29 February 2024

AGUARELA SUBAQUÁTICA

Ela apresenta-se: "Chamo-me Emma Gatrill, escrevo canções na harpa. Gosto de contar histórias, reais e de ficção". E, à "For Folk's Sake", acrescentava: "Não sou capaz de apenas escrever uma canção, ela tem de vir até mim. Há dias em que as palavras são como enxames no meu cérebro e não consigo concentrar-me senão nelas, no seu significado, no som delas, como exprimir sentimentos por meio dessas enunciações dispersas. Por vezes penso que, quando estou nesse estado de espírito, não devo ser grande companhia". Explicando-se melhor, enumerava o que com ela actua como matéria de inspiração: "Deambulações, relíquias, aventuras, Rachmaninoff, pintura, florestas, Yeats, o mar, o céu, Satie. Muito do que me inspira está à minha volta. Cresci numa quinta, no campo, e agora vivo perto do mar, em Brighton. Os sons e as imagens naturais foram sempre uma grande parte da minha vida e parecem infiltrar-se na música que escrevo: o som das folhas secas que piso no Outono, as colinas cobertas de neve, os cordeiros recém-nascidos, as longas noites de Verão. Muitas das palavras que canto chegam-me enquanto caminho. Somos, afinal, muito pequenos no grande esquema das coisas mas isso não significa que o que sentimos não seja importante". (daqui; segue para aqui)

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