's heel
Buzz, buzz, go the brass electrodes as the flesh begins to peel
Rattle, rattle, goes the bullet round and round the roulette wheel
Here we come, the jet set junta
Here we come, the jet set junta
29 October 2012
O CEO DA VATICANO S.A. ALEGA QUE, EM VIRTUDE DA CRISE, AS VIAS DE COMUNICAÇÃO COM O ALÉM ESTÃO BLOQUEADAS MAS TAMBÉM NÃO IRIA ADIANTAR MUITO PORQUE, QUANDO O GRANDE FANTASMA CÓSMICO LHE CHEGA A MOSTARDA AO NARIZ, FICA COM UM MAU HUMOR QUE NEM SE IMAGINA
O PENSAMENTO FILOSÓFICO PORTUGUÊS (C)
"Como é que nós vivemos se não pagarmos? Vivemos! Não vamos morrer. Não é o caso de um país morrer assim de repente só porque não tem dinheiro... Vamos aos bancos, vamos a outras coisas... Há muita gente que tem muito dinheiro (...) Basta dar à manivela das notas e pôr o Banco Central Europeu a fabricar euros para tudo se resolver de um dia para o outro. (...) Os próprios ministros devem ter a sensibilidade de dizer: 'Nós temos que ir para a rua'!"(aqui)
(Sotôr e Grande Mestre, já resolveu aquele problemazito?)
(Sotôr e Grande Mestre, já resolveu aquele problemazito?)
HOUSE CAT
Cat Power - Sun
Agora que, seis anos e várias quedas e redenções depois de The Greatest (com o excelente álbum de versões, Jukebox, 2008, pelo meio), Sun é publicado, numa entrevista ao “Huffington Post” em que se ajoelha mais uma vez perante Bob Dylan, começa por justificar a sua estética da espontaneidade (“Tudo vem cá de dentro, é instintivo. Acredito firmemente que o primeiro passo é o melhor passo. Porque é assim que, na vida, acontece. À medida que crescemos, somos treinados e condicionados e não continuamos a progredir individualmente mas, na minha opinião, os nossos primeiros actos físicos criativos são aqueles a que devemos dar importância”); porém, quando Michael Hogan lhe pergunta se, ao pensar assim, procede como Dylan, responde: “Isso era o que eu supunha até que o Judah Bauer [da Dirty Delta Blues Band que a acompanhou e também da Jon Spencer Blues Explosion] me disse: ‘Não leste aquele livro acerca dele? O tipo chega a gravar 43 takes de uma canção!’”. E Chan deveria ter reflectido um pouco mais nisso. É verdade que lançou para o lixo as maquetas do que deveria ter sido a primeira versão deste álbum apenas porque um amigo terá opinado que não eram senão “the old, sad Cat Power”. Mas Sun poderia, talvez, ser um muito melhor disco se essa ideia do “first thought, best thought” fosse temperada pela velha sabedoria zen segundo a qual tudo o que é espontâneo exige uma longa preparação.
Todo executado instrumentalmente por Chan Marshall com produção de Philippe Zdar, do duo de house/synthpop francês, Cassius, se, por um lado, Sun aposta naquele tipo de colisão entre música dançável e festiva e textos não exactamente exuberantes, por outro, isso resulta de uma forma que tende a expor sob um ângulo particularmente desfavorável alguma da filosofia quase-new-age que tem servido de amparo à sua escalada para fora dos abismos. "Manhattan" (“Liberty in the basement light, free speech, lipstick and the moonlight howling to get me, howlin’ to get you, in Harlem, in a dark back room, dancing to a different tune”) é um belíssimo espécime de "city-strutting" algures entre Lou Reed e Brian Eno, "3 6 9" (“3, 6, 9, you drink wine, monkey on your back, you feel just fine”) conjuga de modo exemplar pesadelo e efusão rítmica de feição latina e "Nothin’ But Time" (com "cameo" de Iggy Pop), se tosquiado para metade dos seus 11 minutos, do falso final e do excessivo "verbiage" de auto-ajuda, poderia ser um razoável equivalente contemporâneo de "Heroes", de Bowie (“It's up to you to be a superhero, it's up to you, to be like nobody, you got nothin' but time ain't got nothin' on you”). A questão, contudo, é que boa parte do restante de que "Ruin" é o mais eloquente exemplo (“I’ve been to Saudi Arabia, Dhaka, Calcutta, Soweto, Mozambique, Istanbul, Rio, Rome, Argentina, (…) all the way back home, to my town, bitching, complaining when some people who ain’t got shit to eat”), lida mal com as boas intenções e sucumbe perante o tratamento de choque electrónico.
Cat Power - Sun
Quase bastaria a belíssima fotografia que, em 2003, um ano antes de morrer, Richard Avedon lhe fez para a “New Yorker”: cigarro em equilíbrio, entre o indicador e o polegar da mão direita, sorriso algo forçado, dois dedos da mão esquerda segurando por uma ponta uma t-shirt de Bob Dylan rasgada (por Avedon) que pouco lhe cobre o tronco e jeans de braguilha aberta revelando a base do triângulo de penugem púbica. “Estava tão bêbeda que mal me tinha de pé. Por causa do álcool, o meu organismo estava em tal estado que tinha dores horríveis e, por isso, não conseguia apertar as calças. Só quando a revista foi publicada me apercebi que não usava roupa interior. Depois, tive de explicar à minha avó que aquele era o maior fotógrafo do século XX...” Tudo o que deveríamos (e não deveríamos) saber sobre Cat Power/Chan Marshall estava ali: a fragilidade psíquica convertida em tragédia publicamente encenada, o modo como isso alimenta (ou destrói) a criação, o fascínio da decadência, a paixão por Dylan.
Agora que, seis anos e várias quedas e redenções depois de The Greatest (com o excelente álbum de versões, Jukebox, 2008, pelo meio), Sun é publicado, numa entrevista ao “Huffington Post” em que se ajoelha mais uma vez perante Bob Dylan, começa por justificar a sua estética da espontaneidade (“Tudo vem cá de dentro, é instintivo. Acredito firmemente que o primeiro passo é o melhor passo. Porque é assim que, na vida, acontece. À medida que crescemos, somos treinados e condicionados e não continuamos a progredir individualmente mas, na minha opinião, os nossos primeiros actos físicos criativos são aqueles a que devemos dar importância”); porém, quando Michael Hogan lhe pergunta se, ao pensar assim, procede como Dylan, responde: “Isso era o que eu supunha até que o Judah Bauer [da Dirty Delta Blues Band que a acompanhou e também da Jon Spencer Blues Explosion] me disse: ‘Não leste aquele livro acerca dele? O tipo chega a gravar 43 takes de uma canção!’”. E Chan deveria ter reflectido um pouco mais nisso. É verdade que lançou para o lixo as maquetas do que deveria ter sido a primeira versão deste álbum apenas porque um amigo terá opinado que não eram senão “the old, sad Cat Power”. Mas Sun poderia, talvez, ser um muito melhor disco se essa ideia do “first thought, best thought” fosse temperada pela velha sabedoria zen segundo a qual tudo o que é espontâneo exige uma longa preparação.
Todo executado instrumentalmente por Chan Marshall com produção de Philippe Zdar, do duo de house/synthpop francês, Cassius, se, por um lado, Sun aposta naquele tipo de colisão entre música dançável e festiva e textos não exactamente exuberantes, por outro, isso resulta de uma forma que tende a expor sob um ângulo particularmente desfavorável alguma da filosofia quase-new-age que tem servido de amparo à sua escalada para fora dos abismos. "Manhattan" (“Liberty in the basement light, free speech, lipstick and the moonlight howling to get me, howlin’ to get you, in Harlem, in a dark back room, dancing to a different tune”) é um belíssimo espécime de "city-strutting" algures entre Lou Reed e Brian Eno, "3 6 9" (“3, 6, 9, you drink wine, monkey on your back, you feel just fine”) conjuga de modo exemplar pesadelo e efusão rítmica de feição latina e "Nothin’ But Time" (com "cameo" de Iggy Pop), se tosquiado para metade dos seus 11 minutos, do falso final e do excessivo "verbiage" de auto-ajuda, poderia ser um razoável equivalente contemporâneo de "Heroes", de Bowie (“It's up to you to be a superhero, it's up to you, to be like nobody, you got nothin' but time ain't got nothin' on you”). A questão, contudo, é que boa parte do restante de que "Ruin" é o mais eloquente exemplo (“I’ve been to Saudi Arabia, Dhaka, Calcutta, Soweto, Mozambique, Istanbul, Rio, Rome, Argentina, (…) all the way back home, to my town, bitching, complaining when some people who ain’t got shit to eat”), lida mal com as boas intenções e sucumbe perante o tratamento de choque electrónico.
28 October 2012
SEM FATO CINZENTO (QUE NÃO TENHO) NEM GRAVATA AZUL (QUE AINDA TENHO MENOS), EIS-ME AQUI REPETINDO O DISCURSO DA INUTILIDADE DAS FORÇAS ARMADAS TAL COMO O LABEL "VAI UM TIRINHO?" ORGULHOSAMENTE O PRESERVA - E, AGORA, FUZILAM-ME?
Ó MEU SUAVE E DOCE LÍRIO, MAS AINDA NINGUÉM TE EXPLICOU O QUE É "REFUNDAR" O PEDAÇO ATÉ CHEIRAR A BORRACHA QUEIMADA?
Seguro quer saber o que Passos entende por refundação
Seguro quer saber o que Passos entende por refundação
27 October 2012
ANTÓNIO JOSÉ PAULO SEGURO PORTAS
"Proactivo, sem ser beligerante, ousado mas prudente, valente, porém, cauteloso, agressivo, contudo, diplomático" (tradução: tanto podemos ficar como roer a corda)
26 October 2012
Acabou-se, Nuno Crato: dar uma no cravo, outra na ferradura (sabendo-se perfeitamente que as cavalgaduras continuarão ferradas e bem ferradas) e, por cima disso, desenterrar ainda as palhaçadas da pseudo-avaliação do morto-vivo não ousando fazer o que seria verdadeiramente necessário, é mau demais... finito, kaput!
25 October 2012
PSD e CDS promovem desfile de ministros no Parlamento (em modalidade "speed dating")
24 October 2012
A REFUTAÇÃO DEFINITIVA DA EXISTÊNCIA DO DEMÓNIO: COM UM DEUS ASSIM, QUEM PRECISA DE BELZEBU?
"Russian prisoners' lexicon is colourful and full of historical references. Soon, Maria Alyokhina and Nadezhda Tolokonnikova, the two members of the rock band Pussy Riot who are still imprisoned, will discover the inside of a 'Stolypin wagon', a special windowless railway carriage, divided internally into a series of iron-barred cells. These carriages, named after the Tsarist prime minister who introduced them in 1906, have been used for over a century to transport prisoners to penal colonies, many in the remote geographical margins" (aqui)
DA RUE DES MAUVAIS GARÇONS PARA MATOSINHOS, DAS SCIENCES PÔ AOS PREFACIOZECOS PARA OPÚSCULOS DE CRIATURAS INEXISTENTES, UM MORTO-VIVO CONTINUA À ESPERA DA DEFINITIVA ESTACA NO CORAÇÃO
23 October 2012
O responsável pelo franchise local da Vaticano S.A. solicita que, da próxima vez, pelo menos, possa usar roupa desenhada por Crystal Huyben, porque (basta recordar a santíssima cidade de Braga) o "dress code" da empresa é muito rigoroso
A MÚSICA DA VIDA ANTES
Efterklang - Piramida
Efterklang - Piramida
Piramida (ou Pyramiden) é uma cidade mineira fantasma, na ilha de Spitsbergen, arquipélago de Svalbard, no glacial Ártico polar. Em 1927, a Noruega cedeu-a à União Soviética que, cerca de 70 anos depois, a desocupou, transformando-a numa decadente e monumental relíquia da antiga superpotência industrial. No planeta, não existe nenhuma estátua de Lenine nem outro piano de cauda que se situem mais a Norte do que os que, em Piramida, assombram as minas de carvão, as ruas, o centro cultural e desportivo, o hotel, os escritórios, as máquinas imobilizadas e os espaços desertos, agora invadidos por ursos e gaivotas que substituíram os 1000 humanos que, antes, os habitavam. Aparentemente, devido às frígidas temperaturas locais, a lenta velocidade de decomposição de todo esse equipamento da velha guarda avançada do comunismo em território capitalista permitirá que, dentro de 500 anos, as estruturas físicas ainda se mantenham conservadas. Mas os dinamarqueses Efterklang preferiram preservá-las de outra forma: capturando-lhes a atmosfera e a vibração sonora.
Após o anterior e óptimo Magic Chairs (2010) – exercício de geometria minimalista, entre Steve Reich e Sufjan Stevens, traduzida para um idioma quase-pop –, Casper Clausen, Mads Brauer e Rasmus Stolberg imaginaram que o que se lhe deveria seguir seria algo como música "site-specific". Por exemplo, de (e em) uma floresta. Mas, quando, receberam um email de um realizador de cinema sueco desafiando-os para filmar um vídeo em Piramida (afinal, apenas uma natural sequência do que haviam feito com Vincent Moon em An Island) e colocaram os olhos sobre as imagens da cidade morta, compreenderam instantaneamente que, não apenas o potencial que ela continha era rico demais para desperdiçar exclusivamente num vídeo, como era, igualmente, a oportunidade perfeita para fazer justiça ao nome do grupo (Efterklang, em dinamarquês, “reverberação” e também “recordação”): “A ideia era chegarmos lá completamente impreparados. O primeiro dia em que puséssemos os pés naquela cidade fantasma seria o primeiro dia do álbum. É um sítio fascinante, transmite-nos a sensação de já ter existido ali vida. Podemos imaginar como era antes de se ter extinguido, ainda há mobiliário e quadros nas paredes, podemos entrar em casas onde viveu gente... o que é também um bocado arrepiante”, conta Rasmus Stolberg. Foram, primeiro, nove dias de recolha de gravações de campo – os timbres de contentores metálicos enferrujados, garrafas de vodka vazias, silos utilizados como câmaras de eco, tanques de combustível, estruturas de candeeiros, o velho piano Outubro Vermelho desafinado –, mais de 1000 "samples" registados e arquivados, lugar por lugar. Seguiram-se nove meses, no estúdio, em Berlim: “Foi um processo controlado mas repleto de surpresas. As amostras sonoras que recolhemos foram a inspiração e o ponto de partida. Em estúdio, descobrimos como haveríamos de organizá-las e, a partir dali, erguer canções”.
Na verdade, Piramida não é uma descendência tardia de Matthew Herbert ou dos Matmos. Se os "samples" oferecem estrutura e colorido tímbrico, por vezes, quase subsónico (como se só restasse a aura sonora das fontes sampladas), o que aqui se escuta são belíssimas canções no cruzamento dos Blue Nile e It’s Immaterial com o espectro da "musique concrète", em que os detalhes acham espaço de respiração e descobrem o seu exacto lugar nesta espécie de mobiles de Alexander Calder esculpidos, em gelo, por Brian Eno, e enquadrados por cordas, sopros e a aurora boreal de corais femininos. A tundra bem pode reclamar os seus direitos sobre os despojos humanos que a reverberação da memória resistirá à “horrorosa natureza pseudo-mãe”.
22 October 2012
ENFRENTANDO A DURÍSSIMA CONCORRÊNCIA DE PAUL DOORS, AUTARCA DE CASCAIS PROPÕE ALTERNATIVA DE BAIXO ORÇAMENTO QUE SE LIMITARÁ A COMPILAR OS MOMENTOS FINAIS DOS NÚMEROS TELEVISIVOS DO STAND-UP COMEDIAN EM QUE ELE FAZ O INVENTÁRIO DOS GRANDES FEITOS PÁTRIOS NO CHINQUILHO, NA SUECA, NO BERLINDE, E NOS JOGOS FLORAIS DE HUM, NA CROÁCIA
O stand-up comedian num dos seus mais apreciados números: Lola, a vidente
Pussy Riot transferidas para campos de detenção brutais: "A Nadejda foi transferida para a Mordóvia e a Maria para Perm. São dois dos campos mais brutais de entre todas as opções"
... e nem um tímido sinal de incómodo nem um amável protesto, cáfila de infragente capada?
É através de exemplos esclarecedores como este que se pode avaliar bem a dimensão da ameaçadora sarna * fiscal: um cidadão da classe média remediadazinha que se vê constrangido, aos 47 anos, a depender ainda dos Encarregados de Educação!
* considerar, em alternativa, as hipóteses "praga", "peste", "Ébola" ou, mais romanticamente, "sífilis".
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