28 June 2018

A minha versão ("Marselfie goes to Washington") até era menos cruel...

"Pelo menos Donald Trump sabe que Marcelo é um Presidente 'muito bem visto'. Sabe mais duas ou três coisas — o suficiente para uns curtos chavões de circunstância sobre o convidado que tem sentado ao seu lado — e está bom assim que Trump tem outras coisas para tratar. A referência ao Presidente de Portugal não dura mais de 40 segundos, Trump pede-lhe desculpa e explica que há um acontecimento importante na vida política do país e que tem de falar dele agora: o anúncio da reforma de um dos juízes do Supremo Tribunal Federal. (...) É provável que as regras do protocolo digam que isto não se faz. Não passar a palavra ao convidado para umas palavras de cortesia. Mas Trump é Trump, e os jornalistas queriam saber mais (...). Aberta a época de perguntas, sobre a Rússia, sobre a imigração, sobre a guerra comercial, sobre os democratas, Marcelo recosta-se na cadeira e fica a ouvir. Não tem mais nada para fazer. (...) Mas o Presidente Trump continua a responder e os jornalistas a perguntar. E Marcelo continua em silêncio. Atenta a esse facto, a mesma assessora vira-se agora para os representantes diplomáticos portugueses e pergunta – em voz baixa – se o Presidente português também quer falar. Perante a resposta positiva, há que fazer sinais a Trump para que passe a palavra ao convidado. Marcelo dá o seu melhor, fala da história, da amizade, da comunidade portuguesa. Mas de Trump recebe apenas sorrisos cordiais e um ar ligeiramente desinteressado. Não há química possível quando o Presidente norte-americano tem uma agenda eleitoral na cabeça e todos jornalistas à frente. Dos 15 minutos que durou a conferência de imprensa, não mais de três ou quatro foram dedicados a Portugal. Incluindo a história do Ronaldo presidenciável. As assessoras deram várias vezes por terminada a conversa. Os jornalistas ignoravam e continuavam a fazer perguntas. Trump ignorava e continuava a responder" (aqui)

3 comments:

Táxi Pluvioso said...

Marcelo retira-se dentro de 7 anos:

https://www.youtube.com/watch?v=wx5Of3X-VJw

João Lisboa said...

Ooooh, o Henri!

ana Pires said...

A questão não é quando se retira. É o que é que faz enquanto lá está? E o que é que nos custa alimentar o seu egozito?