SOLDADINHOS DE CHUMBO
A caixa de comentários do artigo do "Público" - "Vem aí uma geração de rapazes frustrados" - referido neste post, é um esclarecedor concentrado daquele caldo de cultura bacteriana oriundo de ESEs, Piagets e locais infecto-contagiosos afins, que demonstra bem como a peçonha das "ciências" da educação adubou eficazmente o terreno e criou uma legião de anónimos soldadinhos de chumbo prontos a sair, espontaneamente, em sua defesa.
Escreve um:
"Há soluções para ultrapassar este comportamento dos rapazes, nomeadamente, valorizando o seu trabalho em situação de aula. Sempre que alcançam melhorias nos seus resultados, devem ser valorizados e encorajados perante a turma, sem ser de forma bajuladora, mas eficaz e indiscutível, ajudando-os a atingirem metas estabelecidas"
Por outras palavras, sempre que os pobres desgraçados vítimas do cromossoma Y lá consigam acertar uma, é ter o torrãozinho de açúcar à mão. Que é para ver se as garinas lhes ganham um bocadinho de respeito e eles arrebitam. Mais ou menos o mesmo tipo de água-de-rosas "pedagógica" (ainda longe de estar extinta) com que se costumava borrifar as "minorias étnicas", os "deficientes coitadinhos" e outros portadores de "necessidades educativas especiais".
E acrescenta outro:
"O facto de no Secundário se exigir cada vez menos ao nível da abstracção pode também colocar os rapazes em desvantagem"
É verdade, no Secundário é só modas e bordados. Afinfassem-lhes com o Wittgenstein e o teorema de Fermat e era ver os moços a refulgir como supernovas.
(2010)
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