(sequência daqui) "Numa quase citação do fabliau, segundo o qual os dorminhocos da Cocanha ganham cinco soldos e meio, num pequeno povoado descrito por Rabelais, as pessoas ganham para dormir 'cinco ou seis soldos por dia, mas aqueles que roncam bem forte ganham sete soldos e meio'. Outra criação rabelaisiana, a abadia de Thélème, onde não há clausura, restrições de horário, separação de sexos, celibato, voto de castidade, pobreza e obediência, também apresenta claras ressonâncias cocanianas. Ali todas as mulheres são belas, como na Cocanha medieval. Ali o desejo de cada um procura satisfazer o dos outros, da mesma forma que na Cocanha, ao atender aos próprios desejos 'uns fazem a felicidade dos outros'. Ali, expressamente, a regra é 'fay ce que voudras' (faz o que quiseres), correspondente ao 'Ninguém ousa proibir algo' do texto do século XIII". . (Hilário Franco Júnior - Cocanha - A História de Um País Imaginário - 7)
Cocanha - "La valsa d'Emiliana" (do álbum i ès ?)
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