22 November 2021

(sequência daqui) Ao “Globo”, Caetano explica-se bem: “A canção 'Meu coco', que dá nome ao disco, traz essa afirmação da pluralidade brasileira, da nossa rica e confusa beleza. Ou seja, é tudo o que passa na minha cabeça. Uma mirada atual sobre temas recorrentes em meu trabalho: nomes, fantasias que esboçam uma decifração do Brasil”. E, a propósito de "Não Vou Deixar" – funk atmosférico ritmicamente transviado com solo de violoncelo de Jacques Morelenbaum no meio –, adianta: “Nessa música digo: 'Não vou deixar você esculachar com a nossa história , é muito amor, é muita luta, é muito gozo, é muita dor e muita glória’. Ou seja, a força da canção popular brasileira, do que o Brasil tem de bonito, se sobrepõe e sobreporá aos horrores por que a gente vem passando. Jamais diria que é dedicada a Bolsonaro. O presidente que nós temos é o pior que poderíamos imaginar. Mas ele é parte da cãimbra que nosso corpo histórico-social sofre, aquilo está dito a pessoas como ele, a ele, ao tipo de poder que representa”. (segue para aqui)

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