13 April 2022


"O Tempo Arrefece"

(sequência daqui) Acerca de "O Tempo Arrefece", António José Martins acrescenta mais uma peça: “Dado o caracter estranho e vagamente fantasmagórico desta canção, pensámos ‘quais os coros cujos ambientes são mais misteriosos?...’ As Vozes Búlgaras! Este arranjo foi feito pensando um pouco que se trataria de Vozes Búlgaras numa geografia completamente diferente. Foi composta originalmente, há bastante tempo, para um cantor lírico que a cantou no Mosteiro dos Jerónimos. Agora, foi preciso esquecer totalmente o arranjo original para orquestra”. E Amélia, recordando, justamente, a colaboração, durante a Expo 98, com as búlgaras do Pirin Folk Ensemble (mas também, noutras circunstâncias, com Elena Ledda e Lucilla Galeazzi e os corais Outra Voz, Cramol, Sopa de Pedra, Segue-me à Capela e Maria Monda), completa: “A minha ideia era ter como referências todas as experiências que fui vivendo com vozes e com coros. A relação com as Vozes Búlgaras era algo que me apetecia perceber como haveria de estar presente neste trabalho. Recusei por completo a ideia de põr-me a cantar como elas. A situação é um pouco a mesma do ‘Chove Muito, Chove Tanto’: tinha uma coisa na memória e procurei construir, a partir daí, associando-lhe a recordação dos fins de tarde na Póvoa de Varzim a ver o voo das gaivotas”. (segue para aqui)

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