"(...) Oh, a humanidade! Essa 'velha horrível', como lhe chamou Nietzsche, no momento em que, na Gaia Ciência, proclamava: 'Nós não somos humanitários' e 'não amamos a humanidade' (...)" (AG)
Candura? O que este ponto de vista (próximo do que eu penso da maioria dos últimos atentados) tem de mais terrível é fazer compreender que, com molho islâmico ou não, é praticamente impossível prever onde e quando serã o próximo.
As "velhas" organizações terroristas (Brigadas Vermelhas, IRA, ETA, FP25, até ainda a própria Al Qaeda) tinham uma estrutura: pegava-se por uma ponta e, melhor ou pior, apanhava-se a rede. Aqui não há rede nem estrutura, só pontas soltas. O tipo que, amanhã, se vai fazer explodir no Colombo ou na Ponte sobre o Tejo pode ser o teu vizinho do lado que andou a ver umas merdas na Net sobre o ISIS, não bate lá muito bem da bola, chateou-se com o patrão e toma lá BADABOUM!
Claro que as bófias mundiais nunca poderão reconhecer isto, seria admitir a quase total inutilidade da sua existência. E têm de ir dizendo que lá desactivaram mais uma célula e impediram dois ou três atentados. Porventura, ainda existiram alguns terroristas "old school". Mas esses são os menos perigosos.
João, a minha leitura do texto é exactamente oposta à tua. O António Guerreiro confunde precisamente o terrorismo salafita (que é a isso que assistimos) com o terrorismo "old school" ("estamos antes confrontados com a islamização da revolta radical"). Mas qual revolta radical? Dos tipos que não batem bem da bola, como tu dizes? E onde é que há islamização da revolta, quando o maior número de vítimas do terrorismo do ISIS e derivados se situa fora da Europa, contra precisamente gente que pratica o Islão? Por fim, mas podia argumentar muito mais coisas: o que raio quer dizer: "o que é preciso ser pensado: antes de mais, [é] o inconsciente terrorista e aquilo que dá lugar a uma “guerra das subjectividades”? Freud? A esta hora?! Tem lá paciência. Aquilo a que assistimos, na minha modesta opinião, não é a uma guerra entre civilizações (o tal estafado humanismo versus barbárie) mas a uma guerra intra-religiosa (não sei se a palavra existe) islâmica onde fomos meter o bedelho causando um desastre de que agora pagamos as consequências. Como dizia o Pierre Conesa (o tal francês de que deixei um link) no outro dia num debate feito após a mortandade em Nice: "A questão hoje é que o mundo árabe e muçulmano está dividido por uma guerra de religiões. Se olharmos para o Paquistão, o Afeganistão, a Síria, Iraque, o Iémen, Bahrein (e em África também), há uma guerra sunitas-xiitas e somos nós, os cavaleiros brancos, somos nós que vamos separar essas comunidades...! É como se a Arábia Saudita nos dissesse, vamo-nos meter na guerra da Irlanda porque vamos separar os protestantes dos católicos."
1) Ok, o Freud é sempre mal-vindo a qualquer conversa :-)
2) "há uma figura contemporânea e mortífera da revolta (uma revolta que pode ter apenas a ver com um conflito pessoal) e que, em vez de uma radicalização do Islamismo, estamos antes confrontados com a islamização da revolta radical, uma estranha situação em que o Islamismo se torna uma maneira de exprimir uma recusa do mundo e até um ódio de si".
Eu referia-me aos atentados na Europa. Aqui, com a possível excepção do Bataclan, tem tudo a enorme aparência de fulanos, tudo menos profissional e islamicamente militantes, a quem, por diversos motivos, saltou a tampa e, embrulharam a coisa em "revolta muçulmana". Como o poderiam ter feito, há umas décadas, com molho trotskista, maoista ou guevarista. Só que, como ensinavam os "maîtres à penser" de então, os actuais padecem de "espontaneísmo e individualismo pequeno-burguês anti-partido". :-)
Até o discurso inicial das bófias - "pessoal altamente treinado, com elevada preparação militar e sofisticado treino de armas e explosivos" - mudou para o dos "lobos solitários". Pudera... com os gajos do Charlie Hebdo a irem bater à porta errada e a esquecerem-se dos documentos de identificação no carro...
João, mas porque raio os atentados mais mortíferos foram praticados por tipos ligados à propaganda do ISIS ou ao Islão? Se a questão se resume, mais ou menos, a tipos a quem saltou a tampa, porque raio na Europa só salta a tampa (com excepção até agora do norueguês) a gente que tem ligações à comunidade islâmica? Não há cristãos malucos? Ateus doidos? O terrorismo old school tinha alvos específicos, por vezes, muitas vezes, com "danos colaterais". O actual é dirigido a toda a gente que não professe o Islão autêntico: em Nice, a primeira vítima foi uma mãe de família muçulmana que tapava os cabelos. E o facto de começarem a aparecer "lobos solitários" não quer dizer que não tenham tido contacto com a propaganda salafita, aliás faz parte da sua propaganda apelar a que qq bom muçulmano pegue no que tiver à mão e desate a matar tudo o que lhe aparecer à frente, nem que seja à catanada (como fez o puto afegão na Alemanha). Chamar a isto islamização da revolta" é confundir revolta com delírio religioso e menosprezar os objectivos políticos e religiosos de uns tipos realmente perigosos que têm todo o dinheiro do mundo (no caso, basta-lhes o dinheiro da Arábia Saudita) para nos continuarem a chatear durante muito tempo, enquanto a malta despeja umas bombas na Síria e nos territórios do ISIS matando 50 ou 100 civis inocentes por semana.
"João, mas porque raio os atentados mais mortíferos foram praticados por tipos ligados à propaganda do ISIS ou ao Islão?"
Quais? (na Europa, neste último ano e meio)
"porque raio na Europa só salta a tampa (com excepção até agora do norueguês) a gente que tem ligações à comunidade islâmica?"
Aparentemente, só os tipos do Bataclan teriam ligações à comunidade islâmica. E, mesmo assim, parece que estavam longe de ser muçulmanos "exemplares".
"Não há cristãos malucos? Ateus doidos?"
O cristianismo, na Europa, deixou de ser identitário (mas olha que o Abominável Homem das Neves, se, um dia, falha a medicação, não sei, não...) Mas o norueguês é um bom exemplo, E há mais aqui: http://lishbuna.blogspot.pt/2013/07/blog-post_17.html (o norte da Europa é perigoso)
Os ateus, como se sabe, são uns fofinhos.
"o facto de começarem a aparecer "lobos solitários" não quer dizer que não tenham tido contacto com a propaganda salafita"
Claro que terão tido! Mas são os "mao-spontex" contemporâneos: leram umas merdas, aprenderam a fazer umas bombas pela Net (o equivalente contemporâneo do manual do Marighela) e aqui vai disto.
"menosprezar os objectivos políticos e religiosos de uns tipos realmente perigosos"
Tipos esses que sabem perfeitamente que basta estimular à distância a multiplicação de cogumelos explosivos. Quando - como tu e eu - recebem a notícia de que houve merda em Wherever, reivindicam.
Quando - como tu e eu - recebem a notícia de que houve merda em Wherever, reivindicam.
Não, não reivindicam. Estás completamente enganado. À imagem do mafioso italiano do filme dos Coen ("porque isto é uma questão de ética!"), o ISIS até agora nunca mentiu. Aliás, podiam ter reivindicado alguns, que toda a gente achava que tinham sido eles, e não o fizeram.
De resto, o facto de no Ocidente a maioria dos muçulmanos implicados parecer ser de conversão rápida ao islamismo, só reforça o meu ponto: os gajos são hoje mais perigosos, porque menos controláveis. Mas isso não faz deles maluquinhos revoltados nem justifica a ideia da islamização da revolta do Guerreiro; de resto, como bem sabes, os recém-convertidos são os piores. Ou seja, a questão não é religiosa, é político-religiosa.
Eles não têm que ter ligações à comunidade islâmica. Têm que ter contactos com a propaganda do ISIS e até agora todos, excepto um tipo em Bruxelas que era mesmo maluco, a tinham. aliás, no outro dia ouvi um gajo francês que explicava que dado o relativo controlo das forças de segurança sobre os meios de comunicação via Internet os tipos apostarão muito mais agora no contacto pessoal, aí sim, à old school. E agora retiro-me que tenho de passear os bichos. Um abraço.
"os gajos são hoje mais perigosos, porque menos controláveis"
Eu disse primeiro. :-)
"isso não faz deles maluquinhos revoltados nem justifica a ideia da islamização da revolta do Guerreiro"
São tão "maluquinhos revoltados" quanto, digamos, um jovem maoísta/guevarista/trotsquista dos anos 70 o seria. E alguns também punham bombas. Mas, como eram um pouco mais saudavelmente ateus, de um modo geral, pensavam vinte vezes antes de se fazerem explodir. E não o faziam. O tempero religioso é só um suplemento vitamínico.
"Eles não têm que ter ligações à comunidade islâmica. Têm que ter contactos com a propaganda do ISIS"
Também disse primeiro! :-)))))))
"E agora retiro-me que tenho de passear os bichos"
Estava aqui recostada (ok, com um rio de transpiração correndo pela coluna vertebral abaixo, que esta casa é uma estufa) a adorar tudo & tudo e eis que a Ana vai dar uma volta com os seus bichos e tu ficas a ver os teus, penando, e ninguém tem pena de mim, que estava a adorar tudo & tudo (já tinha dito? :)
Voltem, estão perdoados!!!
____ p.s. - Johnny Be Goode, tens que voltar ao tema com maior frequência, a ver se a Leopardo sai da toca more often :D
O meu desacordo com o Guerreiro está no que ele chama "islamização da revolta". Sem querer parecer pretensiosa, acho que a tua concordância com ele se ficou pelo "anti-humanismo" e o resto passou-te ao lado. E o resto é o essencial da crónica. Para concluir: para explicações essencialistas de assuntos complexos, assim como assim prefiro a luta de classes ao "inconsciente terrorista".
19 comments:
Muitas vezes estou de acordo com o Guerreiro, esta interpretação do islamismo radical parece-me, no mínimo, de uma candura enorme.
Candura? O que este ponto de vista (próximo do que eu penso da maioria dos últimos atentados) tem de mais terrível é fazer compreender que, com molho islâmico ou não, é praticamente impossível prever onde e quando serã o próximo.
As "velhas" organizações terroristas (Brigadas Vermelhas, IRA, ETA, FP25, até ainda a própria Al Qaeda) tinham uma estrutura: pegava-se por uma ponta e, melhor ou pior, apanhava-se a rede. Aqui não há rede nem estrutura, só pontas soltas. O tipo que, amanhã, se vai fazer explodir no Colombo ou na Ponte sobre o Tejo pode ser o teu vizinho do lado que andou a ver umas merdas na Net sobre o ISIS, não bate lá muito bem da bola, chateou-se com o patrão e toma lá BADABOUM!
Claro que as bófias mundiais nunca poderão reconhecer isto, seria admitir a quase total inutilidade da sua existência. E têm de ir dizendo que lá desactivaram mais uma célula e impediram dois ou três atentados. Porventura, ainda existiram alguns terroristas "old school". Mas esses são os menos perigosos.
Errata: não é "ainda existiram", é "ainda existirão" (vergonha...)
João, a minha leitura do texto é exactamente oposta à tua. O António Guerreiro confunde precisamente o terrorismo salafita (que é a isso que assistimos) com o terrorismo "old school" ("estamos antes confrontados com a islamização da revolta radical"). Mas qual revolta radical? Dos tipos que não batem bem da bola, como tu dizes? E onde é que há islamização da revolta, quando o maior número de vítimas do terrorismo do ISIS e derivados se situa fora da Europa, contra precisamente gente que pratica o Islão? Por fim, mas podia argumentar muito mais coisas: o que raio quer dizer: "o que é preciso ser pensado: antes de mais, [é] o inconsciente terrorista e aquilo que dá lugar a uma “guerra das subjectividades”? Freud? A esta hora?! Tem lá paciência. Aquilo a que assistimos, na minha modesta opinião, não é a uma guerra entre civilizações (o tal estafado humanismo versus barbárie) mas a uma guerra intra-religiosa (não sei se a palavra existe) islâmica onde fomos meter o bedelho causando um desastre de que agora pagamos as consequências. Como dizia o Pierre Conesa (o tal francês de que deixei um link) no outro dia num debate feito após a mortandade em Nice: "A questão hoje é que o mundo árabe e muçulmano está dividido por uma guerra de religiões. Se olharmos para o Paquistão, o Afeganistão, a Síria, Iraque, o Iémen, Bahrein (e em África também), há uma guerra sunitas-xiitas e somos nós, os cavaleiros brancos, somos nós que vamos separar essas comunidades...! É como se a Arábia Saudita nos dissesse, vamo-nos meter na guerra da Irlanda porque vamos separar os protestantes dos católicos."
1) Ok, o Freud é sempre mal-vindo a qualquer conversa :-)
2) "há uma figura contemporânea e mortífera da revolta (uma revolta que pode ter apenas a ver com um conflito pessoal) e que, em vez de uma radicalização do Islamismo, estamos antes confrontados com a islamização da revolta radical, uma estranha situação em que o Islamismo se torna uma maneira de exprimir uma recusa do mundo e até um ódio de si".
Eu referia-me aos atentados na Europa. Aqui, com a possível excepção do Bataclan, tem tudo a enorme aparência de fulanos, tudo menos profissional e islamicamente militantes, a quem, por diversos motivos, saltou a tampa e, embrulharam a coisa em "revolta muçulmana". Como o poderiam ter feito, há umas décadas, com molho trotskista, maoista ou guevarista. Só que, como ensinavam os "maîtres à penser" de então, os actuais padecem de "espontaneísmo e individualismo pequeno-burguês anti-partido". :-)
Até o discurso inicial das bófias - "pessoal altamente treinado, com elevada preparação militar e sofisticado treino de armas e explosivos" - mudou para o dos "lobos solitários". Pudera... com os gajos do Charlie Hebdo a irem bater à porta errada e a esquecerem-se dos documentos de identificação no carro...
João, mas porque raio os atentados mais mortíferos foram praticados por tipos ligados à propaganda do ISIS ou ao Islão? Se a questão se resume, mais ou menos, a tipos a quem saltou a tampa, porque raio na Europa só salta a tampa (com excepção até agora do norueguês) a gente que tem ligações à comunidade islâmica? Não há cristãos malucos? Ateus doidos? O terrorismo old school tinha alvos específicos, por vezes, muitas vezes, com "danos colaterais". O actual é dirigido a toda a gente que não professe o Islão autêntico: em Nice, a primeira vítima foi uma mãe de família muçulmana que tapava os cabelos. E o facto de começarem a aparecer "lobos solitários" não quer dizer que não tenham tido contacto com a propaganda salafita, aliás faz parte da sua propaganda apelar a que qq bom muçulmano pegue no que tiver à mão e desate a matar tudo o que lhe aparecer à frente, nem que seja à catanada (como fez o puto afegão na Alemanha). Chamar a isto islamização da revolta" é confundir revolta com delírio religioso e menosprezar os objectivos políticos e religiosos de uns tipos realmente perigosos que têm todo o dinheiro do mundo (no caso, basta-lhes o dinheiro da Arábia Saudita) para nos continuarem a chatear durante muito tempo, enquanto a malta despeja umas bombas na Síria e nos territórios do ISIS matando 50 ou 100 civis inocentes por semana.
"João, mas porque raio os atentados mais mortíferos foram praticados por tipos ligados à propaganda do ISIS ou ao Islão?"
Quais? (na Europa, neste último ano e meio)
"porque raio na Europa só salta a tampa (com excepção até agora do norueguês) a gente que tem ligações à comunidade islâmica?"
Aparentemente, só os tipos do Bataclan teriam ligações à comunidade islâmica. E, mesmo assim, parece que estavam longe de ser muçulmanos "exemplares".
"Não há cristãos malucos? Ateus doidos?"
O cristianismo, na Europa, deixou de ser identitário (mas olha que o Abominável Homem das Neves, se, um dia, falha a medicação, não sei, não...) Mas o norueguês é um bom exemplo, E há mais aqui: http://lishbuna.blogspot.pt/2013/07/blog-post_17.html (o norte da Europa é perigoso)
Os ateus, como se sabe, são uns fofinhos.
"o facto de começarem a aparecer "lobos solitários" não quer dizer que não tenham tido contacto com a propaganda salafita"
Claro que terão tido! Mas são os "mao-spontex" contemporâneos: leram umas merdas, aprenderam a fazer umas bombas pela Net (o equivalente contemporâneo do manual do Marighela) e aqui vai disto.
"menosprezar os objectivos políticos e religiosos de uns tipos realmente perigosos"
Tipos esses que sabem perfeitamente que basta estimular à distância a multiplicação de cogumelos explosivos. Quando - como tu e eu - recebem a notícia de que houve merda em Wherever, reivindicam.
Quando - como tu e eu - recebem a notícia de que houve merda em Wherever, reivindicam.
Não, não reivindicam. Estás completamente enganado. À imagem do mafioso italiano do filme dos Coen ("porque isto é uma questão de ética!"), o ISIS até agora nunca mentiu. Aliás, podiam ter reivindicado alguns, que toda a gente achava que tinham sido eles, e não o fizeram.
De resto, o facto de no Ocidente a maioria dos muçulmanos implicados parecer ser de conversão rápida ao islamismo, só reforça o meu ponto: os gajos são hoje mais perigosos, porque menos controláveis. Mas isso não faz deles maluquinhos revoltados nem justifica a ideia da islamização da revolta do Guerreiro; de resto, como bem sabes, os recém-convertidos são os piores. Ou seja, a questão não é religiosa, é político-religiosa.
Eles não têm que ter ligações à comunidade islâmica. Têm que ter contactos com a propaganda do ISIS e até agora todos, excepto um tipo em Bruxelas que era mesmo maluco, a tinham. aliás, no outro dia ouvi um gajo francês que explicava que dado o relativo controlo das forças de segurança sobre os meios de comunicação via Internet os tipos apostarão muito mais agora no contacto pessoal, aí sim, à old school. E agora retiro-me que tenho de passear os bichos. Um abraço.
"os gajos são hoje mais perigosos, porque menos controláveis"
Eu disse primeiro. :-)
"isso não faz deles maluquinhos revoltados nem justifica a ideia da islamização da revolta do Guerreiro"
São tão "maluquinhos revoltados" quanto, digamos, um jovem maoísta/guevarista/trotsquista dos anos 70 o seria. E alguns também punham bombas. Mas, como eram um pouco mais saudavelmente ateus, de um modo geral, pensavam vinte vezes antes de se fazerem explodir. E não o faziam. O tempero religioso é só um suplemento vitamínico.
"Eles não têm que ter ligações à comunidade islâmica. Têm que ter contactos com a propaganda do ISIS"
Também disse primeiro! :-)))))))
"E agora retiro-me que tenho de passear os bichos"
Os meus jazem, falecidos, pela casa.
Estava aqui recostada (ok, com um rio de transpiração correndo pela coluna vertebral abaixo, que esta casa é uma estufa) a adorar tudo & tudo e eis que a Ana vai dar uma volta com os seus bichos e tu ficas a ver os teus, penando, e ninguém tem pena de mim, que estava a adorar tudo & tudo (já tinha dito? :)
Voltem, estão perdoados!!!
____
p.s. - Johnny Be Goode, tens que voltar ao tema com maior frequência, a ver se a Leopardo sai da toca more often :D
E, entretanto, mais outro....
Falas do calor, além do desprazer com o fim da troca de ideias?
Podias levar as lontr, er, os felpudos lindos à Estufa Fria, à foz, eu sei lá :)
Não, falo disto https://www.publico.pt/mundo/noticia/operacao-policial-em-munique-junto-a-centro-comercial-onde-foram-disparados-tiros-1739148
Essa já tinha lido...e muitas estarão para acontecer, disto, creio que ninguém duvida.
Isto é tudo maluquice.
O resto é adolescência.
Nada como uma análise profunda.
Efectivamente do mais simples, logo profundo.
Um puto de 19 e com vontade de mudar o mundo logo de uma vez.
A esquerda continua D. Quixote.
Claro, claro.
O meu desacordo com o Guerreiro está no que ele chama "islamização da revolta". Sem querer parecer pretensiosa, acho que a tua concordância com ele se ficou pelo "anti-humanismo" e o resto passou-te ao lado. E o resto é o essencial da crónica. Para concluir: para explicações essencialistas de assuntos complexos, assim como assim prefiro a luta de classes ao "inconsciente terrorista".
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