E por aqui se fica a saber que o Sr. ex-Doce também é um "cientista" da Educação. No Instituto Superior de Ciências Educativas (?), em Lisboa (aliás, Odivelas), curso de... Turismo (???). Muito a propósito, hoje, no "Público", escrevia Vasco Pulido Valente:
" (...) Segundo um inquérito recente do prof. Vítor Crespo, antigo ministro de Sá Carneiro, Portugal é hoje o país da Europa com mais instituições de ensino superior por milhão de habitantes (17) e, naturalmente, com mais cursos (4870). Existem por aí 825 licenciaturas diferentes (não se imagina em quê) e 133 só em engenharia. Parece que este caos se criou porque, nas doutas palavras de Sobrinho Teixeira, 'os jovens de Bragança, Beja ou Covilhã têm (...) o mesmo direito' a uma vida decente do que os jovens de Lisboa, do Porto ou de Coimbra. Claro que, se os sentimentos são louváveis (embora, no caso, sem sentido), a qualidade é baixa e a 'excelência' rara ou até nula. Ultimamente foi criada uma 'Agência de Avaliação e Acreditação' para limitar ou reduzir esta catástrofe. Mas, como declarou o respectivo presidente, se houver 'rigidez', quer ele dizer na sua, um mínimo de exigência, não fica nada, ou quase nada, aberto.
Apesar do palavrório e dos trémulos de voz (quem não se lembra de Guterres com o coração na boca?), o Estado nunca de facto se preocupou em educar os portugueses. Ou porque não sabia o que era a educação (coisa provável e muitas vezes manifesta no pessoal dirigente) ou porque se limitou a ceder a pressões - regionais, corporativas, económicas, partidárias - com um total desprezo pelo resultado. Neste capítulo, o grande 'esforço' oficial, como eles gostavam de chamar à falcatrua, não passou na prática de puro fingimento. Não admira que estejam hoje no desemprego entre 40 e 50.000 'licenciados'. Nem que a produtividade não aumente. O que admira é que ninguém perceba que Portugal fabricou a sua própria miséria: por desleixo, corrupção e militante estupidez". (crónica integral aqui)
Apesar do palavrório e dos trémulos de voz (quem não se lembra de Guterres com o coração na boca?), o Estado nunca de facto se preocupou em educar os portugueses. Ou porque não sabia o que era a educação (coisa provável e muitas vezes manifesta no pessoal dirigente) ou porque se limitou a ceder a pressões - regionais, corporativas, económicas, partidárias - com um total desprezo pelo resultado. Neste capítulo, o grande 'esforço' oficial, como eles gostavam de chamar à falcatrua, não passou na prática de puro fingimento. Não admira que estejam hoje no desemprego entre 40 e 50.000 'licenciados'. Nem que a produtividade não aumente. O que admira é que ninguém perceba que Portugal fabricou a sua própria miséria: por desleixo, corrupção e militante estupidez". (crónica integral aqui)
(2010)
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