18 November 2010

É UM LIVRO DO CARALHO (PODE DIZER-SE, NÃO É OFENSA), SIM SENHOR, MAS, POR QUE RAIO, SEMPRE QUE FALAM NELE, TÊM DE AFIVELAR UM AR MUITO SÉRIO E BOLÇAR "PROFUNDIDADES"?


Jaime Gama recebe Bíblia com textos de seis deputados: Pacheco Pereira (PSD): "Faz parte do chão em que nos movemos"; José Manuel Pureza (BE e lindo nome, na circunstância): "É a nossa história de pessoas, com os nossos começos e as nossas finitudes"; Luiz Fagundes Duarte (PS): "A Bíblia é o livro do Tempo e da Palavra que não tem fim"; Teresa Caeiro (CDS): "A mais fascinante e mais intemporal obra de todos os tempos"; Bernardino Soares (PCP): "Contém em si muito do sentir e dos anseios da Humanidade (...) e já serviu como arma de libertação para muitos"; Heloísa Apolónia (PCP aka Verdes): "Relaciona a destruição do equilíbrio fundamental entre homem e natureza com a mensagem de esperança contida na cosmogonia bíblica da criação".

... é que, assim, armados em carlospintocoelhos parlamentares, ninguém lhe apetece ir ler!... Já não bastavam as figurinhas de porteira ateia ofendida do Saramago, ainda vêm estes gabirus desencorajar o p.o.v.o. de ferrar o dente num portento de sexo e fornicação tórridos, belíssimas cenas de acção e sanguinária violência "gore", ficção científica de meter todos os Encontros Imediatos num chinelo, hippies janados a tripar no deserto, magia e artes ocultas capazes de envergonhar o Aleister Crowley, e, na segunda parte, a mais famosa história de zombies - JC The Living Dead - de sempre!
(2010)

3 comments:

tempus fugit à pressa said...

contém em si muito do sentir e dos anseios da Humanidade (tal como Bernardino Soares, também contém muita coisa)

e já serviu como arma de libertação para muitos
(é pesada mas pouco letal creio ser uma metáfora sobre o suicídio)


Heloísa Apolónia Relaciona a destruição do equilíbrio fundamental entre homem (isto é sexista)

com a mensagem de esperança contida na cosmogonia bíblica da criação (tão a mangar cosmo agonia
e zootecnia tudo junto

esta gente vai ao dicionário e tiram palavras?

e isso de pôr hippies a janar no deserto
muy redutor
o gajo foi o 1º os dos anos 60 reles imitadores

e tripava a energia solar
ecologicamente puro no seu psicabiblismo zombie
como escreveria um desinspirado

João Lisboa said...

"o gajo foi o 1º os dos anos 60 reles imitadores"

Claro que antecedeu os dos 60s de quase 2000 anos. Mas hippies avant la lettre era coisa, por ali, comum.

Isto, claro, se estivermos virados para acreditar naquela fabulosa ficção toda. A começar pela ficção do "povo judeu". A do filho do Panthera é só um micro-detalhe.

Táxi Pluvioso said...

Também lhes notei este refúgio na religião, será, talvez, por falta de ópio, agora que as fronteiras estão mais vigiadas.