30 March 2023

José Duarte (1939 - 2023)
Jazzé Duarte (ver também aqui)

8 comments:

Anonymous said...

Eis um obituário contra-a-corrente...
https://portadaloja.blogspot.com/2023/03/jose-duarte-um-jazo-antifassista.html?m=1

João Lisboa said...

Contra-a-corrente? Na verdade, apenas idiota. Coisa, alíás, bem patente nesta "definição" do jazz: "sonoridades sopradas em instrumentos metálicos ou marteladas nas teclas pianísticas, acompanhadas pelo som profundo dos baixos acústicos, tocados em pé"

Anonymous said...

Tem razão. Todos temos a nossa parte cretina, 'idiota". No entanto, esse obituário não deixa de ter razão noutras passagens ou evocações.

João Lisboa said...

Não estou a ver quais...

Anonymous said...

A apresentação de uma ideia básica: o ambiente mediático, alguns anos antes de 25 de Abril era dominado por gente de esquerda que marcaram tudo e todos. Até a mim que só mais tarde me apercebi da manipulação. Ainda hoje há quem não perceba tal coisa e artigos como o do Público servem para mistificar.

João Lisboa said...

"o ambiente mediático, alguns anos antes de 25 de Abril era dominado por gente de esquerda que marcaram tudo e todos"

Durante a ditadura do Estado Novo quem dominava os media era a esquerda?... Ditadura peculiar, aquela.

Anonymous said...

Era de facto uma ditadura peculiar.
A questão é outra, se ler melhor: não é a circunstância de José Duarte ter sido cripto-comunista ( foi receber Cunhal porque era funcionário da TAP quando a companhia aérea era pública...) mas pelo facto de ter uma roda de amigos que influenciaram determinantemente o ambiente mediático da época.
V. viveu na altura e eu lembro-me bem. Se reparar, por exemplo, na ficha redactorial da Pão com Manteiga, um programa que vivia de trocadalhos do carilho e piadas avulsas a puxar para a pseudo-intelectualidade estéril, aparece um tal Duda Guenes, um brasileiro que eu gostava de ouvir a falar sobre música e outras coisas. E aparecia muitas vezes nos programas de rádio desses amigalhaços todos de "esquerda". A ficha redactorial é um pequeno mundo desse pessoal.
A televisão funcionava quase do mesmo modo, embora em 1973 naturalmente que ainda era dominada pelo Ramiro Valadão e tinha cronistas como Vitorino Nemésio e João Coito que não eram fascistas nem de perto nem de longe. Passaram a sê-lo no dia 26 de Abril de 1974 por obra e graça dos josés duartes que se acotovelavam para ocupar o lugar daqueles que sanearam por serem fassistas.

Apesar disso, Carlos Cruz, Fialho Gouveia, José Nuno Martins e uma caterva de esquerdistas avulsos tinham lugar cativo e apresentavam programas e influenciavam o público, mormente jovem.

É esse ambiente mediático a que me refiro.

João Lisboa said...

Na RTP como nos jornais e na rádio, havia, evidentemente, gente "de esquerda" mais ou menos ligada ao PCP. Que, naturalmente, procurava influenciar quem os via, lia ou escutava. Caso também do Zip-Zip, por exemplo. Mas, daí a dizer que "dominavam o ambiente mediático" vai uma grande distância.