“As palavras, indomáveis como são, fazem sempre ricochete. Como num jogo de espelhos, reflectem-se até ao infinito e, como nas caixas de bonecas russas, afundam-nos até ao nosso interior”. Paulo Rangel, Público, 19/10/2021
Despedindo-se da sua actividade de cronista neste jornal ("Público"), Paulo Rangel elevou a sua propensão para o kitsch à máxima potência e o resultado é digno de ser lido. Não é a primeira vez que esta sua vocação se manifesta de maneira esplendorosa, mas agora que começou a sua corrida para um dia chegar a primeiro-ministro começamos a antever que após o “ciclo” (como se diz hoje) do discurso baixo e áspero de Costa, vamos ter o ciclo da elevação enfática de Rangel. É a isto que se chama alternância. Não subestimemos o factor da elaboração discursiva: aí aloja-se a ideologia e a visão do mundo. Paulo Rangel será certamente um bom laboratório para a observação dos efeitos do kitsch viscoso nas regiões pragmáticas. (AG; ver também aqui)
4 comments:
mais do que viscoso, xaroposo :)
Isto promete...
:-)))
munto bão, ai sei :D
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