Ou como (evocando o trafulha do Freud) a literatura lusa continua fixada na fase oral (I)
La Toilette de Venus - William Bouguerau (1873)
Que ninguém ouse duvidar: haverá, inevitavelmente, um AM e um DM (antes das mamas e depois das mamas) na história da literatura portuguesa! Para sempre o deveremos às 33 páginas do enciclopédico ensaio "As mamas na literatura portuguesa", publicado por João Pedro George, no número da Primavera-2017 da revista "Ler". Tão erudita investigação sobre a dimensão eminentemente glandular da escrita dos nossos maiores vultos não poderia aqui passar despercebida. Inicia-se, pois, uma série na qual, por assim dizer, se dará o devido relevo a alguns dos mais saborosos nacos. Da prosa de JPG.
"Quem leu Camões, Eça de Queirós, Mário de Sá-Carneiro, David Mourão-Ferreira, Baptista-Bastos, Maria João Lopo de Carvalho, Nuno Júdice ou Margarida Rebelo Pinto, entre outros, não terá por certo deixado de notar a abundância e variedade de mamas. Os personagens dos romances de Miguel Sousa Tavares, por exemplo, são propensos a ver mamas em toda a parte, vivem dominados pelo desejo de mamas, parecem não ter outra ideia, outro objectivo que não seja a busca de um genuíno par de mamas. (...) A este mesmo grupo pertence o fabuloso criador de O Códex 632, de A Fórmula de Deus e de tantos outros livros em que as descrições das mamas, combinando a sugestão freudiana e o estilo proustiano, são da maior importância para a compreensão e interpretação do pensamento literário de José Rodrigues dos Santos".
"Quem leu Camões, Eça de Queirós, Mário de Sá-Carneiro, David Mourão-Ferreira, Baptista-Bastos, Maria João Lopo de Carvalho, Nuno Júdice ou Margarida Rebelo Pinto, entre outros, não terá por certo deixado de notar a abundância e variedade de mamas. Os personagens dos romances de Miguel Sousa Tavares, por exemplo, são propensos a ver mamas em toda a parte, vivem dominados pelo desejo de mamas, parecem não ter outra ideia, outro objectivo que não seja a busca de um genuíno par de mamas. (...) A este mesmo grupo pertence o fabuloso criador de O Códex 632, de A Fórmula de Deus e de tantos outros livros em que as descrições das mamas, combinando a sugestão freudiana e o estilo proustiano, são da maior importância para a compreensão e interpretação do pensamento literário de José Rodrigues dos Santos".
1 comment:
Mamas à vontade.
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