26 October 2021

“As palavras, indomáveis como são, fazem sempre ricochete. Como num jogo de espelhos, reflectem-se até ao infinito e, como nas caixas de bonecas russas, afundam-nos até ao nosso interior”. Paulo Rangel, Público, 19/10/2021 

Despedindo-se da sua actividade de cronista neste jornal ("Público"), Paulo Rangel elevou a sua propensão para o kitsch à máxima potência e o resultado é digno de ser lido. Não é a primeira vez que esta sua vocação se manifesta de maneira esplendorosa, mas agora que começou a sua corrida para um dia chegar a primeiro-ministro começamos a antever que após o “ciclo” (como se diz hoje) do discurso baixo e áspero de Costa, vamos ter o ciclo da elevação enfática de Rangel. É a isto que se chama alternância. Não subestimemos o factor da elaboração discursiva: aí aloja-se a ideologia e a visão do mundo. Paulo Rangel será certamente um bom laboratório para a observação dos efeitos do kitsch viscoso nas regiões pragmáticas. (AG; ver também aqui)

4 comments:

Ana Cristina Leonardo said...

mais do que viscoso, xaroposo :)

Anonymous said...

Isto promete...

João Lisboa said...

:-)))

alexandra g. said...

munto bão, ai sei :D