14 June 2021

TORNAR VISÍVEL O INVISÍVEL

Não é um segredo fechado a sete chaves. Mas, sempre que o nome da escritora britânica Angela Carter vem à baila, não é habitual que, por entre as referências biográficas – uma das mais importantes autoras do século XX, feminista, romancista criadora de um poderoso realismo mágico, que viu um dos seus contos, The Company Of Wolves, adaptado ao cinema por Neil Jordan –, seja mencionado que, enquanto jovem, se dedicou por inteiro à folk: com o primeiro marido, Paul Carter (cantor e "field-recorder" para a lendária Topic Records), no início da década de 60, participou em expedições de gravação pelo Sussex e pela Irlanda, tendo sido também responsáveis, pelas noites-folk do Lansdown Club, em Bristol. Tudo isso não apenas alimentaria o estudo que, na universidade, realizaria sobre os textos da canção folk como, garante agora a "singer-songwriter" e académica Polly Paulusma, constituia uma “música invisível” que atravessa toda a sua obra e, em boa medida, lhe determinou o estilo e a substância. (daqui; segue para aqui)

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