(sequência daqui) Durante esses três dias, ao piano e com o transparente acompanhamento de um quinteto de luminárias da cena jazz/improv local – Christine Bougie (guitarra e lap steel), Karen Ng (saxofone e clarinete), Ben Whiteley (contrabaixo), Ryan Driver (piano, flauta e voz), e Tania Gill (teclados) –, concentrou-se naquelas canções que, durante o processo de construção de Ignorance, sem lhe pertencerem verdadeiramente, teimavam em surgir: “Apercebi-me que estava a escrever dois álbuns diferentes. Um para ser publicado e outro que ficaria só para mim. Mesmo não as imaginando no disco em que que estava a trabalhar, elas queriam existir. Quando terminei Ignorance, voltei a pensar no que tinha deixado escondido no bloco notas e senti vontade de não as deixar esquecidas e assegurar que acabassem por ser gravadas. Apenas para que pudessem existir, sem nenhum plano para o destino a dar-lhes”. Mas, porque sempre que uma coisa fica por publicar é como se estivesse inacabada e ambos os discos “espreitam um qualquer final, uma enorme mudança plena de incertezas, em curso no nosso mundo”, How Is It That I Should Look At The Stars, quase como um eco pianissimo de Ignorance, deixaria de ser objecto secreto. (segue para aqui)
01 May 2022
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