EXÍLIO MEDITERRÂNICO
Hydra é uma das ilhas Sarónicas do Mar Egeu na qual, mui civilizadamente, por lei, automóveis e outros veículos motorizados sáo proíbidos, apenas sendo autorizado o transporte por meio de burro, mula e cavalo. A aproximá-la um pouco mais do estatuto de micro-paraíso terrestre (ainda que não a salvo da marabunta turística) existe ainda a população de umas largas centenas de amistosos gatos vadios que se deixam venerar por locais e visitantes. Não espanta, pois, que, a convite de Lawrence Durrell, tenha sido escolhida como refúgio por Henry Miller (que a classificou como ""wild and naked perfection") enquanto escrevia O Colosso de Maroussi (1941) ou por Leonard Cohen que lá - na companhia da amantíssima Marianne Ihlen - comporia "Hey, That's No Way To Say Goodbye","'Bird on the Wire", e "So Long, Marianne". Terá sido, talvez, em busca da mesma inspiração de que se alimentaram tão ilustres antecessores que Nuala Kennedy e Eamon O’Leary optaram pelo aprazível exílio mediterrânico em Hydra, transformando uma oficina de tecelagem do século XVIII com vista para o oceano em estúdio de gravação do álbum que tomaria o nome da ilha. (daqui; segue)
2 comments:
Desculpe. Compro o Expresso - devido a 5 ou 6 respeitosos colunistas...- e sempre com atenção redobrada quando leio os seus escritos. E crítica musical não aparece no jornal impresso. Já não é a primeira vez que isso acontece.
É mesmo assim? Os textos muitas vezes não aparecem na versão em papel e só poderemos encontrá-los no Expresso digital?
A crítica musical aparece sempre no jornal impresso (embora, às vezes, poucas, primeiro no online). Pode é, numa ou noutra semana, por motivos vários, não surgir em ambos.
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