AFINAL, O QUE É UMA HISTÓRIA?
Laurie Anderson parece já ter feito tudo mas tem sempre alguma coisa por fazer. Após mais de uma dezena de álbuns (e o dobro disso em colaborações com outros artistas – William Burroughs, John Giorno, Peter Gabriel, Lou Reed, Marisa Monte, John Zorn, Kronos Quartet...) e outros tantos filmes, videos e "audiobooks", a criação de espectáculos de música/"spoken word"/"performance art" e exposições, a participação enquanto curadora (e em inúmeros júris) de festivais de cinema, e a criação de instrumentos (o "tape-bow violin" e o "talking stick"), em 2003, aceitou ser a primeira (e, até agora, única) artista residente da NASA, de que resultaria o espectáculo The End Of The Moon: “À superfície, é o meu relatório sobre o período que lá passei. As actividades que mais me interessaram lidavam com grandes extensões temporais, podem levar até 10 000 anos a serem concluídas. Há a tendência para se pensar em intervalos de tempo muito curtos ou para se considerar apenas o futuro e esquecer o imenso passado que temos para trás. Interessaram-me as formas muito diversas como ali o tempo é abordado”, explicou-nos, na altura. Quase duas décadas depois, o Charles Eliot Norton Professorship of Poetry da Universidade de Harvard, convidou-a a ser a responsável de 2021 pelas Norton Lectures, uma iniciativa anual sobre “poesia no sentido mais amplo”, na qual ela iria acrescentar o nome a tão ilustres antecessores como T. S. Eliot, Robert Frost, Igor Stravinsky, Jorge Luis Borges, Leonard Bernstein, Umberto Eco, Luciano Berio ou Agnés Varda. (segue para aqui)
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