03 February 2025

 
(sequência daqui) Por altura de Ignorance, Tamara Lindeman confessava: “Não é fácil fazer caber o mundo numa canção. Quando tentamos fazê-lo conscientemente, na maioria das vezes, falhamos. As melhores canções exigem uma certa humildade. Trata-se apenas de descobrir o botão certo, premi-lo, e esperar que quem ouve faça o resto”. Desta vez, terá sido, certamente, ainda menos fácil. Porém, armada com uma terapêutica poderosa ("Uma lista de 4 horas de música experimental, hip hop, June Tabor e Fairport Convention", confessaria ela à "Mojo"), durante duas sessões nos estúdios da Canterbury Music Company, de Toronto, na companhia de Kieran Adams (bateria), Ben Boye (teclados), Philippe Melanson (percussões), Karen Ng (sopros), e Ben Whiteley (baixo), optou por uma abordagem de improvisação livre cujos resultados haveriam de ser burilados posteriormente às mãos do produtor Marcus Paquin, de James Elkington (guitarra), do eclético Sam Amidon e do mago textural, Joseph Shabason, e posteriormente refinados na mesa de mistura de Joseph Lorge para que se constituisse enquanto peça musical unificada por pequenos fragmentos sonoros intersticiais. (segue)

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