(sequência daqui) Se o peso de "carrying a body that's tired from carrying a mind" durante uma descida aos abismos ("It felt like a second adolescence, like puberty, it's ugly. It's rotten. It's bad. It's yucky, you don't feel good") é insuportável, o processo de catarse através da criação musical - a concentração nos detalhes, os exercícios de exploração tímbrica, rítmica e melódica, os contrastes acústico/eléctrico, a estruturação quase geométrica em contigudade com os espaços de libérrimo movimento - pode oferecer algum norte e alívio para navegar sem demasiados acidentes em águas pouco tranquilas. Essa missão quase impossível cuja finalidade Tamara Lindeman sintetiza assim: "Mantermo-nos vivos e viver com a mente que temos. A minha mente é bastante difícil e, por vezes, tenta acabar comigo. É difícil chegar ao conhecimento mas essa dificuldade também é bela. Imaginamo-nos constantemente como anjos, o que é falso. Ou como demónios, o que também é falso. Não conseguimos entender-nos como as confusas criaturas que somos. Mas, se deixarmos de lado tudo o que é sombrio e feio, prestamos um mau serviço à realidade. E eu não faço música escapista".
08 February 2025
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