07 December 2021


(sequência daqui) O ponto de viragem estética na música dos Low ter coincidido com as convulsões que sacudiram os EUA (e o resto do mundo) não deverá servir, porém, como explicação de causa e efeito pronta a usar: “Fazemos a música que, agora, fazemos porque tivemos bastante tempo para a pensar e trabalhámos com muitas pessoas diferentes. A cada passo, aprendemos um pouco mais e fomos ganhando confiança e clarificando o nosso rumo. Double Negative foi uma grande mudança. Já tínhamos trabalhado em Ones And Sixes com o BJ Burton, que nos tinha feito entrever uma nova direcção e, nesse álbum, mergulhámos de cabeça, sem qualquer hesitação. Agora, procurámos ir além disso, transcender essas técnicas e abordagens”. Na verdade, apesar de antes terem experimentado confiar-se a diversos produtores da nata norte-americana - Kramer, Steve Albini, Jeff Tweedy, Dave Fridmann – foi BJ Burton quem lhes desbloqueou a visão: “É um engenheiro de som muito audacioso, sempre interessado em descobrir novas sonoridades e conduzir ao limite as possibilidades tecnológicas. Desde os Beatles – ou até os Père Ubu – que essa vontade de tirar o máximo partido do potencial dos estúdios é uma da áreas mais interessantes. Tornou-se um grande amigo e colaborador nosso”. (segue para aqui)

2 comments:

Bentes said...

Obrigado! Muito daqui me tem feito feliz!

João Lisboa said...

:-)

Não tem de quê