"Maria Gata"
(sequência daqui) Entra, então, em cena a gata nortenha Princesa, divindade felina da Póvoa de Varzim, para onde, em consequência dos distúrbios pandémicos, Amélia se exilaria em regime intermitente: "Aparecer aquela criatura na minha vida de uma maneira quotidiana permitiu-me ir observando-a e escrever sobre ela. A partir daí, pensei se faria algum sentido partilhar estes poemas. Estive ainda durante algum tempo a pensar nisso. Outra coisa decisiva foi ter ido ver o documentário Kedi, de Ceyda Torun, sobre os gatos de Istambul e perceber a importância que eles têm na vida daquelas populações. Percebia-se como, dentro da solidão da vida de muitas daquelas pessoas, em grande parte, idosas, o único pretexto para um gesto de carinho era no convívio com os gatos. Olhando para o facto de quanto esta gata (e outros gatinhos amigos) me proporcionaram um passaporte urgente para um território de felicidade, comecei a acreditar que talvez houvesse algum interesse em partilhar estes poemas". (segue)
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