01 February 2021

Whalebone Polly (Kate Stables & Rachael Dadd) - "The Turnip"
 
(sequência daqui) Kate Stables nasceu em Winchester, vive em Paris, gravou em Bristol. Um dos mais gastos clichés acerca do processo de criação refere-se à suposta influência dos lugares e ambientes onde ele ocorre. Terá isso exercido, de facto, alguma influência nela ou não foram senão os locais onde, por acaso, em cada momento vivia e trabalhava? “Talvez um pouco de ambas as coisas. Aquilo que faz a natureza de um lugar é muito variado: é o território geográfico mas também a arquitectura, a atmosfera das ruas, as pessoas com quem nos cruzamos. Em Winchester, era um espaço verde e aberto, eu era jovem, tinha começado a fazer música e o futuro era infinito. Bristol era uma cidade grande com uma cena musical riquíssima onde conheci imensa gente, ia a concertos e comecei uma banda (Whalebone Polly) com a minha amiga Rachel Dadd. Paris é uma paisagem inteiramente nova no que diz respeito à música”. A última, mas não menor, das influências: a escritora Ursula K. Le Guin. Confessadamente esmagadora, ao ponto de ter já declarado que a influencia sempre em tudo aquilo que faz. A sério? “É verdade. Nestes últimos anos, tem sido muito difícil ler algo que não seja dela. Já tentei mas só raramente resulta. A forma como ela usa a linguagem é um enorme prazer de se ler. E de se ler alto. Adoro a poesia dela, os romances, os ensaios sobre literatura, política, o mundo... Nunca me chega. Sou uma super fã doida!”

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