(sequência daqui) No que respeita a Songs Of Surrender, também nem tudo é coerente. Concebido como guia de audição complementar da leitura da autobiografia de Bono – 40 faixas do reportório da banda revistas em modo quase-"unplugged" para outros tantos capítulos do livro –, na verdade, apenas 28 canções são comuns a livro e disco mas, à excepção de October (1981), No Line On the Horizon (2009), e Original Soundtracks 1 (1995), toda a discografia dos U2 está representada. Num dos capítulos do livro, Bono conta que “Durante o confinamento, tivemos oportunidade para reimaginar cerca de 40 canções o que me permitiu viver no interior delas enquanto escrevia estas memórias. E também me possibilitou lidar com uma coisa que me irritava há muito: os textos de algumas delas nunca me pareceram verdadeiramente acabados”. Dave “The Edge” Evans, o "guitar hero" que não queria ter nada a ver com "guitar heroes" e preferia Tom Verlaine, Keith Levene (PIL) e John McKay (Siouxsie & the Banshees) acrescenta: “Tínhamos curiosidade de saber como seria transportar as nossas canções antigas para o presente e dar-lhes o benefício de uma reconfiguração do século XXI. O que começou como uma experiência rapidamente se transformou numa obsessão pessoal. A intimidade substituiu a urgência pós-punk. Assim que abdicámos da reverência pelas versões originais, cada canção abriu-se a uma autêntica voz deste tempo e das pessoas que somos agora. Algumas cresceram connosco. Outras deixámo-las para trás. Uma grande canção é indestrutível. Mas a essência de todas elas permanece connosco”. (segue para aqui)
28 March 2023
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