Jenny Owen Youngs - Batten The Hatches
Só pode ser uma muito negra ironia que, das iniciais do nome de Jenny Owen Youngs, resulte a palavra “joy”. Ou, então, faz o mais perfeito sentido. Porque, embora em praticamente todas as canções de Batten The Hatches (inicialmente publicado, de modo quase confidencial em 2005, mas agora reeditado) a tonalidade seja predominantemente amarga e sarcasticamente autodepreciativa, o perfil musical é o de uma pop muito amadurecidamente clássica, aqui e ali a escorregar para a folk ou o jazz, mas nunca lúgubre e morbidamente melancólica.
Bem pelo contrário: “Fuck Was I” é o género de canção que agrafa palavras como “Love grows in me like a tumor, a parasite bent on devouring its host, I'm developing my sense of humor, till I can laugh at my heart between your teeth, till I can laugh at my face beneath your feet (...) maybe I’ll be the one that doesn’t burned, what the fuck was I thinking?” ao amável desenho de uma valsa e “Voice On Tape” sobrepõe um ar de ingénua “lullabye” à frieza de “since I don’t need you physically around, I’ve got your voice on tape, I’ve got your words in me, I don’t want anything else”. Pensem no melhor de Aimee Mann, Regina Spektor, Fiona Apple, Jolie Holland, Liz Phair e Suzanne Vega. Andarão muito perto de Batten The Hatches, um daqueles discos de estreia que prometem quase tudo. (2007)
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