RISCOS NA PAREDE
Há 3 anos, aquando da publicação do seu precioso álbum de estreia, The Eternal Rocks Beneath, Kathrine Priddy explicava o motivo porque tanto admirava a poesia do norte-americano Frank O'Hara: “Gosto do modo como ele usa nomes, lugares e momentos e nunca os explica. Sentimo-nos como se estivéssemos a observá-lo através de uma janela ou como se o seguíssemos numa rua e capturássemos fragmentos de conversa. É assim que as canções deveriam ser: apenas um breve olhar sobre algo, sem precisar de explicações”. Quase poderia dizer-se que, agora, este The Pendulum Swing é pouco mais (isto é, muito mais) do que a concretização desse desejo. Entra-se através de "Returning" (uma aguada sonora de ruídos domésticos fantasmas, vozes distantes, um drone em crescendo) e sai-se por "Leaving" (uma caixa de música no interior de um túnel ao fundo do qual uma porta se fecha). (daqui; segue para aqui)
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