01 October 2023

Les portugais sont toujours gais (LXXX)/A joke a day keeps the doctor away (CII)

6 comments:

Miguel said...

Até agora, todos os que jogaram com a Geórgia derrotaram-na. Portugal foi o único que não lhes ganhou, daí o percurso excepcional. O que é que há mais para perceber? Jâ é má vontade ...

João Lisboa said...

:-))))

Nuno Santos said...

Caro João Lisboa, não diria que a prestação de Portugal no mundial de râguebi está a ser excepcional, mas está a ser muito boa. De qualquer forma, para poder fazer essa avaliação é preciso ter um mínimo de conhecimento do "mundo" do râguebi o que, perdoe-me a franqueza , não é o seu caso nem o do comentador Miguel. Só para esclarecer, as outras 3 equipas do nosso grupo (Gales, Fidji e Austrália) integram a casta de 14 seleções (são elas África do Sul, Argentina, Austrália , Escócia, Fidji, França, Gales, Inglaterra, Irlanda, Itália, Japão, Nova Zelândia, Samoa e Tonga) que são praticamente imbatíveis pelas outras. O desnível é tal que é normal que, no Mundial, algumas dessas 14 ganhem por 50 ou 80 pontos contra as outras. De entre as fora da elite, a Geórgia é uma das melhores selecções e nos últimos anos tem sido a melhor da Europa. Só mais um detalhe: o Mundial só tem 20 equipas, ou seja, se descontarmos aquelas 14 (que têm lugar garantido), sobram 6 vagas para o resto do mundo ... que, como deve imaginar, são bem disputadas. E Portugal conseguiu obter uma delas (eliminando, no último jogo do processo de qualificação, os EUA).

João Lisboa said...

Quer dizer, se Portugal ficar em 19º, é uma festa.

Miguel said...

Nuno,

Aceitando a sua descrição, continua a ser prematuro dizer que Portugal conseguiu algo de excepcional. Numa primeira fase de evolução, esse qualificativo será pertinente se o apuramento para o Mundial se tornar rotina e se depois conseguirem algumas vitórias na fase final. Até lá, é manifesto exagero. Portugal já tem algumas disciplinas com atletas de nível mundial. O tempo das "vitórias morais" ficou para trás. Olhe, mais "excepcional" tem sido o percurso recente da equipa de andebol (já nem falo da canoagem, que há vinte anos "não existia" internacionalmente). Dito isto, força nas canetas para lá voltar daqui a quatro anos. É isso que conta.

Nuno Gonçalves said...

@João Lisboa, não há 19º lugar. As equipas foram divididas em 4 grupos de 5 e os dois primeiros de cada grupo passam aos quartos de final ... ou seja, 8 passam de fase e os outros voltam para casa.
Ficar em 4º lugar no grupo (à frente da Geórgia) e ganhar a Fidji foi uma festa :)

@Miguel, no meu comentário anterior, eu disse expressarem-te que achava a participação muito boa mas não excepcional ... depois da vitória contra Fidji, acho que, sim, foi excepcional (não levando em linha de conta o que digo no último parágrafo...)
O fato de Portugal fazer resultados excepcionais em outros desportos, não quer dizer que não fez neste. O Mundial de Râguebi é considerado o terceiro maior evento desportivo depois dos JO e do Mundial (https://www.publico.pt/2023/09/07/desporto/noticia/portugal-volta-terceiro-maior-evento-desportivo-mundial-2062562) e, para quem não pertence à elite das nações, o râguebi é uma modalidade muito difícil.

@JoãoLisboa e @Miguel, embora apreciador, eu não sou especialista e, ainda por cima, onde eu moro (São Paulo/BR), os jogos só passam num canal que eu não sou assinante... por isso, só vejo os resumos no YT.
Mas como sou (na medida do possível...) intelectualmente honesto, confesso que estranhei tão sublime prestação e fui investigar. E a explicação é que grande parte da selecção é hoje formada por luso-franceses, descendentes de emigrantes portugueses (alguns só de pai ou de mãe ... ou eventualmente só de avô ou avó), e a França é uma das grandes potências da modalidade e que alberga o campeonato nacional mais competitivo do mundo. Claro, os jogadores luso-franceses de topo jogam na selecção francesa, mas os outros, que não conseguem chegar à francesa, decidiram começar a jogar por Portugal. E essas sobras francesas são de grande qualidade e foram decisivas para esta inesperada proeza.
Ou seja, ao que parece, a excepcionalidade não advém do trabalho de formação no jardim-à-beira-mar-plantado :D