13 March 2021

 

8 comments:

alexandra g. said...

Questão não directamente relacionada, mas de igual modo importante: doar o corpo à ciência. Existe uma enorme falta de cadáveres na área da investigação. É necessário efectuar uma declaração. Tenciono doar o meu corpo e, depois, deixar a cargo do Estado a minha cremação.

Disto, já informei as minhas filhas.

Quanto à eutanásia, QSF. As pessoas conseguirão sempre, se de facto o desejarem, tamanho o sofrimento... Seria, sim, bastante melhor que fosse legalizada, mas acho que neste spot de rosinhas à beira-mar plantadas, dificilmente acontecerá, nos anos vindouros, os próximos, pelo menos.

Cambada de hipócritas!

João Lisboa said...

"doar o corpo à ciência"

Por acaso, só há cerca de três anos, me dei conta de que isso era possível. Não fazia a menor ideia. Doar orgãos já sabia. Mas o corpinho todo, não. Claro que a ideia me agradou logo. Mas, como procrastinador incorrigível, ainda não mexi uma palha... quando esta confusão amainar, vamos ver se trato disso.

alexandra g. said...

Relaxa, já fazes demasiado serviço público, eu 'amando-te' com os procedimentos, em breve :)*

João Lisboa said...

Orraite.

alexandra g. said...

Um exemplo:

https://anatomia.med.up.pt/doacao.html

Há mais:

https:/wwww.uc.pt/fmuc/Informacoes/DoacaoCorposCiencia

___________

:)

João Lisboa said...

"Doação cadavérica" era um belo titulo para um filme de zombies!... :-)

O 2º link não abre.

Danke.

alexandra g. said...

O 2º link é a Faculdade de Medicina da Univ. de Coimbra.
Procura;
Antes nós, mortos, do que matarem cães abandonados, tamanha a falta de cadáveres humanos---- assisti à entrada de carrinhas de cães vindos do Canil, pela porta lateral, e só soube o porquê uns tempos depois, por uma amiga estudante de medicina, ela também em choque.

Humanos, porcos, cães, demasiado iguais. A investigação continuará a matá-los enquanto não doarmos os nossos corpos mortos.

Exactamente como está a acontecer em Moçambique com os testes da Covid-19. Por Exemplo.

Como aconteceu com os transgénicos, leites maternizados, também em aldeias africanas, secando o leite de mães recentes para testar os seus produtos...

ENOUGH IS ENOUGH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Daniel Ferreira said...

Cara Alexandra G.:

«Humanos, porcos, cães, demasiado iguais.»

Apenas está a perpetuar um mito que foi refutado, pelo menos, desde Hipócrates.

Inverta a lógica: experimentando em pessoas seria possível avançar a medicina veterinária bovina? Canina? Felina? Fazendo experiências de psicologia em pessoas permitiria compreender melhor a psicologia equina? Provocando doenças artificialmente em pessoas (incluindo aquelas que não ocorrem sequer naturalmente na espécia humana), compreenderia melhor as doenças dos galináceos?

E nem quero com isto sugerir que a experimentação intraespecífica permite avançar a respectiva área médica. A história de que os nazis fizeram grandes avanços graças às experiências em humanos é outro grande mal-entendido.

Existe muita bibliografia sobre este assunto, mas permita-me sugerir-lhe aquele que considero o melhor resumo que encontrei nos últimos 25 anos:

http://www.mrmcmed.org/Critical_Look_Booklet.pdf