"Global Media: os nomes por detrás do fundo que fez reféns os salários dos trabalhadores"
31 January 2024
30 January 2024
29 January 2024
28 January 2024
27 January 2024
26 January 2024
25 January 2024
Edit (19:15) - ... + consciência (in)tranquila e "desapontada"...
Edit (23:14) - Opá, "MILFs" e "lesbian cougars", na foz do Lizandro?!!!...
22 January 2024
A TERCEIRA VIDA DO FADO
No que às origens do fado diz respeito, não é demasiado arriscado dizer-se que "no princípio era o verbo": “O fado, nos seus primórdios, representou o último estádio do romanceiro tradicional (...) o qual ao longo dos séculos, foi perdendo o carácter épico inicial e foi-se progressivamente novelizando até versar quase exclusivamente assuntos de carácter amoroso ou trágico-sentimental. (...) Esse fado popular, esse fado das ruas, de faca e alguidar, dos ceguinhos, não é outro senão o substracto novelesco do romanceiro tradicional, e o subsequente manancial das canções narrativas, afinal, o primitivo, o primacial, o originário fado, a fonte, a génese, o tronco primevo do nosso fado”, defende José Alberto Sardinha em A Origem do Fado (2010). Mas - só para citar outro exemplo -, já na 7ª edição (1878) do Dicionário de Morais, se escrevia: "Fado, poema do vulgo, de caracter narrativo, em que se narra uma história real ou imaginária de desenlace triste, ou se descrevem os males, a vida de uma certa classe, como no 'fado do marujo', da 'freira', etc. Música popular, com um ritmo e movimento particular, que se toca ordinariamente na guitarra e que tem por letra os poemas chamados 'fados'". E, agora que - quatro anos depois de, em Lina_Raul Refree, ter praticamente desmaterializado o reportório clássico de Amália - abraça a lírica de Camões, Lina, interogando-nos, segue por caminho próximo: "Quando damos espaço às palavras, elas acabam por fazer mais sentido. Se cantarmos um fado a cappela, isso não é fado? O 'Povo que Lavas no Rio', cantado a cappela, sem instrumentos, alguem poderá dizer que não é fado? Só voz e palavra não é fado? O fado vive da palavra e para eu passar a mensagem que pretendo, preciso de entender essa palavra". (daqui; segue para aqui)
19 January 2024
18 January 2024
17 January 2024
Se parece indispensável exigir aos "partidos de esquerda" aquilo que os "partidos de esquerda" naturalmente deveriam fazer, é porque esses "partidos de esquerda" são certamente de uma "esquerda" duvidosa, indolente e muito pouco "esquerda".
Leitura recomendada: Breve História Mundial da Esquerda de Shlomo Sand
16 January 2024
14 January 2024
13 January 2024
11 January 2024
10 January 2024
"The social housing secret: how Vienna became the world’s most livable city" (+ "Vienna's Karl Marx Hof: architecture as politics and ideology")
Edit (11/01/2024) - * ... estava muito longe de imaginar que "monteventura" era um neologismo com futuro...
Edit (15:30) - ... e "ex-monteventura"?...
08 January 2024
HISTÓRIA PRESERVADA
Na manhã do passado 30 de Novembro, quando a notícia da morte de Shane MacGowan foi difundida, John Francis Flynn viajara de Dublin para Belfast e regressara após receber uma cópia de vinil recém-prensada do seu segundo álbum, Look Over The Wall See The Sky. Quase profeticamente, entre as oito canções que o compunham, encontravam-se "Kitty", último tema de Red Roses For Me (álbum de estreia dos Pogues, 1984) - MacGowan confessara tê-la aprendido da mãe que, em criança, a escutara cantada à lareira nos campos de Tipperary - e "Dirty Old Town", de Ewan MacColl (do segundo, Rum Sodomy & The Lash, também dos Pogues, 1985). "Há anos, ouvi uma versão de 'Kitty' num concerto dos Pogues", contou Flynn ao "Irish Examiner". "A forma como ele interpretava cada canção era espantosa mas essa em particular agarrou-me logo. É curioso que tenha sido necessário alguém como Shane MacGowan para salvar estas canções. 'Kitty' é, talvez, uma daquelas que poderiam ter-se perdido se Shane não a tivesse gravado". De agora em diante, poderá vir a dizer-se coisa muito semelhante acerca do trajecto musical que Flynn iniciou em 2021 com o extraordinário, I Would Not Live Always. (segue para aqui)