20 February 2024

"Bad Idea" (daqui; ver também aqui)
 
(sequência daqui) Se o belíssimo anterior (Shades, 2019) podia definir-se como uma sequência de litanias “for the lovers, for the killers, for the liars”, este, com a determinante co-produção de Kenneth Pattengale, alarga horizontes e, bebendo tanto da atmosfera da Sinfonia do Novo Mundo, de Dvořák (aquela que Neil Armstrong fez viajar até à Lua, em 1969) como do "surruralismo" sonoro de Tom Waits, espraia-se por amplíssimas paisagens de "western", cenário e, ao mesmo tempo, matéria-prima mental. Ela explica: "Vejo este álbum como uma topografia da memória. Como se a desdobrássemos e os momentos que a constituem se erguessem em relevo. Uma colecção de histórias cerzidas por uma linha de sonhos que permite a convergência de espaços diferentes numa única vastidão dificilmente reconhecível. Os espaços em que vivemos atribuem-nos uma forma. E a memória redesenha tudo outra vez".

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