Marc Ribot's Ceramic Dog (live on KEXP 2016)
(sequência daqui) Agora, com os Ceramic Dog (Ribot, Shahzad Ismaily e Ches Smith), Hope – gravado durante os confinamentos do ano passado como “uma mensagem na garrafa dirigida aos nossos (imaginários) ouvintes igualmente naufragados” – busca um outro território onde os alvos são as frívolas e impotentes personagens do lado supostamente certo da barricada: os “fabulosos” aspirantes a estrelas rock, os guitarristas mais rápidos que a própria sombra, os poetas “iluminados”, os filósofos “pós-modernos”, os “activistas” de todas e nenhuma causa, que, sob o sarcástico fogo eléctrico cerrado dos “Stooges e Sex Pistols da vanguarda novairquina”, um a um, tombam no cenário de canções “muito, muitíssimo mais deprimentes do que as Canções das Crianças Mortas, de Mahler” (Ribot dixit), adequadamente projectadas em registo punk de descarnada costela jazz.
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