19 March 2022

 
(sequência daqui) Segundo o autor, “the boy named if” é “uma alcunha para o amigo imaginário, o nosso eu secreto que conhece tudo aquilo que negamos, aquele que culpamos pelos disparates que fazemos e pelos corações – até mesmo o nosso – que quebramos”, declinada em “13 instantâneos que nos transportam de uma juventude desnorteada até aquele momento embaraçoso em que nos dizem para parar de nos portarmos como crianças. O que, para a maioria de nós, pode ser qualquer momento nos 50 anos seguintes”. Quiséssemos realmente mergulhar nas águas pantanosas do Sigmund-charlatão-vienense, poderíamos imaginar que se trataria de uma formulação alternativa para “the boy named id”. Mas não é necessário: numa inesperada investida em direcção aos primórdios que, milagrosamente, nunca soa a nostalgia mas a sôfrego recarregamento de baterias, os Imposters/Attractions lançam-se na refrega como se o universo fosse implodir no segundo seguinte e Costello, entre o possessamente frenético e o apaziguadamente lânguido, junta os pontinhos entre as suas diversas encarnações iniciais – de Armed Forces (1979) a Imperial Bedroom (1982), Blood And Chocolate ou King Of America (1986). (segue para aqui)

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