01 August 2021

COM AS GARRAS DE FORA


“Ni Dieu Ni Maître” era o título de um jornal fundado em 1880 pelo socialista revolucionário francês Auguste Blanqui, que, mesmo após o seu encerramento em 1885, se converteu em divisa de diversos movimentos anarquistas. Em tradução para o inglês – No Gods No Masters – não seria exactamente o que esperaríamos ver escrito na capa do sétimo álbum dos Garbage e terceiro após o “hiato indefinido” de 2005 (que, afinal, duraria apenas dois anos). Mas, se nos surpreende, é, seguramente, porque andámos bastante desatentos: a banda de Shirley Manson, Butch Vig, Duke Erikson, e Steve Marker sempre foi capaz de ocupar um lugar estratégico no que poderia chamar-se a periferia do "mainstream" que nunca a impediu de tomar posição relativamente às causas que a mobilizam. Coisa evidente desde o primeiro álbum (Garbage, 1995), de que o single "Queer" não foi apenas um sucesso de vendas mas também um manifesto a favor de “the queerest of the queer”. (daqui; segue para aqui)

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