07 May 2016

"Se há 'reversão' que se exige do governo é a do Acordo Ortográfico, obra de políticas de facilidade, destinadas a resolver problemas complexos com um truque de engenharia política imposto por governantes cuja relação com a língua e a cultura portuguesa é, para não dizer outra coisa, de bastante indiferença. (...) O Acordo Ortográfico não é ciência, nem lei, é política. Como política, é prejudicial à nossa cultura a nível nacional e como elemento de política externa é um acto político clamorosamente falhado e cujas consequências do seu falhanço caem essencialmente sobre Portugal" (JPP - ler também aqui)

7 comments:

Táxi Pluvioso said...

Mas que diabo! Isto é só anedotas para pôr o doctor away? O Acordo Ortográfico é assunto morto, atualmente é coisa de velhos, sempre jarretas, sempre contra, mas os velhos têm uma coisa muito boa: morrem. E assunto resolvido. Alguém deveria dizer ao Pacheco da pereira: get over it, o Vasco Graça Moura fê-lo.

João Lisboa said...

"os velhos têm uma coisa muito boa: morrem"

Os novos e os de meia idade também. Aliás, morrem todos. E, de vez em quando, os acordos (até os elaborados por velhos jarretas e ignorantes) também.

Táxi Pluvioso said...

Epá! isso é que é um cemitério que por aí vai, é um pet sematary, ninguém se levantará. Calma, ainda há uma certa ordem estatística no mundo: os velhos vão antes dos novos e dos de meia idade.

Dizer-se: Se há 'reversão' que se exige do governo é a do Acordo Ortográfico, é a coisa mais pateta que se pode dizer em 2016, quando uma ou duas gerações já estão a aprender segundo a nova grafia (aqui, no Brasil, Cabo Verde, Timor, Moçambique é de língua oficial inglesa e Angola está-se a marimbar para o Camões); não há Acordos Ortográficos bons, elaborados por velhos jarretas e sábios, pela simples razão que não existe nenhum português capaz de fazê-lo. Não é uma questão de custos, a tal 'reversão', pois os alemães mandarão o dinheirinho bom, é de absurdo da situação, durante décadas de discussão ninguém disse pio, nem se manifestou, Portugal não tem Academia das Letras, apareceu o que apareceu, não era possível melhor.

João Lisboa said...

"uma ou duas gerações já estão a aprender segundo a nova grafia"

Ena, as gerações agora estão a suceder-se à velocidade da luz!...O aborto só entrou em vigor em 2010 (em Portugal) e já deu para surgirem duas (!!!2!!!) "gerações"!!! E as anteriores a 2010 - velhos acima dos 7 anos - que foram obrigadas a desaprender?

Táxi Pluvioso said...

A forma de contabilidade das gerações aumenta com a idade do contabilista, quando mais velho, mais espaço, logo menos velocidade luz gasta (não será necessário o James Gleick). Mas eu concordo com o retroceder e com o desapender, é preciso ocupar o tempo na escola. E até peço ao Presidente marcelo bring back the cs and ps to me de Moçambique.

João Lisboa said...

É demasiada astrofísica para mim...

Anonymous said...

Só pretendo ajudar.

Causa Nossa: Um pouco mais de informação sff
http://causa-nossa.blogspot.pt/2016/04/um-pouco-mais-de-informacao-sff.html?m=1
AF