FILIGRANA E LABAREDAS
No passado dia 30 de Abril, contaram-se 50 anos sobre a publicação de I Want To See The Bright Lights Tonight, de Richard e Linda Thompson, eterno (e justíssimo) candidato a figurar nas listas dos melhores álbuns de sempre. Por essa altura, Richard tinha no currículo "apenas" 5 álbuns com os Fairport Convention - entre os quais a trilogia de ouro de 1969, What We Did On Our Holidays, Unhalfbricking e Liege & Leaf -, o primeiro álbum a solo, Henry The Human Fly (1972), No Roses (1971), com Shirley Collins e a Albion Country Band, Rock On (1972), integrado em The Bunch, selecção de notáveis do emergente folk-rock na hora do recreio à volta de canções de (entre outros) Elvis Presley, Buddy Holly e Everly Brothers, e Morris On (1972), espécie de derivação do anterior com a tradição das "morris dances" como eixo. Faltava, porém, ainda muito (nunca menos do que brilhante) caminho até se atingir o bonito total actual de 24 álbuns a solo, 18 "live" (a solo e com os Fairports), 10 compilações, 5 bandas sonoras para televisão e cinema, e dispersas pelas esquinas do universo sonoro, literalmente incontáveis colaborações mais ou menos notórias. Mas, desde o agora cinquentenário, a atmosfera na qual tudo o que viria a seguir se instalaria ficava definitivamente estabelecida na canção de embalar "The End Of The Rainbow" dedicada a Muna, a filha recém-nascida: "I feel for you, you little horror, safe at your mother's breast, no lucky break for you around the corner, 'cos your father is a bully and he thinks that you're a pest, and your sister, she's no better than a whore, life seems so rosy in the cradle, but I'll be a friend I'll tell you what's in store, there's nothing at the end of the rainbow, there's nothing to grow up for anymore". (daqui; segue para aqui)
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