The Unthanks - "Three Shaky Ships"
(sequência daqui) Não porque isso tivesse algo a ver com o seu passado: "Não, na altura, não ouvia os Roxy Music. Provavelmente, escutava música folk búlgara. Líamos Blavatsky e Gurdjieff, todos esses velhos charlatâes, e acreditávamos em tudo. E, ui!... o Livro Tibetano dos Mortos... Levavamo-nos muito a sério e, agora, não sou sequer capaz de perder um segundo com aquilo", confessou Linda ao "Guardian". Na verdade, o que aqui importa é a fantástica legião de músicos, vozes e instrumentos que, para Proxy Music convergiram: os filhos Teddy e Kami, o neto Zak, Richard Thompson, as Unthanks, The Proclaimers, The Rails, Martha e Rufus Wainwright, Eliza Carthy, John Grant, o veterano violinista Aly Bain, e as óptimas revelações Ren Harvieu e Dori Freeman, entregues a belíssimas e saborosas confissões auto-irónicas ("I’m alone now, you’d think I’d be sad, no voice, no son, no man to be had, you’re wrong as can be boys, I’m solvent and free boys, all my troubles are gone”), abrindo espaços por ocupar na riquíssima linhagem das dinastias folk - os Wainwrights, Roches, McGarrigles, Watersons, Carthys, Coppers e Thompsons - que, por entre afinetadas avulsas (“And if it’s true, that only the good die young, lucky old you, ’cause you’ll be around until kingdom come”), em "Those Damn Roches", celebram, identificando com precisão a delicada relojoaria familiar que tudo move: “Faraway Thompsons tug at my heart, can’t get along ’cept when we’re apart, Is it life, or is it art? One and the same”.
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