24 August 2012

DEIXA VER SE PERCEBI REALMENTE BEM: O "CONCESSIONÁRIO" EMBOLSA 140 MILHÕES DOS IMPOSTOS PAGOS ATRAVÉS DA FAMIGERADA "FACTURA DA ELECTRICIDADE", COMPROMETE-SE A FAZER O MESMO MISERÁVEL "SERVIÇO PÚBLICO" QUE A RTP-1 FAZ (ISTO É, POUCO DIFERENTE DA SIC E TVI) - DESDE QUE O(S) GOVERNO(S) DE TURNO CONTINUEM A PODER UTILIZAR A ESTAÇÃO COMO SEU MEGAFONE PRIVADO -, E, DEPOIS, LOGO SE VÊ QUAL DAS TRÊS TELEVISÕES ESTOIRA PRIMEIRO... A TRANSPARENTEMENTE ÓBVIA E MAIS BARATA É QUE NEM PENSAR!

8 comments:

Táxi Pluvioso said...

Espero que sejam os angolanos a comprar, quero ver o Tchilar durante 24 horas.

A RTP transmitiu o melhor programa de sempre, mais histórico que o "Zip Zip", e que se chamava "O último a sair", um humor arrasador, mas nem foi por isso que ele é histórico. É histórico porque as pessoas pensaram que era um Big Brother verdadeiro, repetindo o efeito da "Guerra dos mundos" do Welles. Claro que as reações têm quase 100 anos de diferença, não podiam ser as mesmas. Nos anos 30 a ficção cientifica e os marcianos estavam nas preocupações das pessoas, e os americanos viram extraterrestres. No século XXI, os luso estão preocupados com os impostos e viram impostos.

Conseguir repetir o efeito "Guerra dos mundos" 100 anos depois é obra, e o Bruno Nogueira teve de torná-lo menos "real" para que as pessoas percebessem que era ficção. Genial.

João Lisboa said...

"Conseguir repetir o efeito "Guerra dos mundos" 100 anos depois é obra"

Não vi mas, assim de repente, parece-me que é capaz de ser uma comparação um bocadinho far fetched...

Táxi Pluvioso said...

Tanto num como no outro, uma obra de ficção, foi confundida com a realidade, e as reacções foram cómicas.

João Lisboa said...

A escala, a escala!

Táxi Pluvioso said...

Precisamente. A história quando se repete é sobre forma de comédia.

O que eu gostaria de saber é o valor total do bolo cobrado nas taxas da TV, e como ele é distribuído pela RTP e rádios. Sei que logo à cabeça a EDP fica com 3 milhões pelo pagamento da sua boa cobrança. Só com os números é que se sabe se valeu a pena o Relvas tirar o curso para vender a RTP, ou concessionar ou lá como é que se chama. (No entanto, talvez tenha valido a pena, pois ele tem que se desfazer da RTP sem incomodar os donos da comunicação social, e também donos do Estado, ou seja, não lançar mais um concorrente no mercado, a solução Borges, é muito boa, satisfaz este requisito, espero que tenha saído da mente de um doutorado em relações internacionais).

João Lisboa said...

"sobre forma de comédia"

Sob.

"tem que se desfazer da RTP sem incomodar os donos da comunicação social, e também donos do Estado, ou seja, não lançar mais um concorrente no mercado, a solução Borges, é muito boa, satisfaz este requisito"

È exactamente o contrário.

Táxi Pluvioso said...

"È exactamente o contrário"

É

Ainda sobre o tema: da falta de "escala" lusa na reação ao Último a sair, após aquela cena do primeiro episódio, os amigos do Marco queriam reunir-se e partir as trombas ao Nogueira, telefonaram-lhe Nós vamos aí e partimos o gajo todo, a figura pública nacional é que lhes disse Não aquilo é uma brincadeira, ou o Nogueira teria de ir a uma dessas clínicas dentárias. Mas a reação maior fui exatamente sobre o tema impostos.

O "contrário"? então o Balsemão e o outro, o Paes do Amaral(?) querem mais um concorrente? são empresários capitalistas, ao contrário da generalidade lusa que vive na sombra do Estado. Sempre tive ideia que eles não queriam um concorrente, aliás, sempre fizeram pressão para a RTP não ter publicidade.

João Lisboa said...

Mas a "nova RTP" será mais um concorrente.