MENSAGEM NA GARRAFA
Sempre que alguém estéticamente sagaz e pouco apreciador de navegar por mares sobejamente navegados procura um guitarrista que não se limite a picar o ponto, é muito provável que acabe a mexer os cordelinhos necessários para recrutar Marc Ribot. A (imensamente incompleta) lista dos que o fizeram é já extensa e esclarecedora: John Zorn, Tom Waits, Lounge Lizards, Elvis Costello, Marianne Faithfull, Jazz Passengers, Allen Toussaint, T-Bone Burnett, Laurie Anderson, McCoy Tyner, Caetano Veloso, Jamaaladeen Tacuma, David Sylvian, Arto Lindsay... O que não o impediu de, a solo (em nome próprio ou com os Rootless Cosmopolitans e Ceramic Dog), ter registado mais de duas dezenas de álbuns. Há três anos, Songs of Resistance 1942 – 2018 – que, “cinco minutos após a eleição de Trump, decidira ser inevitável gravar” –, manifesto político para o qual convocou Tom Waits, Steve Earle, Meshell Ndegeocello, Fay Victor, Tift Merritt, Sam Amidon, Justin Vivian Bond, Ohene Cornelius, Syd Straw e Domenica Fossati, foi uma das mais soberbas peças de agit-prop de sempre pela qual ficaremos eternamente em dívida ao espantalho laranja. (daqui; segue para aqui)
"B-Flat Ontology"
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