26 December 2023

 TUDO A PRETO E BRANCO

 
"O meu pai era condutor de máquinas numa lixeira onde encontrou um acordeão. Apanhou-o e aprendeu a tocá-lo sozinho. Foi desse modo que tomámos contacto com a música. Foi só pegar nele e aprendermos também a tocar. Tudo muito DIY ("do it yourself"). A nossa irmã cantava baladas. Um dos irmãos ouvia 'heavy metal' e outro tinha uma rádio pirata. Escutávamos vários géneros de música - eu adorava punk - e todos bons. Não foi, de todo (felizmente!), uma introdução muito formal à música", conta à "Songlines", Charles Hendy, um terço do trio fundador dos irlandeses The Mary Wallopers. E explica também que os primeiros passos da banda obedeciam a uma estratégia bem urdida: entravam num pub, cantavam e, como pagamento, eram-lhes oferecidas bebidas. "Quando já estavam fartos de nos ouvir, saíamos e seguíamos para o pub seguinte". O que, de pub em pub, numa ampliação da pequena Dundalk natal para uma área um bocadinho maior, lhes proporcionou um método eficaz ("O único que funciona connosco") de recolha de músicas tradicionais. (daqui; segue para aqui)

"Wexford" ("My father was called the Fiddler Dunne, now I'm a fiddler too")

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