16 February 2021


(sequência daqui) "O que realça ainda mais a abundância da Cocanha é o facto de ela não depender do trabalho humano. A ociosidade é ali a única actividade remunerada. O mais célebre verso do texto [Fabliau de Coquaigne] refere-se a isso: "Lá, quem mais dorme mais ganha". (...) A Idade Média não tinha o trabalho em bom conceito e, consequentemente, não havia uma palavra que o designasse de forma global e neutra. Até fins do século XII, a palavra latina labor estava associada a dolor e sudor. (...) Assim, labor (da qual derivaram em vernáculo, labeur, lavoro, labor, labour) significava esforço, pena, tribulação, contrição, doença, penitência. Mais expressivos ainda, os termos neo-latinos travail, travaglio, trebalh decorreram do latim popular tripalium que designava um instrumento de tortura. Travailler, surgido por volta de 1170 ou 1180, manteve até ao século XVI o seu sentido original de atormentar, penar, sofrer, referindo-se tanto ao esforço físico, como o de uma mulher que vai dar à luz, quanto ao esforço moral" (Hilário Franco Júnior - Cocanha - A História de Um País Imaginário - 1) (segue para aqui)

Cocanha - La Sovenença: corps-en-vie-exquis! Còs-viu-resquit! (ver aqui e aqui)

6 comments:

alexandra g. said...

(dormeuse)

______________________
"Lapsus teclae", como costumas dizer? :P

João Lisboa said...

???

alexandra g. said...

!!!

Whatever :D

João Lisboa said...

Ah!... não é "lapsus teclae", não... :-)))

alexandra g. said...

Hum. Buscando:

https://www.google.com/search?q=dormouse+meaning&oq=dormouse&aqs=chrome.2.69i57j46j0l3j46j0l4.5233j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8

Ok.


João Lisboa said...

https://en.wikipedia.org/wiki/The_Dormouse